O Epica, que tem uma relação longa e muito próxima com seus fãs brasileiros, está prestes a desembarcar por aqui novamente. Como esquenta para essa nova vinda da banda ao Brasil, batemos um papo bem legal com a vocalista Simone Simons, bastante animada com o retorno.
Desta vez em turnê solo e ao lado do Fleshgod Apocalypse, a banda tem datas em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Para Simone, ícone do Metal holandês, trata-se de uma oportunidade de viver algo mais intenso do que nas últimas visitas.
A última vez que estivemos no Brasil foi no [festival Bangers Open Air], então fizemos apenas um show, que foi incrível, mesmo eu tendo um jet lag terrível (risos). Agora temos quatro, cinco, seis apresentações. Vamos ver muito mais do Brasil e encontrar fãs que nos acompanham desde o começo. Somos muito gratos pela energia e pela paixão dos brasileiros.
Simone descreve os encontros com fãs no Brasil como alguns dos mais emocionantes da carreira. Segundo a artista, eles são “muito abertos sobre suas emoções e muito comunicativos”. Ela relembra já ter se emocionado ao receber cartas e outros presentes, e também com o coro alto dos brasileiros nos shows – “às vezes eu não consigo me ouvir!”.
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Já fora do palco, o pouco tempo livre costuma ser dedicado à gastronomia local.
Eu amo pão de queijo e caipirinhas. Até bebo caipirinha quando não estou no Brasil, mas elas só têm aquele sabor perfeito aí. Quando tocamos no Rio, conseguimos ir à praia, mas na maior parte do tempo precisamos descansar nos hotéis por causa da rotina intensa.
Processo criativo de Aspiral
O álbum mais recente do Epica, Aspiral, é o destaque da turnê e simboliza uma fase de profunda dedicação coletiva.
Aprendemos no álbum Omega que reunir toda a banda em sessões de composição é muito benéfico. Vivemos em quatro países diferentes, cada um com seu estúdio caseiro, mas estar na mesma sala muda tudo. Então limpamos a agenda e focamos na escrita e gravação de Aspiral.
As gravações seguiram um formato mais cru, inspirado no EP The Alchemy Project (2022), com baixo, guitarra e bateria sendo registrados simultaneamente. “Queríamos incorporar um pouco mais daquela sensação ao vivo, menos polida e perfeita, mas com uma energia diferente,” conta Simone.
A vocalista ainda destaca duas faixas como exemplos da versatilidade do disco.
‘Aspiral’ tem uma vibração etérea. Eu canto bem suavemente, bem perto do microfone, e cada detalhe da voz fica exposto. Já em ‘Obsidian Heart’ eu tive que usar o limite da minha voz de peito, que é muito alto e exige que o corpo esteja completamente descansado. Essa música sai de dentro dos meus pés, por assim dizer.
Epica hoje
Com mais de 20 anos de carreira, manter a motivação pode parecer um desafio, mas Simone garante que o processo coletivo reacendeu sua inspiração. “Durante essas sessões de composição, algumas músicas surgiram imediatamente, enquanto outras precisaram de mais tempo, como um bom vinho. Teve uma noite em que acordei às quatro da manhã com a ideia para o segundo refrão de ‘Aspiral’. Anotei no celular e depois não consegui mais dormir, porque meu cérebro estava a mil,” relembrou a vocalista.
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Ela também afirma que, desta vez, a banda pensou mais nas apresentações ao vivo ao compor. Isso evitou arranjos que soam bem no computador, mas são difíceis de reproduzir no palco, além de permitir que sua voz tivesse mais espaço dentro das músicas.
Cena do Metal atualmente
Ao falar da cena, Simone admite não acompanhar muito de perto o Metal sinfônico, do qual o Epica faz parte, embora reconheça que o gênero segue popular. “Eu mesma não escuto muitas bandas de metal sinfônico agora. Gosto do Nightwish e do Within Temptation, mas também ouço Lacuna Coil, Aurora, Rammstein, VNV Nation…”, ela conta.
Simone Simons ainda garante que o que a empolga é ver mais mulheres em posições de destaque no metal. “Não apenas como cantoras, mas também como instrumentistas e compositoras. Acho isso muito legal”, completa a artista.
Já sobre o que está rolando em sua playlist, Simons compartilha que tem ouvido bastante as músicas de Lady Gaga e, também, trilhas sonoras cinematográficas, exaltando o compositor Hans Zimmer.
Epica no Brasil
Entre memórias com fãs apaixonados, caipirinhas e a dedicação a projetos grandiosos, Simone Simons mostra que o Epica vive uma fase madura e criativa. Prestes a reencontrar o Brasil, ela resume com carinho: “Estamos ansiosos para sentir essa energia única dos brasileiros mais uma vez”.
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Porto Alegre (RS)
06/09 – Local: Opinião
Curitiba (PR)
07/09 – Local: Ópera de Arame
Belo Horizonte (MG)
09/09 – Local: Grande Teatro BeFly Minascentro
Brasília (DF)
11/09 – Local: Toinha
Rio de Janeiro (RJ)
13/09 – Local: Sacadura 154
São Paulo (SP)
14/09 – Local: Terra SP
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