
Em um ano onde as fronteiras entre o mainstream e o independente se tornaram cada vez mais borradas no mundo todo, a música brasileira também seguiu a tendência mundial de não se acomodar, e fomos testemunhas de uma safra que ocupou espaços, redefiniu sonoridades e confrontou o mercado.
Em um país tão diverso como o Brasil, tivemos destaques desde o virtuosismo da sanfona nordestina até o hardcore catarinense passando pelo indie pop paulistano.
A maior riqueza da música brasileira está justamente na diversidade, e em 2025, vimos gigantes como Arnaldo Antunes e Mateus Aleluia nos lembrarem de onde viemos, ao mesmo tempo em que assistimos de perto a nomes como AJULIACOSTA, Ebony, Stefanie, Don L, Budang e Jambu desenharem os caminhos para onde estamos indo.
Prepare os fones de ouvido e abra o coração: essa é a lista do Tenho Mais Discos Que Amigos! com os melhores álbuns nacionais lançados em 2025.
IMPORTANTE: em 2025, tivemos a primeira edição do Prêmio TMDQA!, e vale esclarecer as diferenças entre as escolhas daqui e de lá.
O júri do Prêmio foi composto por um time de 22 pessoas, sendo algumas delas da equipe do site e várias outras do mercado da música, como jornalistas, produtores, pesquisadores e mais.
Já as nossas listas publicadas aqui são feitas inteiramente por membros da equipe editorial fixa do TMDQA! o ano inteiro, por isso pode haver discrepâncias entre as escolhas, ainda que a maior parte delas apareça nas duas seleções.
50 – swave – foi o que deu pra fazer

A banda formada por músicos experientes da cena alternativa nos entregou um álbum honesto e despretensioso que celebra a estética do “faça você mesmo”.
Com canções curtas e diretas sobre a vida comum, o disco prova que simplicidade, bons riffs e a crueza emocional podem ser exatamente o que precisamos.
49 – Jambu – Manauero

Representando o Norte com orgulho, a banda Jambu mistura indie rock com o tempero regional de Manaus.
As letras narram o cotidiano amazônico com uma sonoridade fresca, solar e extremamente cativante que os coloca como um dos grandes nomes da música brasileira.
48 – Rael – Onda

Leveza e groove definem este trabalho onde Rael mistura reggae, pop e rap ao lado de gigantes como Mano Brown, Rincon Sapiência, FBC, Ivete Sangalo, Ludmilla, Mestrinho, Luedji Luna e Tropkillaz.
É um disco solar e que mantém o compromisso com letras bem construídas e arranjos impecáveis, construindo pontes entre Pop e o Rap, fincando os pés do artista definitivamente no primeiro.
47 – Rodrigo Ogi, Nill – Manual para não desaparecer

Nill e Ogi constroem um disco que funciona como um antídoto ao colapso contemporâneo.
Entre humor, crítica social e experimentação, Manual Para Não Desaparecer observa o caos urbano, a alienação digital e as contradições da vida moderna sem perder leveza.
A complementaridade entre os dois é o grande trunfo do álbum: enquanto Ogi ancora o projeto em rimas descritivas e narrativas urbanas, Nill amplia o campo sonoro e conceitual.
O resultado é um trabalho inventivo, provocativo e surpreendentemente acessível.
46 – Maré Tardia – Sem Diversão Pra Mim

Diretamente do Espírito Santo, a banda Maré Tardia surge com uma energia jovem que é vital para a cena se renovar.
No som, fica bem claro que os caras misturam Indie e Punk, e bebem de influências que vão do IDLES até o Merda, passando pelo The Strokes.
45 – terraplana – natural

Com esse álbum, a banda curitibana terraplana consolidou seu lugar como referência do shoegaze brasileiro, conquistando até oportunidades em outros países.
Natural é um disco de texturas sonoras ricas e densas, onde vozes etéreas flutuam sobre um oceano de distorções e reverberações, criando uma experiência imersiva e hipnotizante.
44 – Manger Cadavre? – Como Nascem os Monstros

Som visceral e politicamente afiado.
Aqui, o Manger Cadavre? mantém a intensidade característica, focando na crítica social e na desconstrução dos males contemporâneos, entregando um dos discos mais pesados e necessários do crossover entre Metal e Punk no Brasil.
43 – Rubel – Beleza, mas agora a gente faz o que com isso?

