Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2025
Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2025

Veja o resumo da notícia!

  • A música em 2025: artistas consolidados e novos nomes que desafiam fronteiras de gênero, criando um cenário musical inovador e diversificado.
  • Álbuns conceituais retornam, priorizando narrativas e estéticas autorais em diversos gêneros, do Pop a vertentes alternativas como Rap e Metal.
  • Gêneros musicais se misturam, Hardcore incorpora melodias, Pop experimenta estruturas ousadas e a eletrônica impulsiona novos estilos.
  • Produções grandiosas contrastam com letras íntimas e pessoais, revelando vulnerabilidades e a busca por conexão em temáticas universais.

2025 foi um ano de virada para a música internacional. Ao mesmo tempo em que artistas consolidados voltaram com discos que soam menos preocupados em agradar algoritmos e mais interessados em construir mundos próprios, novos nomes mostram que as fronteiras de gênero têm ficado cada vez menos perceptíveis e dão o tom para o futuro da música.

Neste ano, mais do que nunca o álbum voltou a ser tratado como obra, com narrativa, estética e risco sendo abraçadas mesmo quando isso parecia improvável, com gêneros como o Pop apostando nisso tanto quanto cenas alternativas que vão do Rap ao Metal.

Hoje, o Hardcore flerta com melodias; o Pop brinca com estruturas quebradas e elementos mais ousados; a música eletrônica virou força motriz para novos estilos e assim por diante. A música, cada vez mais, se torna um circuito global que coloca tradição e futuro como parte de um mesmo diálogo.

Paradoxalmente, vemos discos com produções grandiosas soando extremamente íntimos, em especial liricamente. Personagens vêm dando lugar para pessoas reais, com desabafos e vulnerabilidades liderando temáticas em diversos gêneros e mostrando que a busca por conexão é um fenômeno mundial.

A seguir, o TMDQA! reúne uma lista com os 50 melhores discos internacionais de 2025, indo do Rock ao Pop e passando por uma vasta gama de gêneros para agradar todos os gostos. Pegue o fone e venha com a gente!

Os 50 melhores discos internacionais de 2025

50. Mammoth – The End

Para fãs de: Foo Fighters, Queens of the Stone Age, Greta Van Fleet

Mammoth - The End

Cheio de grandes riffs, The End mostra que o projeto Mammoth veio pra ficar. O projeto de Wolfgang Van Halen não tenta reinventar a roda, e se destaca justamente por trazer simplicidade bem executada. Existe uma honestidade no Rock direto, sem tantas camadas, com destaque para a energia e pegada do som. Perfeito para dirigir ou treinar enquanto ouve!

49. Stereolab – Instant Holograms on Metal Film

Para fãs de: Yo La Tengo, Pavement, Belle and Sebastian

Stereolab - Instant Holograms on Metal Film

Depois de 15 anos sem um disco de inéditas, o Stereolab voltou fazendo o que faz melhor: um álbum que brinca com groove e minimalismo, destacando o espírito retrofuturista do grupo e uma elegância pouco exibicionista. Com belas texturas, Instant Holograms on Metal Film é um disco que seduz devagar, com confiança.

48. The Armed – THE FUTURE IS HERE AND EVERYTHING MUST BE DESTROYED

Para fãs de: Converge, Death Grips, The Dillinger Escape Plan

The Armed - THE FUTURE IS HERE AND EVERYTHING MUST BE DESTROYED

O título já avisa: este é um disco que não veio para ser gentil. THE FUTURE IS HERE AND EVERYTHING MUST BE DESTROYED soa como um ataque sonoro planejado, e o The Armed retorna com seu caos cheio de propósito. A dicotomia entre barulho e belas melodias é fundamental para entender que talvez, realmente, o melhor jeito de consertar o futuro é quebrando tudo.

47. BABYMETAL – METAL FORTH

Para fãs de: Poppy, Bring Me the Horizon, Spiritbox

BABYMETAL - METAL FORTH

Em METAL FORTH, o BABYMETAL aposta de vez em sua própria receita de sucesso ao transformar os choques de referências em músicas que somam riffs pesados, refrães grudentos e aquela energia única do Kawaii Metal desenvolvido por elas. Com uma grande coleção de feats, o álbum segue por diversos caminhos e mostra a pluralidade do alcance da banda japonesa.

