Ludom se inspira na própria vulnerabilidade para lançar seu disco autointitulado
Crédito: Marcos Hermes

Conhecida antes como Luciane Dom, a cantora, compositora, produtora musical e historiadora Ludom lançou seu disco autointitulado através do selo Toca Discos para abraçar a própria vulnerabilidade e encontrar caminhos de resistência por meio de suas fraquezas.

Alternando entre a doçura e a intensidade, ou estabelecendo uma relação entre o cuidado e a rebeldia, a artista traduz em 11 canções de abordagem Pop todo o percurso feito por ela e por sua música na última década, quando se firmou como um nome fora do Brasil.

Diante da bagagem que acumulou durante turnês no Canadá, Chile, Colômbia e Estados Unidos, e o desejo de se projetar ainda mais nacionalmente, Ludom demorou sete anos para lançar o sucessor de Liberte Esse Banzo (2018).

Com o novo álbum, que incorpora referências da MPB, do afrobeat de Fela Kuti e do mantra do Mulatu Astatke, a artista, que também trouxe parcerias ao lado de nomes como Kwesi Foli e Davidson Ilarindo, mostra que está pronta para encarar o mundo sem medo de ser quem é.

Ouça Ludom ao final da matéria!

Novo disco de Ludom une sua bagagem internacional à influências brasileiras

No trabalho de estúdio, Ludom soma suas experiências pelo globo que resultaram em um som afro-diaspórico e refinado ao Rap, Hip Hop e Gospel, mas ainda assim Pop. Ao comentar a sonoridade do álbum, a cantora afirmou:

“O que tem me movido na escuta dos sons é a intenção de cada um deles: os grooves de baixo, guitarras, distorções, e a letra. Quando comecei a escrever o álbum, eu quis falar sobre algo mais sensível, emocional, que tivesse textura e profundidade. Esse disco nasceu num momento em que eu estava lidando com o fim de ciclos pessoais e profissionais, e precisei aprender a ser franca comigo mesma. Falar de vulnerabilidade, pra mim é uma forma de resistência. Porque o mundo espera da mulher negra uma força quase inumana, e eu quis falar das brechas.”

O som complexo de Ludom é carregado pelas letras que abordam temas como fim de relacionamento, esgotamento mental, questões existenciais e injustiças sociais. Vale lembrar que a artista concilia sua carreira na música com a licenciatura e bacharelado em História na UERJ.

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