Rubel volta com sua ironia fina e composições brilhantes sobre a vida adulta e a arte.
Misturando MPB, Samba, Folk e mais, o álbum constrói uma narrativa pessoal e geracional que questiona o futuro com leveza e inteligência.
Tudo isso de uma forma direta e reta, com 9 faixas em pouco mais de meia hora, caminho oposto do que o artista tomou em 2023 com os dois volumes de AS PALAVRAS.
42 – Maui – Melodia & Barulho

Em sua estreia, Maui transita por pagode, drum and bass, R&B, grime, reggae e afrobeats sem perder identidade, fazendo da fragmentação um retrato fiel de suas inquietações.
O álbum se equilibra entre excessos, romances, crítica social e vulnerabilidade emocional, alternando momentos de euforia e introspecção.
Mesmo quando perde fôlego, encontra respiros certeiros, reafirmando um artista que prefere o risco à previsibilidade.
41 – Kill For Nothing – Mirage

A banda brasileira de metal moderno entrega um trabalho técnico e melódico que explora temas de realidade virtual e isolamento.
Com breakdowns pesados e refrães grandiosos, o disco coloca o Kill For Nothing entre os grandes do Metalcore e do Nu Metal nacionais, indo de momentos de calmaria até explosões poderosas.
40 – FOTO EM GRUPO – foto em grupo

O coletivo com ares de supergrupo nasceu no anúncio do line-up do Lollapalooza Brasil 2026, quando o nome misterioso “FOTO EM GRUPO” apareceu no cartaz.
Depois, viemos a saber se da reunião entre Pedro Calais e Otavio “Zani” Cardoso, vocalista e guitarrista da Lagum, além de Ana Caetano (Anavitória) e João Ferreira (Daparte).
No bom álbum de estreia, a banda foca em temas do cotidiano, amores e relacionamentos, tudo com bases no Indie Pop.
39 – Vauruvã – Mar da Deriva

Black metal atmosférico de primeira qualidade.
Em 2025, o Vauruvã entregou um disco denso, poético e sombrio, que evoca a imensidão do oceano e a solidão da alma humana com uma maestria instrumental que rompe as barreiras do gênero.
38 – Humanal – Delirium

Por falar em Metal, um dos destaques do gênero no país foi a banda Humanal, que finalmente lançou ao mundo um trabalho que vinha sendo construído desde a pandemia e fez bonito com os riffs e os questionamentos de Delirium.
37 – MC Lan – V3NOM Vol. 1 – Eclipse

MC Lan se aventurou no Rock And Roll e é claro que todo mundo ficou atento para saber se ia dar certo. E deu.
Com participações de John Dolmayan (System Of A Down), Criolo, Twin Pumpkin, Ra Diaz (KoRn) e mais, o disco entrega petardos que fogem dos clichês de quem tenta agradar um novo público e brilha em canções como “ROBOCOP” e “DARTH VADER”.
36 – Síntese – Flor de Maio

Flor de Maio nasce do luto, mas floresce como recomeço. Em seu trabalho mais sensível, Síntese se reinventa ao transformar dor em melodia, silêncio em força e memória em continuidade.
O álbum homenageia Leonardo Irian sem se prender à melancolia, apostando em arranjos mais leves e em uma espiritualidade que atravessa cada faixa.
Ainda há crítica social e rap com muita essência, mas agora costurados com cuidado, afeto e a consciência de que a arte também pode ser abrigo.
35 – Tasha & Tracie – Serena & Venus (Lado A)

Com Serena & Venus, Tasha & Tracie entregam um álbum ambicioso, narrativo e profundamente autobiográfico.
A partir da história de uma mulher atravessada pelo sistema carcerário, o disco expõe dores, afetos e violências silenciadas, especialmente aquelas impostas às mulheres periféricas.
Conceitualmente coeso, o projeto reforça a independência artística da dupla e consolida um dos trabalhos mais importantes do rap nacional recente.
34 – Selvagens À Procura de Lei – Y

Após um período extremamente turbulento, a banda cearense consolidou sua nova formação e falou sobre a separação recente dos integrantes em um álbum todo pautado nas dificuldades da caminhada após a ruptura.
“Y” simboliza um caminho que vira outros dois, e as canções celebram influências de nomes que vão de Foo Fighters a Los Hermanos, tudo com a lírica de Gabriel Aragão.
33 – jonabug – três tigres tristes

Indie rock inteligente e criativo direto de Marília, no interior de São Paulo.
Confirmada no Lollapalooza Brasil 2026, a banda jonabug cria um universo próprio, onde o humor e a melancolia se encontram em arranjos criativos que fogem do óbvio, lembrando o melhor do rock alternativo nacional.
32 – Terno Rei – Nenhuma Estrela

Após os excelentes Violeta e Gêmeos, a banda paulistana misturou um pouco de tudo que fez até aqui com influências que fogem do rock alternativo e vão para a MPB, celebrando nomes como Skank e Samuel Rosa, com quem gravou parcerias e se apresentou ao vivo, e Djavan, de quem gravou uma cover de “Lilás”.
31 – Carol Biazin – No Escuro, Quem é Você?