46. Lucy Dacus – Forever Is a Feeling

Para fãs de: Julien Baker, Phoebe Bridgers, Big Thief

Lucy Dacus - Forever Is a Feeling

Lucy Dacus sempre teve como grande força o trabalho da intimidade em suas composições. Forever Is a Feeling não é diferente, parecendo uma coleção de conversas difíceis, cheias de detalhes pequenos que doem porque são verdadeiros. O álbum se move devagar, com arranjos que valorizam a palavra e uma voz que transita entre sofrimento e delicadeza com maestria.

45. Militarie Gun – God Save the Gun

Militarie Gun - God Save the Gun

Uma das principais qualidades do Punk e do Hardcore é o potencial de fazer todo mundo cantar junto. God Save the Gun mostra que o Militarie Gun entende isso muito bem, reunindo agressividade e melodia de uma maneira que consegue deixar o som acessível, porém longe de domesticado. Com faixas rápidas e riffs simples e eficazes, é um disco que vai direto ao ponto e mostra que apostar no clássico, mesmo em meio à onda de experimentações na cena, ainda é uma boa ideia.

44. Garbage – Let All That We Imagine Be the Light

Para fãs de: Hole, PJ Harvey, St. Vincent

Garbage - Let All That We Imagine Be The Light

Let All That We Imagine Be the Light é um impulso claro do Garbage para procurar esperança em tempos sombrios. A própria Shirley Manson descreveu o álbum como um esforço consciente de focar em positividade e beleza sem negar o peso do mundo, e aqui a banda faz isso com seu DNA clássico acompanhado de um senso de resiliência, algo que também ficou muito claro nas performances ao vivo de uma banda que soa ao mesmo tempo cansada da indústria e tão apaixonada pela música quanto nunca.

43. Djo – The Crux

Para fãs de: Tame Impala, MGMT, Phoenix

Djo - The Crux

A sonoridade do Indie/Pop Alternativo de uma ou duas décadas atrás deixou saudade em muita gente, e The Crux é uma excelente pedida para aliviar isso. O novo disco de Djo, projeto do também ator Joe Keery (Stranger Things) trabalha sonoridades que quem cresceu ouvindo bandas como MGMT e Phoenix certamente vai reconhecer, com uma sinceridade de quem também viveu isso e usa as influências como ferramenta para seguir se desenvolvendo sonoramente.

42. 5 Seconds of Summer – EVERYONE’S A STAR! (Fully Evolved)

Para fãs de: N.E.R.D., Gorillaz, The Prodigy

5 Seconds of Summer - EVERYONE'S A STAR! (Fully Evolved)

Se você estranhou o trecho Para fãs de acima, não se preocupe – é isso mesmo. EVERYONE’S A STAR! é um disco extremamente corajoso do 5 Seconds of Summer, que deixa o Pop Rock que os consagrou de lado para assumir um lado mais eletrônico fortemente influenciado pelos nomes citados acima. É claro que a banda faz isso de uma maneira mais acessível, mas encarar essa escolha como algo negativo já deveria ter sido deixado de lado há tempos.

41. Halestorm – Everest

Para fãs de: The Pretty Reckless, Evanescence, Shinedown

Halestorm - Everest

A receita do Halestorm não é segredo pra ninguém. A banda encontrou a fórmula para uma sonoridade única a partir do Hard Rock que conquistou tantos fãs ao longo dos anos, mas Everest leva essa energia para um novo lugar. O álbum aposta menos em riffs (ainda que eles estejam presentes) e mais do que nunca na potência vocal inquestionável de Lzzy Hale, com hinos como “Like a Woman Can” e “Darkness Always Wins” mostrando raiva, desejo, força e fragilidade, tudo com uma teatralidade bem dosada.

40. Spiritbox – Tsunami Sea

Para fãs de: Jinjer, Architects, Loathe

Spiritbox - Tsunami Sea

Depois de surgir como um dos grandes nomes do Metal nos últimos anos, o Spiritbox acerta de novo com Tsunami Sea. Sem soar repetitiva, a banda encontra direções ousadas em músicas como “Soft Spine” e “Perfect Soul”, sempre focando em criar uma atmosfera mesmo quando traz seus riffs mais potentes. Courtney LaPlante segue como o destaque do grupo, aprendendo cada vez mais a controlar a direção da música com sua voz.

