Deusnir Souza lança seu novo disco
Crédito: Lucas Guimarães

O cantor, compositor e tecladista Deusnir Souza lançou nas plataformas digitais seu álbum de estreia Harmonia de Gigante, que reuniu amigos e grandes músicos para chegar ao resultado final do projeto, apostando na ousadia do Jazz contemporâneo. 

O processo de maturação do disco veio através de anos de estudo, foco e muita determinação do artista, que soube atravessar as fronteiras naturais e musicais. Por isso, o trabalho de estúdio carrega grandes influências da música negra americana, sem deixar de lado a latinidade do sangue brasileiro.

Além do Jazz, o álbum investe no Hip Hop, Samba, Soul e Choro através de 11 faixas para mostrar todas as facetas de Deusnir em uma mistura que tem tudo para envolver o ouvinte.

O artista, inclusive, está em alta depois de participar do TIny Desk Brasil como tecladista da banda de Tássia Reis, função que ele já exerce há algum tempo.

Confira, com exclusividade para o TMDQA!, o faixa a faixa de Harmonia de Gigante e o disco completo logo abaixo!

Faixa a faixa de Harmonia de Gigante, por Deunir Souza

1. “Intro Harmonia De Gigante”

“A intro do álbum é inspirada no Hip-Hop de Nova York, com uma harmonia moderna para simbolizar o ‘Harmonia de Gigante’, com a mistura do Hip-Hop de Nova York dando essa cara do Brooklyn para começar o disco com o pé direito.”

2 . “Cartagena”

“Essa é uma música que foi criada na cidade de Cartagena das Índias, na Colômbia, onde eu pude trazer um pouco de fusion. Ela foi inspirada no R+R= Now, do Robert Glasper, a música ‘Needed You Still’ – que inclusive é muito boa. Eu também quis simbolizar a primeira viagem internacional que eu fiz, que graças a Deus consegui ter condição de fazer uma viagem internacional e levar a minha mãe junto comigo.”

3. “Hubert”

“’Hubert’ foi completamente inspirada no Doobie Powell, um tecladista norte-americano de Connecticut. Ele me inspirou muito harmonicamente, eu quis trazer na música coisas que eu aprendi com ele e ao mesmo tempo trazer um pouco da brasilidade, trazer um pouco da minha musicalidade brasileira, do meu sangue brasileiro.”

4. “A Paz”

“’A Paz’ é uma música que eu quis trazer a Paula Lima, um piano e voz mesmo, inspirado muito na Leny de Andrade e o César Camargo Mariano. Essa música fala sobre paz e eu quis trazer um timbre de CP, que é muito característico do César Camargo Mariano, e ao mesmo tempo a potência vocal da Paula, que lembra muito a potência vocal da Leny de Andrade.”

5. “Harmonia de Gigante”

“Essa é a minha favorita do disco, porque ela traz esse lado do hip hop, dessa vertente, que é muito boa, e ao mesmo tempo uma harmonia sofisticada, e a minha influência, a minha inspiração nessa música foi no De La Soul, que é um rapper norte-americano. Eu quis trazer um pouco dessa linha de hip hop antigo, com elementos de percussão, ao mesmo tempo uma harmonia muito sofisticada com um piano, entendeu? Com uma linha de baixo indefinido, que faz com que fique uma coisa mais suja, ao mesmo tempo rua e hip hop das antigas.”

6. “Além de Dez”

“A faixa que eu construí com a Tássia Reis durante um show no Canadá. Fomos fazer a passagem de som, e brincando, como costumamos sempre fazer,  fui fazendo o piano e ela cantando. Olhando por cima, eu falei: ‘Opa, isso dá uma música’. Quando cheguei  no Brasil, a gente falou que queria fazer essa música e pensamos em algo mais boom bap. O resultado foi um hip hop mais feliz, tranquilo, uma sensação de felicidade. Essa progressão harmônica da música dá uma sensação de felicidade. E quando ela mostrou a letra, que fala sobre os seus dez anos de carreira, de tudo que ela passou, de tudo que ela construiu e de tudo que ela tá passando por hoje em dia, combinou perfeitamente com tudo o que queria trazer.”

7. “Meditação Notívaga”

“Essa foi criada de forma espontânea. Eu sentei no piano e comecei a tocar essa linha de harmonia e ao mesmo tempo pensando: ‘cara, isso dá um beat de lo-fi muito bom’ e foi aí que eu liguei para o Davi Carvalho. Ele produziu por cima da faixa de piano cru que eu havia mandado. O nome já diz, é  para você se concentrar e meditar.”

8. “Requinte”

“A faixa segue um pouco a linha da ‘Cartagena’, que é inspirada no ‘Needed You Still’  do R+R= Now, que é a característica da bateria do Justin Tyson, que é essa coisa com ghost notes demais e ao mesmo tempo uma harmonia sofisticada. Só que essa música é muito interessante porque ela também saiu de uma passagem de som. Eu comecei a tocar essa linha do começo da música e já imaginei a música completa pronta. Inclusive, o Renato Galvão conseguiu reproduzir muito bem a bateria do Justin Tyson.”

9. “Brotherhood”

“Essa música eu fiz em homenagem aos meus irmãos, por isso chamei eles para fazer parte. O meu irmão mais velho toca baixo e o do meio, Matheus, canta muito bem. Então, fizemos essa inspirada em tudo o que passamos e na nossa parceria. A palavra ‘Brotherhood’ foi escolhida como nome porque é a tatuagem que nós três temos no braço. Essa já vem com o ritmo de soul music dos anos 70, mais precisamente, falando, inspirado no cantor Luther Vandross, que é um cara que eu sou muito fã.”

10. “Choro Canadense”

“’Choro canadense’ é uma música que o próprio nome já diz, é um choro canadense, só que tipo assim, pode haver uma interpretação errada porque choro é um ritmo brasileiro. Só que por que é canadense? Porque ao mesmo tempo que ele é um choro, ele tem muitos elementos e fragmentos de execução do Oscar Peterson, que é um pianista canadense que eu sou muito fã. Então eu juntei a brasilidade do choro com a  execução das linhas do Oscar Peterson. É um cara que eu sou muito fã e é uma forma de homenagear ele porque ele me influenciou muito harmonicamente, na forma do meu improviso e na minha técnica de mão esquerda.”

11. “ Drum Mouth”

“A faixa ‘Drum Mouth’ é uma curiosidade sobre mim, eu tenho uma facilidade para fazer viradas e fios de batera com a boca – lá ele – e eu quis trazer essa música que é um trap e não poderia ser ninguém menos que o Henry Marcelino que conseguiu fazer perfeitamente o que que pensei.”

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