Carol Biazin já deixou de ser promessa há um bom tempo e se consolidou como um dos principais nomes do Pop Brasileiro. Em seu álbum, a artista mergulha na dualidade da fama e das relações modernas, com uma produção que transita entre o pop, o R&B e o rock.
Além de tudo isso, No Escuro, Quem é Você? ainda rendeu a viral “Amor Traumatizado”.
30 – Pelados – Contato

O indie Rock da banda Pelados ganha camadas eletrônicas e experimentais em Contato.
O álbum aborda a desconexão digital e a busca por afeto real no caos urbano, mantendo o charme lo-fi e a criatividade lírica que marcam a carreira da banda.
29 – Jovens Ateus – Vol. 1

Uma das grandes estreias de 2025, o primeiro disco dos Jovens Ateus é um prato cheio para quem sente falta do Pós-Punk com ares góticos aqui no Brasil.
Desde a estética visual até a identidade sonora, o grupo celebra os Anos 80 ao mesmo tempo em que traz frescor ao gênero com vocais voltados ao Indie e, em alguns momentos, melodias que se aproximam do Pop.
28 – Seu Jorge – Baile à la Baiana

O álbum de Seu Jorge que veio acompanhado de shows especiais é uma colaboração com músicos baianos que resulta em um samba-rock balançado e sofisticado.
Aqui, o artista mostra por que é um dos maiores intérpretes do país, entregando músicas feitas para dançar e celebrar a cultura brasileira.
27 – Arnaldo Antunes – Novo Mundo

Arnaldo Antunes continua sendo um mestre das palavras e da experimentação, construindo pontes entre a música popular e a poesia, além de conectar gerações.
Em Novo Mundo, ele desconstrói a linguagem para falar de esperança e reconstrução em um planeta em constante mutação, e para isso, conta com David Byrne, Ana Frango Elétrico, Marisa Monte e VANDAL.
26 – Catto – Caminhos Selvagens

Dramático e puramente pesado.
Catto canaliza suas influências em um álbum autoral que soa como um clássico instantâneo do rock alternativo, com letras que cortam e curam através de uma performance vocal visceral.
25 – Urias – Carranca

Experimentalismo e pop se fundem no trabalho mais ambicioso de Urias.
O álbum explora texturas eletrônicas pesadas e jazz, abordando temas de identidade e proteção com uma sofisticação estética impressionante.
24 – ana paia – Continuar

Indie, Emo e uma deliciosa sensação nostálgica de Rock Alternativo dos Anos 90.
O disco de estreia da banda ana paia é uma viagem pelo que há de melhor no cenário independente brasileiro, ao mesmo tempo em que coloca os holofotes em cima de um grupo muito promissor.
23 – BaianaSytem – O Mundo Dá Voltas

O álbum do BaianaSystem é um turbilhão de guitarra baiana, dub e soundsystem, mantendo a carga política alta e o ritmo frenético que são suas marcas registradas.
Nesse trabalho, o grupo continua a expandir os limites da música periférica global produzindo suas próprias trilhas sonoras para shows espetaculares.
22 – Pedro Emílio – Enquanto os Distraídos Amam

Com uma das melhores estreias do ano, Pedro Emílio fez músicas para o coração e envelopou tudo isso em uma campanha de divulgação orgânica e incrível.
Com letras confessionais e uma sonoridade Indie Pop, Pedro Emílio colocou uma boa dose de emoção genuína na obra que conquista os ouvintes logo na primeira audição.
21 – Ebony – KM2

Em KM2, Ebony transforma memória e trauma em matéria-prima artística. O disco revisita a infância na Baixada Fluminense com franqueza brutal, alternando vulnerabilidade emocional e afirmação pessoal com naturalidade impressionante. Entre versos dolorosos, ironia afiada e provocações diretas à cena, a rapper constrói um álbum denso, humano e consciente de suas próprias imperfeições. Mesmo nos momentos instáveis, a potência criativa de Ebony se impõe.
20 – Teago Oliveira – Canções do Velho Mundo