39. Biffy Clyro – Futique

Para fãs de: Muse, Foo Fighters, Queens of the Stone Age

Biffy Clyro - Futique

Fazer o chamado “Rock de Arena” soar único é algo bem difícil, e uma receita que o Biffy Clyro domina há anos. A banda escocesa não foge de grandes refrães, mas acerta mais uma vez ao trazer elementos únicos – seja na dinâmica, na mudança de compassos ou na capacidade de unir melancolia ao sentimento quase Pop, Futique é (mais) uma aula do grupo sobre como fazer um álbum que pode ser cantado a plenos pulmões ou escutado em momentos íntimos.

38. Amaarae – Black Star

Para fãs de: Tems, Kali Uchis, Rema

Amaarae - BLACK STAR

Com uma sonoridade mais madura do que nunca, BLACK STARAmaarae unir mundos distintos entre a experimentação e a leveza e ousadia dos hits. “Fineshyt” é um exemplo do primeiro caso, com uma pegada mais intimista; “FREE THE YOUTH”, por outro lado, tem um foco mais dançante e é perfeita para ser ouvida em uma boate. Os clipes também são um destaque à parte!

37. Perfume Genius – Glory

Para fãs de: ANOHNI, Sufjan Stevens, Weyes Blood

Perfume Genius - Glory

Glory é um disco carregado de tensão e risco, reforçando a identidade de Perfume Genius como um especialista em vulnerabilidade. Ao mesmo tempo intimista e ambicioso, o trabalho alterna momentos quase sussurrados com explosões discretas; o trabalho de dinâmica é uma aula, fugindo de refrães óbvios para focar em um tom confessional, sofisticado e corajoso.

36. Nourished by Time – The Passionate Ones

Para fãs de: Yves Tumor, Blood Orange, The Weeknd

Nourished by Time

Imagine o início da carreira de The Weeknd, em sua fase mais sombria, explorando sonoridades mais experimentais ainda e com uma pegada mais otimista. O resultado é The Passionate Ones, álbum que soma influências indo desde o R&B mais tradicional até o Yacht Rock; aqui, Marcus Brown – ou Nourished by Time – aposta em uma pegada nostálgica, como se fosse uma fotografia antiga que te transporta para um momento que talvez você nem sequer tenha vivido, mas consegue imaginar de maneira vívida.

35. Beirut – A Study of Losses

Para fãs de: Sufjan Stevens, Andrew Bird, Fleet Foxes

Beirut - A Study of Losses

Muito associado a uma estética passada, o Beirut parece ter encontrado uma nova fórmula após seus sucessos meteóricos do início da carreira. A Study of Losses parece um conjunto de anotações musicais, com os arranjos tipicamente delicados da banda chegando mais texturizados do que nunca e recheados de detalhes que intrigam o ouvinte. Aqui, a melancolia é encarada como algo bonito e a solidão como algo necessário e, à sua própria maneira, charmoso.

34. A Day to Remember – Big Ole Album Vol. 1

Para fãs de: Four Year Strong, The Used, Bring Me the Horizon

A Day to Remember - Big Ole Album Vol. 1

Fazer o que se faz de melhor é uma receita subestimada para o sucesso. Big Ole Album Vol. 1 é exatamente isso: aqui, o A Day to Remember não foge do estilo que os consagrou, repetindo receitas e fórmulas que talvez, para alguns, já tenham chegado à exaustão. Por outro lado, serve também como uma viagem nostálgica e, acima de tudo, divertida para quem se dispõe a se desprender de uma constante busca por algo novo e revolucionário e entende que, às vezes, arroz com feijão é tudo que precisamos.

33. Mdou Moctar – Tears of Injustice

Para fãs de: Jack White, King Gizzard & The Lizard Wizard, Khruangbin

Mdou Moctar - Tears of Injustice

Tears of Injustice nada mais é do que uma nova versão, acústica, de Funeral for Justice, disco lançado pelo sempre ótimo Mdou Moctar em 2024. O “relançamento”, se é que assim podemos chamá-lo, oferece um novo olhar para as canções deixando de lado os riffs agressivos e chamando atenção para as letras. Não à toa, lyric videos com as traduções das composições são uma peça fundamental do trabalho, que aborda questões complexas com as quais o público brasileiro certamente pode se identificar.

