Conheça caedance, artista independente canadense-americana que movimenta o mercado brasileiro

No Music Business, um mercado dinâmico onde talentos emergem e se conectam globalmente, poucas figuras se destacam com a versatilidade e a visão de caedance.

Artista canadense-americana, compositora, produtora, modelo e cantora em ascensão, ela está criando novas fronteiras de criatividade musical com uma abordagem multifacetada e profundamente autêntica, movimentando o mercado brasileiro.

Residente de Los Angeles, mas com as raízes fincadas em Calgary, Alberta, no Canadá, caedance transcende a definição tradicional de artista.

Uma carreira multifacetada: de produtora a modelo, com a música sempre em foco

Os 15 anos de experiência de caedance como produtora de mídia e eventos já renderam colaborações com nomes como Glade e Sotheby’s, demonstrando uma capacidade notável de orquestrar grandes projetos. Além disso, sua década como modelo comercial a levou a estampar campanhas para Sport Check/Theragun e Adorn, marcando presença em outdoors e pontos de ônibus, o que lhe confere uma perspicácia única sobre a imagem e presença.

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A verdadeira paixão de caedance, no entanto, está em fazer sua própria música. Sua jornada começou como compositora, levando-a a estúdios e camps de composição internacionais, incluindo uma imersão criativa no Steelworks Studios, na Inglaterra. 

Membro ativa do seletivo SongwriteClub, caedance valoriza a colaboração, movimentando redes de criatividade que amplificam a voz de todos os envolvidos. Como artista musical, caedance cria um som tão único quanto sua própria jornada. 

É uma fusão envolvente da cultura aconchegante e descontraída canadense, com as agitações por vezes melancólicas das noites nas selvas de concreto americanas. Tudo isso é mesclado com as expressões emocionais de uma garota que ama profundamente, entregando uma sonoridade que é ao mesmo tempo íntima e universal.

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Pontes e parcerias: o impacto de caedance no mercado brasileiro

Agora, focando mais em sua carreira artística e explorando novos mercados, caedance segue sendo uma catalisadora de oportunidades e traz inúmeras parcerias e projetos, tanto locais quanto internacionais usando uma de suas maiores skills, sua habilidade de conectar criativos. Hoje, ela movimenta não só o mercado independente nos EUA e Canadá com suas conexões, mas também o do Brasil. 

Ela criou uma equipe majoritariamente de mulheres brasileiras para ajudá-la com sua carreira, novos lançamentos e novas conexões globais. Mas por que o Brasil? caedance, que já veio ao país anteriormente, criou um laço de identificação por aqui. Por amar a cultura brasileira e querer dominar melhor o português, ela optou por manter sua equipe e parceiras de trabalho no Brasil, ajudando a movimentar o mercado local.

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Autenticidade como propósito: a filosofia de caedance

Nas suas próprias palavras, caedance expressa a essência de sua arte e de sua missão: 

“Tudo o que crio serve para convidar outros a um espaço de honestidade ou conexão. Às vezes isso é adorável e às vezes é difícil, mas é sempre autêntico.”

Esta filosofia não apenas molda sua música, mas também cada interação e cada conexão que ela estabelece. caedance não é apenas uma artista; ela é um ecossistema de talento, conexão e autenticidade. 

Sua jornada demonstra o poder de uma abordagem integrada no music business, onde a arte e a estratégia se unem para criar algo verdadeiramente impactante. Conversamos com ela para conhecê-la melhor e saber mais sobre seus projetos. Confira a seguir!

TMDQA! Entrevista caedance

TMDQA!: Sua bio destaca uma carreira incrivelmente multifacetada: compositora, artista, produtora musical, produtora de mídia e eventos, e até modelo comercial. Como você equilibra essas diferentes paixões e como cada uma delas contribui para a sua identidade artística e profissional?

caedance: Eu não faço tudo ao mesmo tempo (risos), eu tento meu melhor, mas é difícil. O que eu faço é focar em 2 ou 3 coisas por época e às vezes tenho que tomar decisões difíceis sobre qual minha prioridade. Por exemplo, eu gostaria de aprender um novo idioma ou compor para outros artistas, mas neste momento não posso, pois estou focando em outras prioridades, como expandir minhas músicas em novos mercados e focar na minha equipe e na minha carreira. Sou um pouco disso tudo, mas sempre tento diversificar e aprender coisas para me inspirar artisticamente. 

