Júnior Lima se posiciona contra anistia no The Town e é criticado pela direita
Reprodução/Twitter

Júnior Lima se apresentou no The Town no último sábado (13) e aproveitou o alcance do festival para se manifestar politicamente.

Durante sua apresentação no palco Factory, o músico paulista expôs seu posicionamento contra a anistia daqueles envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, de maneira bem direta:

“Anistia é o caralho.”

A fala de Júnior movimentou as redes sociais, com muitos internautas celebrando a atitude do artista, mas apoiadores da direita criticaram o músico. Uma das pessoas a ironizar a manifestação do músico foi inclusive o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Ao compartilhar um vídeo da declaração de Júnior Lima, o parlamentar fez um comentário em referência à carreira musical dele, que alcançou a fama ao lado da irmã na dupla Sandy & Júnior:

“Gritar sem anistia é fácil. Difícil é saber quem você é sem a Sandy.”

Júnior Lima se posiciona contra anistia no The Town e é criticado pela direita

Apesar de não ter mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, a fala de Júnior chega apenas dois dias após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento apurou o envolvimento do ex-presidente em um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Com a condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060.

No último sábado (13), o Datafolha divulgou um novo levantamento apontando que mais da metade dos brasileiros é contra a aprovação de uma anistia que favoreça Bolsonaro. A pesquisa revela que 54% rejeitam a ideia, enquanto 39% dos brasileiros defendem a posição. Outros 2% se dizem indiferentes e 4% não souberam opinar.

A pesquisa do Datafolha foi feita entre os dias 8 e 9 deste mês em 113 municípios, totalizando 2.005 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos.

Segundo a análise, o número daqueles contrários à concessão do perdão aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 é de 61%. Outros 33% são favoráveis à anistia para esse grupo.

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