32. Playboi Carti – MUSIC

Para fãs de: Lil Uzi Vert, Travis Scott, Future

Playboi Carti - "MUSIC"

Um dos lançamentos mais aguardados do Rap internacional nos últimos tempos, MUSIC eleva o nível de Playboi Carti. Antes colocado por muitos uma prateleira abaixo dos grandes nomes, o rapper reforça seu status vanguardista com experimentações sonoras ousadas, que não soam saturadas mesmo com 30 músicas na tracklist.

31. Laufey – A Matter of Time

Para fãs de: Norah Jones, Weyes Blood, Fiona Apple

Laufey - A Matter of Time

O talento inquestionável de Laufey brilha mais do que nunca em A Matter of Time. Sua habilidade para moldar o Jazz em algo que não apenas soa Pop mas conversa com uma geração pouco acostumada ao gênero é fantástica. Ela faz isso usando uma linguagem sensível, com faixas como “Lover Girl” e “Silver Lining” chamando atenção por criar uma elegância sem esforço, ao mesmo tempo clássica e contemporânea.

30. Ghost – Skeletá

Para fãs de: Alice Cooper, Blue Öyster Cult, Mercyful Fate

Ghost - Skeletá

O Rock de arena está muito vivo em 2025 e Skeletá é a maior prova disso. O sucesso do novo álbum do Ghost aposta mais do que nunca na herança setentista, trazendo também aspectos do espetáculo ao vivo para a estética do álbum. O disco entende a sedução do exagero, criando canções memoráveis através de seus refrães enormes e deixando absolutamente qualquer um com vontade de ir a um show da banda depois de ouvi-lo.

29. Rochelle Jordan – Through the Wall

Para fãs de: Kelela, Jessie Ware, Janet Jackson

Rochelle Jordan - Through The Wall

Elegante é talvez a melhor palavra para definir Through the Wall. Pulsante, o disco de Rochelle Jordan traz o melhor do R&B para as pistas, apostando em um brilho noturno que tem como grande diferencial a sinceridade das composições, que impede tudo de virar só “uma vibe”. É graças a isso que o álbum também funciona no contexto mais íntimo, oferecendo uma opção madura de Pop/R&B de primeira qualidade.

28. Scowl – Are We All Angels

Para fãs de: GEL, Turnstile, Hole

Scowl - Are We All Angels

Are We All Angels coloca o Scowl num ponto interessante. O álbum é agressivo o suficiente para satisfazer quem quer pancada, mas ao mesmo tempo é melódico o suficiente para capturar quem procura refrão. A banda parece entender que crescer não é “amaciar”, e sim ampliar vocabulário – por isso, as músicas flertam com uma pegada um pouco mais Alt Rock e até Pop, mas sem abrir mão de riffs afiados e cheios de energia que vão agradar os fãs mais tradicionais de Punk e Hardcore.

27. Bartees Strange – Horror

Para fãs de: Alabama Shakes, Bon Iver, TV On the Radio

Bartees Strange - Horror

Desde que surgiu, Bartees Strange é uma das revelações mais curiosas da música internacional. É extremamente difícil encontrar um encaixe para suas composições – afinal, elas vão para tantas direções diferentes, do Rock ao Soul, do Rap à música eletrônica, do Folk ao Pop. Horror condensa tudo isso em um disco intenso, cheio de dinâmica (como na excelente “Sober”) para acompanhar a oscilação do próprio artista, que não esconde sua constante construção em letras confessionais que ajudam a compor a obra.

26. Smerz – Big city life

Para fãs de: Haim, Erika de Casier, Oklou

Smerz - Big city life

Big city life não é um disco para qualquer um. O álbum é uma ode à pós-modernidade, brincando com as fronteiras do Pop, e o título ilustra muito bem o que se pode esperar: uma estética minimalista, arrojada e inquieta, bem como uma cidade grande à noite. A soma de elementos muitas vezes bastante crus cria uma inquietude que também provoca o ouvinte, fugindo de refrães óbvios e apostando mais em ruídos pontuais, sintetizadores cheios de detalhes e texturas criadas através da repetitividade.

