
Veja o resumo da notícia!
- Bixarte lança o álbum 'Feitiço', celebrando raízes paraibanas, rap afiado e estética ancestral, com lançamento estratégico após o Dia da Consciência Negra.
- O álbum, com doze faixas, representa amadurecimento artístico e retorno às origens, buscando impactar vidas através de colaborações significativas.
- Explorando território, memória e espiritualidade, o álbum mescla ritmos como trap e cumbia, demonstrando versatilidade musical e cultural.
- Parcerias com Vó Mera, Emicida e outros artistas enriquecem o álbum, abordando temas como legado, coragem, movimento e ancestralidade.
- O disco equilibra momentos de potência com faixas poéticas e experimentações, unindo reggaeton, forró e cumbia em canções diversas.
- Com produção de Bixarte e BBS_LAB, 'Feitiço' promove um encontro de sonoridades brasileiras, do Nordeste ao Sudeste, da rua ao ritual.
A cantora e compositora Bixarte lançou nesta sexta-feira (21) seu segundo álbum, Feitiço, um trabalho que reafirma suas raízes paraibanas, seu rap afiado e uma estética marcada por ancestralidade, amor e força. O lançamento chega um dia após o Dia Nacional da Consciência Negra, reforçando o caráter político, espiritual e afirmativo que atravessa o disco.
Com doze faixas, Feitiço marca um momento de amadurecimento artístico para Bixarte — ao mesmo tempo em que representa um retorno às origens. “Depois de Traviarcado, eu precisei dar uns passos atrás, voltar pro rap pra entender de onde eu vim e pra onde eu quero ir. Eu não quero fazer música só pra viralizar, quero impactar vidas”, explica a artista, que escolheu colaboradores que também atravessam sua própria trajetória.
O álbum nasce do tambor, instrumento central na música afro-latina, e se desdobra em camadas que dialogam com território, memória e espiritualidade. A faixa de abertura, “Não Foi Sorte”, com Ayô Tupinambá, é um canto de resistência que saúda os Orixás. Já o single “Tentação” combina ritmos dançantes que passam pelo trap e chegam até à cumbia, mostrando que o disco não se limita a um único gênero.
Ancestralidade de Bixarte
Em “Exu”, Bixarte se une à cirandeira Vó Mera e ao rapper Emicida para cantar legado, coragem e movimento: “Não peço licença, trago o meu recado / Eu venho de longe, construí um legado”. O álbum segue com momentos de potência, como “Máfia”, que explora trap e ostentação, e “Gasolina”, parceria com Monna Brutal, pronta para incendiar as pistas.
A artista também revisita sua veia poética, como em “Calma, Filha”, e aposta em misturas inesperadas como o reggaeton com forró de “Ibiza”, com participação de Lucy Alves. O lado mais dançante continua em “Culpa”, enquanto “Como Me Olhas”, com Johnny Hooker, mergulha em uma cumbia afetiva.
O disco encontra um respiro em “Oceano”, e depois avança para uma das faixas mais emocionais, “Me Vê”, que combina poesia, rap e as participações de A Fúria Negra e Mari Santana. O encerramento fica por conta de “Kaô Kabecilê”, um pop eletrônico que pede justiça a Xangô e fecha o álbum com força coletiva.
Gravado e produzido por Bixarte ao lado do BBS_LAB, com produção musical de Big Jesi e mix/master de Guirraiz, “Feitiço” é um encontro entre sonoridades que atravessam o Brasil — do Nordeste ao Sudeste, da rua ao ritual, da pista à ancestralidade.