Em mais uma incursão pela carreira solo, o líder da Maglore entrega um trabalho introspectivo focado na canção clássica.
É um disco de violão e arranjos delicados, perfeito para quem busca conforto em melodias inspiradas nos grandes mestres da MPB.
19 – Eskröta – Blasfêmea

Thrash metal e crossover com propósito. Em seu disco, o trio fez um ataque direto ao patriarcado e ao conservadorismo, com riffs rápidos e uma energia visceral que rendeu à Eskröta o título de Melhor Disco de Metal no Prêmio TMDQA! 2025.
18 – Zé Ibarra – AFIM

A voz de Zé Ibarra brilha em seu primeiro álbum solo completo. Afim é uma ode à harmonia, trazendo a influência do Clube da Esquina para 2025 com uma produção impecável e canções que soam como sonhos.
17 – Marina Sena – Coisas Naturais

Ano após ano, Marina Sena segue como a popstar que o Brasil precisava, misturando elementos do Pop contemporâneo com muita brasilidade. Em seu terceiro disco, ela explora mais texturas orgânicas e instrumentos reais, sem perder o magnetismo e o apelo popular que a tornaram um ícone.
16 – Rachel Reis – Divina Casca

A doçura de Rachel Reis encontra novos arranjos que misturam o arrocha com o indie pop. O disco consolida sua sonoridade única e cria canções que grudam pela simplicidade e sofisticação das letras românticas.
Em Divina Casca, conta com BaianaSystem, Don L, Nêssa, Rincon Sapiência e Psirico.
15 – Gaby Amarantos – Rock Doido

Em um disco que foi amplamente elogiado no Brasil e lá fora, Gaby Amarantos celebra a cultura das aparelhagens do Pará, fundindo o tecnobrega com elementos de rock e pop industrial. É um som genuinamente paraense e global, disruptivo e extremamente inovador.
14 – Mateus Fazeno Rock – Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem

Em seu novo disco, Mateus faz com que seu “rock de favela” ganhe mais corpo e maturidade. O disco traz crônicas de sobrevivência e afeto com uma sonoridade que mistura grunge, rap e MPB, sendo político por sua humanidade escancarada.
13 – YMA – Sentimental Palace

Pop onírico em sua melhor forma, o segundo álbum de YMA é uma viagem por sentimentos abstratos com sintetizadores, instrumentos orgânicos e performances vocais impressionantes que colocam o ouvinte em um estado de nostalgia surrealista.
As colaborações com Lucas Silveira (Fresno), Jup do Bairro e Sophia Chablau são verdadeiras cerejas no bolo que abrilhantam a mistura de música alternativa e popular do álbum.
12 – Budang – Magia

Maior expoente do novo Hardcore brasileiro, a banda Budang nasceu em Florianópolis e rapidamente ficou conhecida por shows insanos e muita catarse em suas apresentações.
Quando transformou isso em disco, escolheu a gravadora Deck e as mãos do produtor Rafael Ramos, que conseguiu registrar em estúdio toda fúria de um grupo que lembra, sim, o Turnstile, mas celebra o Punk moderno ao mesmo tempo em que imprime traços muito particulares.
11 – Mateus Aleluia – Mateus Aleluia

Aos 82 anos, o mestre que fez história com Os Tincoãs entregou um disco que é pura oração e celebração aos diferentes tipos de legado.
Homônimo, Mateus Aleluia é uma obra de reconexão espiritual com a África e o Recôncavo Baiano, onde cada faixa carrega séculos de sabedoria e beleza sonora ancestral.
10 – FBC – Assaltos & Batidas

FBC retorna ao rap com um disco que entende o gênero como ferramenta política e social. Inspirado no boom bap dos anos 90, Assaltos e Batidas atualiza a tradição ao abordar capitalismo, trabalho, repressão e luta de classes com clareza e urgência. Sem reinventar a sonoridade que o inspira, o rapper aposta na força da mensagem, costurando referências históricas, samples emblemáticos e rimas diretas.
9 – BK’ – Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer

BK’ entregou seu trabalho mais ambicioso ao transformar memória pessoal e história da música brasileira em narrativa coesa. Repleto de samples, o disco não usa a opulência como ostentação vazia, mas como ferramenta para aprofundar sentimentos, reflexões e vulnerabilidades. Entre passado e presente, fé e contradição, crescimento e cicatrizes, BK’ constrói um álbum maduro, musicalmente sofisticado e emocionalmente honesto.
8 – Menores Atos – FIM DO MUNDO