25. La Dispute – No One Was Driving the Car

Para fãs de: Touché Amoré, Brand New, Tigers Jaw

La Dispute - No One Was Driving The Car

Não é exagero dizer que, quase duas décadas depois da sua estreia, o La Dispute encontrou seu auge em No One Was Driving the Car. Feliz ou infelizmente, a banda tem uma estética extremamente reconhecível – aqui, no entanto, eles finalmente pareceram encontrar uma nova carga emocional que reconecta até mesmo com ouvintes do passado que haviam deixado o grupo de lado. O estilo tradicional está presente, com os vocais falados em cima de melodias Emo, mas a sonoridade está mais detalhada e lapidada do que nunca. Obra-prima!

24. Architects – The Sky, The Earth & All Between

Para fãs de: Parkway Drive, While She Sleeps, Bring Me the Horizon

Architects - The Sky, The Earth & All Between

Um dos grandes nomes do Metal nos últimos anos, os britânicos do Architects voltaram com um disco que tem tudo para ser um dos melhores da carreira. The Sky, The Earth & All Between faz um trabalho espetacular para equilibrar a essência pesada da banda com novas experimentações sonoras, incluindo algumas das mais impressionantes performances vocais de Sam Carter.

23. Wet Leg – moisturizer

Para fãs de: Wolf Alice, The Breeders, Courtney Barnett

Wet Leg - moisturizer

Depois de surgir como um fenômeno da cena, o Wet Leg volta mais maduro e, curiosamente, mais irreverente ainda. moisturizer é afiado de todas as maneiras possíveis, mantendo o humor que fez a banda conquistar uma legião de fãs, mas agora apresentando ainda mais substância em suas composições. Os riffs são mais confiantes, as mensagens das letras são mais diretas e, assim, nasce um disco que consegue falar de assuntos desconfortáveis de maneira sarcástica, mas não cínica.

22. ROSALÍA – LUX

Para fãs de: Arca, Björk, FKA twigs

ROSALÍA - LUX

LUX é, sem dúvidas, o disco mais ousado do ano. Épico e multilíngue, o novo trabalho de ROSALÍA mostra um enorme desprendimento de qualquer ligação com seu sucesso passado, apostando em uma sonoridade grandiosa que parece transformar cada faixa em uma obra arquitetônica. Tradição e futurismo se encontram em um trabalho extremamente competente, que coloca a cantora em um patamar único no que diz respeito a técnica e, ainda que não tenha aquele “fator replay” tão forte, se destaca pela sinceridade e coragem em experimentar.

21. Lady Gaga – Mayhem

Para fãs de: Madonna, Kylie Minogue, Rina Sawayama

Lady Gaga na capa do disco Mayhem

Depois de alguns anos seguindo caminhos tão diferentes, Lady Gaga voltou ao que faz de melhor. Mayhem tem em “Abracadabra” um hino tão potente quanto qualquer um do auge da carreira da cantora, mas também abraça a experimentação influenciada por nomes como Nine Inch Nails e David Bowie, com várias faixas servindo como homenagem à influência do Rock em sua carreira e celebrando a forma como ela consegue transformar tudo isso em um Pop irresistível. É um disco exagerado, no melhor sentido possível, que funciona para quem procura hits e para quem procura algo novo – basta ouvir com atenção.

20. Geese – Getting Killed

Para fãs de: Talking Heads, black midi, Velvet Underground

Geese - Getting Killed

O sucesso do Geese é uma prova de que a maneira do Rock se conectar com a nova geração é através da visceralidade. A banda não foge do risco, soando constantemente anárquica e teatral, encaixando ideias até onde não há mais espaço; Getting Killed faz o ouvinte constantemente sentir como se estivesse em um trem descarrilhando, e essa adrenalina atrai e conquista quem está aberto a uma sonoridade mais experimental. Tem tudo para se tornar um disco símbolo de uma geração, repetindo a receita de nomes como Talking Heads e Velvet Underground para uma nova legião de fãs.

