Matheus Henrique e Gabriel
Divulgação

Antes de virarem uma das duplas mais autênticas do sertanejo atual, Matheus Henrique & Gabriel estavam em outra vibe. Os dois começaram tocando rock e, embora o estilo hoje seja outro, as guitarras e a energia das antigas bandas ainda ecoam nas composições e na forma de cantar.

Em entrevista ao TMDQA!, eles falam mais sobre essa referência diferente:

“Com certeza o rock tem uma influência muito forte na nossa história, desde as composições, arranjos e até na forma de cantar”.

Entre um show e outro, eles seguem equilibrando rotinas bem diferentes fora dos palcos — Gabriel é piloto e Matheus trabalha na área da saúde — e até nisso conseguem criar conexões inesperadas.

“A gente sempre faz questão de mostrar para os clientes e pacientes o trabalho da dupla. É legal porque a maioria deles acaba se identificando mais com a gente. Consequentemente, vendemos mais! (risos)”.

O romantismo é o fio condutor das letras, mas a dupla foge do óbvio. Em vez de repetir fórmulas, Matheus e Gabriel preferem apostar em histórias reais e sentimentos universais.

“Sempre focamos em fazer músicas atemporais. A canção precisa ter história, tocar as pessoas de verdade — felicidade, amor, lembranças de alguém ou de um momento marcante. O principal é escrever algo que as pessoas se identifiquem. Quando há verdade, esse é o ponto chave.”

Matheus Henrique & Gabriel e a Retronejo

Essa autenticidade também se reflete na Retronejo, label que vem conquistando um público cada vez mais jovem, revisitando o sertanejo dos anos 2000 com nova roupagem.

“A maioria do público da Retronejo tem entre 20 e 25 anos. A moçada gosta das modas boas, não tem jeito. E os ‘millennials’ ficam mais doidos ainda, porque é a época em que eles eram mais novos — as recordações vêm à tona. Enfim, todo mundo gosta”.

Com a volta do sertanejo mais romântico e melódico, os dois sabem que o público mudou – e que, para essa nova geração, não basta cantar: é preciso ter verdade.

“Já dissemos ‘não’ pra propostas que não tinham a ver com a essência da dupla. A gente não tem medo de recusar. Queremos construir uma carreira sólida, passo a passo. Se não for verdadeiro, não permanece.”

E por falar em começo, os meninos ainda dão risada das perrengues dos primeiros shows.

“Tocávamos numa pizzaria da nossa cidade por 150 reais. Levávamos mais músicos pra completar a banda e fazer algo diferente pro público, mas no fim das contas só sobrava uma pizza pra nós, sem nenhum real no bolso (risos). Mas o importante era o show, né!”

Entre risadas e planos, eles também estão de olho nas novas parcerias que vêm movimentando o sertanejo, com feats improváveis e colaborações entre gêneros. Para eles, nomes como Ferrugem e Seu Jorge seriam sonhos realizados – mas sem pressa, como aprenderam desde os tempos de pizza e rock.

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