Discografia do Rage Against The Machine

O Rage Against The Machine é um daqueles grupos onde é muito difícil apontar um disco da carreira que seja ruim.

Tudo bem que são só quatro títulos na curta e explosiva discografia da banda, mas chamar um deles de “pior” chega a ser até uma blasfêmia.

Acontece que aproveitamos a declaração de Brad Wilk sobre como “nada o faria mais feliz que a volta da banda”, e pegamos a caneta e o papel, arregaçamos as mangas e começamos a listar os discos da banda por aqui para fazer um exercício de comparação, e logo abaixo segue a nossa opinião a respeito do trabalho do Rage.

Concorda? Discorda? Faria completamente diferente? Deixe seu comentário ao final do post!

 

4 – Renegades (2000)

Rage Against The Machine - Renegades

Essa talvez seja a decisão mais fácil da lista toda.

Em 2000 o Rage Against The Machine estava prestes a acabar e o que aparenta ser uma obrigação contratual transformou-se em Renegades, um disco de covers.

A ideia é incrível, com versões de nomes como MC5, DEVO, Minor Threat, Bruce Springsteen e até The Rolling Stones.

A execução, porém, não é das mais inspiradas, e o último trabalho da banda até hoje é uma despedida um tanto quanto amarga.

https://www.youtube.com/watch?v=DrT_LWhHufg

 

3 – The Battle Of Los Angeles (1999)

Rage Against The Machine - Battle Of Los Angeles

A gente sabe, The Battle Of Los Angeles é incrível, e muita gente considera essa como a verdadeira despedida da banda um ano antes de se desfazer.

Com sons como “Guerilla Radio”, “Sleep Now In The Fire” e “Testify”, o álbum é mais um grande posicionamento político e sonoro da banda que foi um dos principais nomes dos anos 90, e aparece entre os grandes discos da década.

Acontece que o próximo álbum da lista também causou esse impacto, mas de uma maneira um tanto quanto singular.

 

2 – Evil Empire (1996)

Rage Against the Machine - Evil Empire

Em 1996 havia uma expectativa gigantesca em cima da banda para que ela lançasse o seu segundo álbum e ele veio na forma de Evil Empire.

A pressão em cima de qualquer artista para que ele cumpra as expectativas de ter tanto sucesso quanto no início de uma carreira explosiva é gigantesca, e o Rage Against The Machine resolveu se enfiar em um estúdio minúsculo para gravar tudo com a mais sincera energia possível, típica da banda em seus shows.

O resultado é um disco que não tem uma variedade enorme de hits, já que dá pra falar que apenas “Bulls On Parade” é “popular” entre as grandes plateias, mas a sua coesão é fenomenal e uma das mais interessantes na discografia.

https://www.instagram.com/p/Bhr4joSgREQ/?taken-by=tommorello

A forma como o disco se encaixa é quase perfeita e mesmo tendo mais de 45 minutos de duração parece que ele passa rápido como um tiro.

O impacto foi enorme, a banda chegou ao topo das paradas e ainda continuou com a tradição de provocar em suas capas, usando uma ilustração feita por Mel Ramos para um personagem chamado “Crime Buster” e trocando essa expressão por “Evil Empire”, que era como o presidente dos EUA, Ronald Reagan, chamada a União Soviética.

Pedrada.

 

1 – Rage Against The Machine (1992)

Primeiro disco do Rage Against The Machine

Poucas vezes na história do Rock And Roll uma estreia foi tão celebrada como Rage Against The Machine no início dos anos 90.

O álbum homônimo da banda de Los Angeles nos apresentou a sonoridade única e incrível que quatro músicos de origens distintas conseguiram agregar e trouxe verdadeiros hinos como “Killing In The Name” e “Bullet In The Head”.

Coeso em suas dez faixas, mostra uma banda que apresentou ao mundo algo que ninguém estava fazendo, e por isso teve muito sucesso.

O dedo na ferida veio desde cedo e ao mesmo tempo em que a banda conquistava o mundo com as suas canções, digna de nomes do mainstream, ela criticava o governo, os políticos, a KKK e quem mais representasse ideais retrógrados e fosse contra os caminhos pedidos pela população.

Em um período onde Los Angeles vivia um complexo clima de tensão por causa da violência policial, principalmente contra negros e latinos, a banda fez jus ao nome que começa com “Rage” e transformou toda a sua raiva em algo produtivo, com espetáculos viscerais em cima do palco e fora dele, nos clipes, nas canções de estúdio, nas entrevistas e nas intervenções que fazia mundo afora.

Além disso tudo, vale sempre ressaltar que a capa traz uma foto verdadeira de um monge que morreu em chamas para defender a paz, como a gente falou por aqui anteriormente.

26 anos depois o primeiro disco do Rage infelizmente parece atual como nunca, e é esse grito por mudança e um pedido claro para que todos acordem que nos apresentou a uma banda tão importante para a música como um todo.

Do Pior Para o Melhor

Você pode ver outras listas onde fizemos rankings de discografias de bandas e artistas clicando aqui.

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