19. Blood Orange – Essex Honey

Para fãs de: Frank Ocean, James Blake, Toro y Moi

Blood Orange - Essex Honey

Um dos artistas mais plurais de seu tempo, Dev Hynes está de volta com Essex Honey, um disco delicioso que passa por R&B, Funk, Pop experimental e música ambiente com a facilidade de quem caminha em linha reta. O trabalho de Blood Orange é, mais uma vez, cinematográfico: por mais estranho que parece, o álbum soa visual, com uma sonoridade que te transporta para o clipe mesmo que você não o esteja assistindo.

18. The Callous Daoboys – I Don’t Want to See You in Heaven

Para fãs de: The Dillinger Escape Plan, Between The Buried and Me, Every Time I Die

The Callous Daoboys - I Don't Want to See You in Heaven

O Mathcore não é exatamente um gênero novo, mas I Don’t Want to See You in Heaven é uma das melhores portas de entrada possíveis para ele. O novo trabalho do The Callous Daoboys parece brincar com o próprio colapso, trazendo agressividade, groove e belas melodias em meio a bom humor; é um álbum performático, que foge de qualquer aspecto de linearidade e se mostra mais um caminho acertado na música pesada, até quando a banda não se leva a sério e parece ironizar a própria existência.

17. PinkPantheress – Fancy That

Para fãs de: Charli xcx, Doja Cat, Shygirl

PinkPantheress - Fancy That

Um dos grandes hits em redes sociais no ano, “Illegal” é a base para tudo que Fancy That oferece. O álbum de PinkPantheress transforma a nostalgia Y2K, uma estética mais em alta do que nunca, em uma linguagem contemporânea, amarrada em referências da cultura clubber do Reino Unido. Para isso, ela usa elementos fortes do Bedroom Pop, criando uma atmosfera de intimidade em meio à sensação da pista de dança – e, para quem estiver disposto a ir além do sucesso viral, Fancy That certamente tem muito a entregar.

16. Dijon –Baby

Para fãs de: Bon Iver, Frank Ocean, D’Angelo

Dijon - Baby

Baby é um disco que parece simultaneamente à frente de seu tempo e nostálgico. É perceptível a influência do Pop radiofônico oitentista, além de referências claras a nomes como Prince e D’Angelo para destacar a inspiração no Soul, R&B e Rock; no entanto, a busca por uma estética confessional, que remete a artistas contemporâneos como Bon Iver e Frank Ocean, transforma o álbum de Dijon quase em uma colagem, como se tivesse sido montado para destacar cada nuance no momento certo.

15. Sleep Token – Even in Arcadia

Para fãs de: Bring Me the Horizon, Bad Omens, Deftones

Sleep Token - Even in Arcadia

Talvez o álbum mais polêmico do ano, Even in Arcadia soa como uma provocação aos metaleiros. O Sleep Token nunca se preocupou com rótulos e aqui, mais do que nunca, abraça sem vergonha alguma os elementos de Metal extremo, Pop, R&B e até Reggaeton em uma fusão única de estilos que já passou a ser inevitável. O caráter ritualístico da banda irrita alguns e conquista outros mas, musicalmente falando, o álbum é um passo gigante para fazer o Rock e o Metal se popularizarem novamente – e, ironicamente, são justamente os que reclamam da morte desses gêneros que parecem se incomodar tanto com isso.

14. Creepy Nuts – LEGION

Para fãs de: Beastie Boys, Kero Kero Bonito, BROCKHAMPTON

Creepy Nuts - LEGION

Praticamente todo fã de anime conhece o Creepy Nuts graças a “Otonoke”, emblemática abertura da primeira temporada de Dan Da Dan. O hit, no entanto, é apenas um dos bons momentos de LEGION, álbum que mistura Rap, humor, referências Pop, belas melodias instrumentais e vocais e críticas sociais em músicas cheias de camadas, que muitas vezes parecem simples e divertidas à primeira ouvida e, com o tempo, vão se revelando bastante complexas.

13. Thornhill – BODIES

Para fãs de: Deftones, Loathe, Northlane

Thornhill - BODIES

Em meio a uma geração de bandas claramente influenciadas pelo Nu Metal e Metalcore, o Thornhill se destaca por criar um som mais sensorial do que a vasta maioria de seus contemporâneos. Em BODIES, a banda australiana refina sua fórmula ao melhor formato até hoje, com guitarras que criam atmosfera, vocais que transitam entre fragilidade e explosão e uma produção que trata cada faixa como um espaço físico.