TMDQA!:Você expressa ter encontrado no Brasil um senso de pertencimento e acolhimento, sentindo-se “em casa”, e até mais compreendida do que em seu próprio país. O Brasil realmente é um dos países mais calorosos, mas como você percebeu essa sensação? Poderia compartilhar mais sobre esses sentimentos e momentos específicos que consolidaram essa conexão tão especial?

caedance: Vou te contar uma coisa, a primeira vez que fui ao Brasil em 2022, eu fui sozinha para ficar 5 semanas em um país em que eu não conhecia ninguém. Quando eu comprei a passagem, estava animada, mas quando eu entrei no avião, confesso que bateu um medo e pensei “O que eu estou fazendo aqui?” (risos). O meu intuito dessa viagem foi conhecer a cultura de um país que respeito e admiro através da língua, queria aprender o português. Até então, minha experiência com o português era vendo séries ou filmes no Netflix usando a VPN – como Sintonia, eu amo essa série! 

Um fato engraçado: eu aprendi a falar “Tamo Junto” por causa dela e hoje uso muito no meu vocabulário. Além disso, a música me ajudou muito a me aprofundar na língua. 

Eu não fui para prospectar ou buscar artistas para fazer feats. Eu fui realmente pra me conectar com a cultura e aprender com muito respeito. Mas no meio do caminho conheci pessoas incríveis, que hoje são meus amigos, e me acolheram como artista também. Foi aí que entendi um pouco mais sobre a identidade preta no Brasil. Foi realmente uma experiência com muitas surpresas, porque eu não entendia a conexão preta brasileira, mas graças às experiências que vivi hoje eu entendo essa identidade, porque eu aprendi muito sobre e com mulheres brasileiras. E sou muito grata por isso! Eu fui pra aprender a língua e acabei gravando e fazendo feats com artistas brasileiros e foi incrível ter essas conexões.

TMDQA!: Sabemos que você mergulhou profundamente na cultura brasileira, aprendendo português, assistindo filmes nacionais, explorando nossa música e acompanhando artistas como Don L, Rafa Lucas, Thai Flow, MC Leonardo, Tasha & Tracie, e sua paixão inusitada pelo sertanejo. Quais aspectos da cultura brasileira mais a inspiram em seu processo criativo e como isso se manifesta em sua arte?

caedance: Acredito que o que mais me inspira é a vibe que ela passa, pelo sentimento. Quando estive no Rio, tive a oportunidade de sentir a vibe de um show do Don L. O público brasileiro é diferente de tudo que tinha vivido até aquele momento. Todo mundo sabia cantar todas as músicas, e a energia que senti foi muito legal. Mesmo sem entender todas as palavras das músicas, eu senti a vibe poderosa daquele momento. Pra mim, quando ele cantou “Favela Venceu”, foi o auge do show. Esse tipo de sentimento me inspira no meu processo criativo. 

TMDQA!: Como uma artista preta, canadense e americana, você mencionou que a identidade da comunidade preta nos EUA muitas vezes foi fragmentada pela história. Como a experiência da comunidade preta no Brasil, com sua riqueza e diversidade cultural, ressoa com a sua própria identidade e te inspira?

caedance: Não sabia nada sobre a cultura preta no Brasil. Eu fui descobrindo aos poucos enquanto estava por lá. Percebi que, apesar de ser muito diferente dos EUA, ainda assim tem similaridades como o senso de comunidade e conexão. Quando eu cheguei, eu senti uma aceitação e um outro nível de conexão. Infelizmente, percebi que tem um racismo muito presente ainda, mas também tem coisas bonitas e percebo isso nas duas culturas. Senti que é muito similar aos EUA tanto no racismo quanto nas coisas bonitas, culturalmente falando. Foi uma descoberta bem interessante. 

