5 compositores da Nova MPB que estão tomando conta do Brasil (Paulo Novaes, Jadsa e Zé Ibarra)
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A Nova MPB vive um momento de efervescência criativa. Uma nova geração de artistas não apenas brilha como intérprete de suas próprias canções, mas também constrói carreiras sólidas nos bastidores, compondo músicas que ganham vida em vozes e projetos de outros artistas. Esse movimento reforça a pluralidade e a força da cena, expandindo a presença de seus nomes por diferentes públicos e estilos.

Hoje, os compositores desta leva assumem um papel central na consolidação de uma rede colaborativa dentro da música brasileira. Suas criações circulam por diversos trabalhos, transitando entre gêneros e formatos, sem perder a assinatura pessoal que os caracteriza. Com isso, abrem espaço para novas leituras, diálogos artísticos e fusões sonoras que enriquecem o repertório nacional.

Nesta lista, reunimos cinco nomes que mostram como a composição pode ser um motor potente para o crescimento da Nova MPB. De trabalhos autorais a colaborações inesperadas, eles têm se tornado presença constante nos créditos de discos e singles que estão moldando a música brasileira contemporânea.

5 compositores da Nova MPB que estão tomando conta do Brasil

Ítallo França

Com uma sensibilidade lírica e melódica que salta aos ouvidos, Ítallo França tem conquistado espaço nas interpretações de grandes nomes da cena.

Sua canção “Retrato de Maria Lucia” já ganhou duas versões marcantes, nas vozes de Zé Ibarra e Julia Mestre, e sua composição “Quando Penso” integrou o álbum mais recente de Bruno Berle. Além disso, trechos de “Orlando Golada”, outra de suas criações, aparecem em CACO, de Dora Morelenbaum, mostrando como suas ideias musicais dialogam naturalmente com diferentes estilos e projetos.

Natural de Arapiraca (AL), Ítallo ainda possui uma discografia com três trabalhos já lançados. O mais recente, Tarde no Walkiria, tem chamado atenção do público e se destacado na nova cena do Alagoas. Vale ouvir!

Paulo Novaes

Com um repertório que transita com fluidez entre o Pop contemporâneo e a MPB, Paulo Novaes já é presença garantida em trabalhos de grandes artistas da cena.

Entre suas colaborações mais conhecidas estão as com o duo Anavitória, para quem escreveu “Perdoa”, “Lisboa” e “Lisboa-Madrid”. Além disso, assinou “Amor e Só” com o grupo 5 a Seco e “Coisas de Viver” para Roberta Campos.

Suas composições figuram as discografias dos mais veteranos aos mais novatos da MPB: Paulo está na composição de “Estrangeiro”, ao lado de Leo Middea; “Amor Inteiro”, no álbum de estreia do Pedro Emílio; “Me Vestir de Você”, composição em conjunto com João Menezes e que entra no último álbum de Nyron Hgor.

Jadsa

A baiana Jadsa é um dos nomes mais originais da nova geração, e sua trajetória como compositora reflete essa autenticidade.

Canções escritas por ela, inicialmente gravadas por TAXIDERMIA e Juçara Marçal, ganharam novas leituras em seu álbum mais recente, onde a artista revisita essas obras com arranjos próprios e uma abordagem interpretativa única. Ouça abaixo!

Sophia Chablau

Versátil e inquieta, Sophia Chablau tem visto suas composições aparecerem em diversos projetos distintos, inclusive no álbum de Zé Ibarra. Sua capacidade de dialogar com diferentes sonoridades é evidente em colaborações com Felipe Vaqueiro e no projeto DUPLA02, onde assina a faixa “SOPHYA”.

Essa diversidade de colaborações evidencia uma artista que não se prende a formatos, mas que, ao mesmo tempo, mantém um núcleo criativo sólido.

Zé Ibarra

Reconhecido pela sua voz e presença como intérprete, Zé Ibarra também se firma como um elo fundamental na nova safra de compositores. Ele não apenas grava obras de outros colegas, como também contribui para a circulação de suas próprias criações na cena.

Além de seu trabalho solo e no Bala Desejo, Zé já colaborou e compôs para nomes como Duda Beat (“Bédi Beat”), Maria Luiza Jobim (“Leão”), Tom Karabachian (“você menina”), Dônica (“Bicho Burro”) e muitos outros. Com Ítallo França, de quem regravou “Reatrato de Maria Lúcia”, ainda tem composições a serem lançadas em um futuro próximo.

Ao se colocar como intérprete de canções de outros e compartilhar as próprias, Zé ajuda a criar um ecossistema de troca, onde todos saem ganhando – quem concede a composição, quem interpreta e, principalmente, o público, que é presenteado com múltiplas leituras e caminhos musicais.

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