Em FIM DO MUNDO, o trio carioca entrega o disco mais emocional de sua carreira, fazendo com que seu post-hardcore cheio de identidade soe ainda mais melódico e grandioso, servindo de trilha sonora para as ansiedades e renascimentos dos tempos atuais.
O álbum ainda é abrilhantado por participações especiais de Ale Sater (Terno Rei) e Suricato (Barão Vermelho, carreira solo).
7 – AJULIACOSTA – Novo Testamento

Novo Testamento reafirma Ajuliacosta como uma das vozes mais consistentes do rap atual. Entre o boombap clássico e a estética contemporânea do trap, a artista constrói um disco que equilibra crítica social, autoconhecimento e afirmação identitária. Com participações pontuais e uma escrita afiada, o álbum funciona como manifesto pessoal e coletivo, provando que raiz e inovação não apenas coexistem, se fortalecem.
6 – Stefanie – Bunmi

BUNMI é um disco de maturidade, herança e permanência. Em seu primeiro álbum solo, Stefanie honra sua trajetória com um trabalho que une densidade lírica, sensibilidade e sabedoria acumulada ao longo dos anos. As faixas são autobiográficas sem soar panfletárias, profundas sem perder leveza. Um álbum que dialoga com o presente enquanto aponta para o futuro do rap nacional.
5 – Emicida – Emicida Racional Vol. 2 – Mesmas Cores & Mesmos Valores

Em um movimento de retorno às origens, Emicida transforma luto, memória e reconexão em matéria artística. Dialogando conceitualmente com Cores & Valores, dos Racionais MC’s, o rapper constrói um disco sensível, fragmentado e profundamente humano. Com uma produção impecável e costurado artesanalmente, o álbum se destaca pela sua potência lírica, pela expansão estética e pela forma como transforma dor em reflexão coletiva.
4 – Jadsa – Big Buraco

Jadsa reafirma sua posição na vanguarda baiana com um disco visceral e experimental. Misturando rock, blues e jazz com a percussividade de Salvador, ela entrega uma obra digna de um “big-bang” pessoal.
3 – Luedji Luna – Um Mar Pra Cada Um,

Em 2025, Luedji Luna mostrou ao mundo todo o seu poder de fogo ao lançar dois discos de estúdio e uma versão ao vivo do elogiadíssimo Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água.
Em Um Mar Pra Cada Um, a artista vencedora do Prêmio TMDQA! na categoria Melhor Disco de MPB e também do Grammy Latino aprofunda suas relações com o Jazz e a alma africana.
Como resultado, temos canções meditativas, potentes e feitas para o corpo, o tempo e o silêncio, tudo isso sendo guiado pela voz incrível e bastante particular da cantora.
2 – Don L – Caro Vapor II – Qual a Forma de Pagamento?

Don L, o “rapper favorito do seu rapper favorito”, marcou 2025 com um dos discos mais ousados do ano ao reafirmar a brasilidade como linguagem revolucionária dentro do rap.
Caro Vapor II reimagina samba, baião, funk e bossa a partir de uma lógica própria, enquanto as letras transitam entre política, sonho e filosofia com lucidez rara.
Mesmo com pequenas oscilações estruturais, o álbum se sustenta como uma obra ambiciosa, consciente e provocadora, reafirmando Don L como um dos cronistas mais atentos do rap brasileiro contemporâneo.
1 – Jota.pê, João Gomes e Mestrinho – Dominguinho

Nascido de forma despretensiosa, Dominguinho marca um encontro geracional que celebra a alma do Nordeste.
Aqui, o trio formado por João Gomes, Mestrinho e Jota.pê equilibra o piseiro orgânico, o forró, a sofisticação vocal e o virtuosismo da sanfona em um disco que respira tradição e frescor pop simultaneamente.
Rapidamente se conectando com o país inteiro através de canções emblemáticas e shows lotados, o trio conquistou o mundo através de suas letras e seu carisma, e o álbum ainda reservou uma bela cover de “Pontes Indestrutíveis”, do Charlie Brown Jr.
Misturando Rock, Pop, Forró, Piseiro e MPB, o mais improvável dos lançamentos de 2025 é, também, o Melhor Disco Brasileiro de 2025 e Disco do Ano em nosso Prêmio TMDQA!