TMDQA!: Com um time brasileiro trabalhando com você, como essa parceria e a troca cultural influenciam sua visão sobre o mercado musical do país e a forma como você planeja interagir com seus fãs por aqui?

caedance: Na minha primeira vez no Rio, no lançamento do Rafa Lucas, conheci essa artista chamada MIH e ela é incrivelmente boa, muito talentosa e muito bonita, e eu lembro que mostrei uma música minha pra ela e ela falou que achava interessante o jeito que nós, norte-americanos, fazemos os diferentes ritmos e o jeito diferente de compor.

Então, eu acho que aprender o estilo de diferentes mercados é importante para entender quais são as diferenças e como devo interagir com cada público. Por exemplo, ontem a minha relações públicas brasileira me pediu pra gravar um vídeo divulgando a nova música “Runaway”. E eu simplesmente pensei em como eu poderia gravar de uma forma que eu me conecte melhor com o público brasileiro, que é diferente do americano.

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Eu acho que o público brasileiro valoriza bastante uma comunicação mais enérgica e acalorada, então quando vou gravar um vídeo direcionado para esse público, penso muito nisso. Todas as conexões no Brasil são muito importantes. Quando eu fizer um show no Brasil, eu entendo que preciso mudar o jeito de fazer algumas coisas, o que funciona nos EUA não necessariamente funciona no Brasil e eu andei observando muito como é o mercado e público brasileiro.

Eu não quero mudar quem eu sou, mas talvez pensando nessas diferenças eu mude a maneira de fazer um show para me conectar melhor com o público e honrar o momento que temos ali. 

TMDQA!: O lançamento de “Runaway [Lonely]” no dia 23 de outubro é um marco, sendo seu primeiro single com um foco tão dedicado ao público brasileiro. Poderia nos contar o que a motivou a direcionar essa faixa especificamente para o Brasil neste momento da sua carreira?

caedance: Quando eu estava mostrando essa música para as pessoas, percebi que os brasileiros amaram. Não sei por que (risos), mas percebi que todos amaram muito, membros da minha equipe e amigos, além de que a minha editora de vídeo, Mariana Maringoni, para o videoclipe, também é brasileira e canadense! Entendi isso como um sinal a mais. (risos) Então decidi direcionar o lançamento para o Brasil.

A minha vibe como artista está mudando, então não sei quanto tempo vai durar esse estilo, e pra essa música especificamente gostaria de colaborar com um artista brasileiro também, lançar um novo feat. Não está confirmado, mas pode acontecer porque estou falando com um artista muito talentoso, e eu amo fazer feats. E também porque eu falo português e espanhol, e eu aprendi esses idiomas para ter uma conexão e perspectiva de mundo e fazer algo com isso. Se eu não usar isso a meu favor, qual é o propósito de eu ter aprendido essas línguas? Quero poder mostrar minha arte para diversas culturas e a brasileira é uma delas. 

TMDQA!: A letra de “Runaway [Lonely]” aborda um tema bastante pessoal e corajoso: a codependência em relacionamentos. Como foi pra você mostrar essa vulnerabilidade e expor algo tão íntimo mas que pode causar identificação também? 

caedance: Às vezes na vida, tem uma coisa que você precisa fazer; o seu coração e os seus sentimentos falam por si mesmos. Eu acredito que são coisas divinas, de Deus, que precisam ser compartilhadas. Quando sinto algo que vem do coração, eu acho que precisa ser compartilhado. As coisas que têm mais impacto são as coisas honestas. E pra mim, minha experiência nessa música é algo que precisava colocar para fora porque poderia ajudar outras pessoas também e gerar uma conexão de “Você não está sozinha”, entende?

Acho importante ouvir o coração e sentimentos. Quando vem da alma e é honesto, a conexão com outras pessoas é genuína. Eu uso a música para ressignificar os sentimentos, e nesse caso pode ser que as pessoas se identifiquem no sentido de estar em situações que precisam fazer escolhas difíceis. 

TMDQA!: Há planos para uma vinda ao Brasil em breve, seja para shows, mais colaborações ou para continuar explorando nossa cultura?

caedance: Espero poder ir muito em breve, estava até vendo passagens de avião (risos). Acho que os shows e colaborações virão com mais conexões e amizades no Brasil; por ora, estou conhecendo mais pessoas pela internet, mas quando eu for pro Brasil, definitivamente vou querer explorar mais e conhecer mais pessoas. 

Ouça caedance aqui 

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