Rochelle Jordan
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Veja o resumo da notícia!

  • O álbum 'Through the Wall' simboliza o amadurecimento pessoal e artístico de Rochelle Jordan, refletindo suas vivências e desafios.
  • Rochelle Jordan reflete sobre barreiras internas e aprendizados como mulher negra na indústria musical, superando a síndrome do impostor.
  • A artista destaca a mistura de gêneros e culturas em sua música, influenciada por raízes jamaicanas, R&B dos anos 90 e divas.
  • Rochelle Jordan evolui vocalmente, inspirada por grandes divas, buscando expressar a plenitude de uma mulher realizada.
  • A cantora expressa conexão com o público brasileiro e planeja show no Brasil em 2025, destacando a paixão dos fãs.

Lançado neste ano, Through the Wall representa muito mais do que um novo álbum na discografia de Rochelle Jordan.

O trabalho simboliza um processo profundo de amadurecimento pessoal, artístico e emocional, refletindo anos de vivência, desafios e autoconhecimento. Em entrevista ao TMDQA!, a cantora fala sobre identidade, liberdade criativa, colaborações e sua crescente conexão com o público brasileiro.

O título do álbum surgiu de uma memória afetiva de infância. “No começo, eu só estava pensando no meu irmão tocando aquela música dançante, rítmica e cheia de soul através da parede do quarto”, relembra. Com o tempo, porém, a ideia ganhou novos significados.

Percebi que também estava falando sobre muros mentais — medo, dúvida, síndrome do impostor — que eu precisei atravessar como artista independente.

Rochelle conta que passou anos sem reconhecer essas barreiras internas, que se manifestavam de formas sutis. “Eu não celebrava minhas vitórias. Criava um álbum e simplesmente seguia em frente”, diz. Ao refletir sobre sua trajetória, ela destaca os aprendizados sobre ser uma mulher negra na indústria da música e a vulnerabilidade de colocar sua carreira nas mãos de terceiros.

Hoje, Through the Wall representa a mulher que eu sou: uma artista experiente, totalmente formada, que passou por muita coisa e agora está celebrando suas conquistas.

Musicalmente, o disco reafirma uma identidade construída a partir da mistura de gêneros e culturas. “Meu som é tudo isso”, afirma. “Cresci ouvindo Barrington Levy, Bob Marley, Whitney Houston, Tina Turner, além de R&B dos anos 90 como Aaliyah, Faith Evans e Mariah Carey.” Nascida no Reino Unido, criada no Canadá, com raízes jamaicanas e vivência nos Estados Unidos, Rochelle vê sua música como um reflexo direto desse caldeirão cultural: “Tenho muito orgulho de ser uma ponte entre gêneros, estilos e culturas.”

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As colaborações em Through the Wall também seguem essa lógica cuidadosa. A cantora destaca a parceria de 17 anos com o produtor e diretor musical KLSH como o verdadeiro alicerce do projeto.

Esse é um som que estamos construindo há muito tempo. Quando diziam que R&B dos anos 90 nunca voltaria, seguimos firmes. Agora vemos a cultura se mover na nossa direção.

Segundo ela, trabalhar com nomes como Kaytranada e Terry Hunter foi uma escolha meticulosa. “Somos muito seletivos. Precisamos manter a integridade do som,” ela explica.

Nova fase de Rochelle Jordan

Ao comparar Through the Wall com Play With the Changes, disco de 2021, Rochelle aponta uma evolução clara, especialmente vocal. Inspirada por divas como Aretha Franklin, Whitney Houston, Diana Ross e Donna Summer, ela buscou explorar todo o potencial de sua voz.

Estou nos meus 30 e poucos anos e muito orgulhosa disso. Quero que as pessoas sintam que estão ouvindo uma mulher plenamente realizada.

Entre as faixas do álbum, Rochelle aponta “Ladida” como a que melhor sintetiza esse momento. “Ela tem todos os elementos: atitude, canto, experimentação. É meu lado diva, meu lado brincalhão, tudo junto”, diz.

Por fim, Rochelle comenta sua relação crescente com o público brasileiro e confirma planos de vir ao país em 2025. “O público brasileiro é extremamente apaixonado”, afirma.

Sinto uma conexão cultural muito forte, talvez pelas minhas raízes caribenhas. Tenho certeza de que será o maior e mais intenso show da minha carreira.