O disco funciona muito bem quando encosta na fronteira entre agressão e intimidade, trazendo riffs que esmagam e melodias que seduzem – talvez, neste caso, um resultado direto da grande e perceptível influência de Deftones. O cuidado com a dinâmica também chama atenção, e a estética é outro ponto importante para se conectar à nova geração.

12. DRAIN – …Is Your Friend

Para fãs de: Suicidal Tendencies, Power Trip, Corrosion of Conformity

DRAIN - ...Is Your Friend

Destaque na cena Hardcore há algum tempo, o DRAIN acerta mais do que nunca no novo disco …Is Your Friend. O álbum abraça uma estética (quase) perdida do Crossover Thrash, gênero que mistura influências de Punk e Thrash Metal e ganhou fama com nomes como Suicidal Tendencies e Corrosion of Conformity.

Aqui, como em outros destaques do gênero, chama atenção a agressividade tão veloz quanto groovada, e uma faixa como “Stealing Happiness From Tomorrow” é perfeita para abrir aquela roda punk insana em um “inferninho” lotado. Por outro lado, “Who’s Having Fun?” tem um aspecto mais divertido, remetendo a influências do Skate Punk.

11. CMAT – Euro-Country

Para fãs de: Kacey Musgraves, Jenny Lewis, Orville Peck

CMAT - Euro-Country

A combinação improvável de Indie Pop e música Country rendeu à cantora irlandesa Ciara Mary-Alice Thompson um dos melhores discos de 2025 no mundo todo.

Aqui, CMAT chega ao seu terceiro álbum e apresenta uma sonoridade que ninguém mais tem, e para isso, mistura letras extremamente pessoais com uma sonoridade que deixa o ouvinte tentando entender novos caminhos o tempo todo.

Original, improvável e poderoso, Euro-Country não apenas conquistou novos fãs para CMAT como também serviu de base para outras artistas contemporâneas como Hayley Williams, que citou o álbum como um dos seus favoritos em 2025.

10. Viagra Boys – Viagr Aboys

Para fãs de: IDLES, Sleaford Mods, The Hives

Viagra Boys - Viagr Aboys

A estética torta sempre foi um dos pontos altos do Viagra Boys, que navega entre o som de garagem e o Post-Punk muito bem produzido com maestria. O novo disco mantém essa tradição, com um foco ainda maior em grooves grudentos e letras tão afiadas quanto absurdas.

Os vocais parecem funcionar muitas vezes como um noticiário grotesco do presente, falando sobre temas como consumo, masculinidade tóxica, paranoia digital e a tristeza ligada à vida online com uma sinceridade confortável e exagerada. Assim, a banda equilibra sujeira e acessibilidade, fazendo o ouvinte dançar enquanto ouve suas ideias tortas e mensagens fortes. O caos funciona, e o Viagra Boys prova que a música viva, barulhenta, estranha e sincera nunca será substituída.

9. Bad Bunny – DeBÍ TiRAR MáS FOToS

Para fãs de: ROSALÍA, C. Tangana, Rauw Alejandro

Bad Bunny - "DeBÍ TiRAR MáS FOToS"

É impossível falar de música em 2025 sem falar de Bad Bunny. O astro de Porto Rico colocou seu país de uma vez por todas no radar mundial, fazendo questão de destacar sua cultura com protagonismo em DeBÍ TiRAR MáS FOToS.

Uma ode à cultura latina, o álbum referencia ritmos típicos como Salsa, Plena e Jíbaro em meio ao Reggaeton que o popularizou, conectando gerações não apenas através dos ritmos mas com suas mensagens fortes. Aqui, o ritmo de festa é inevitável, como deveria ser; no entanto, Bad Bunny constantemente provoca, trazendo reflexões por vezes até melancólicas, como a frase “eu devia ter tirado mais fotos” – suficiente para fazer qualquer um refletir sobre suas melhores e piores memórias e a importância de registrar o que vivemos.

8. Turnstile – NEVER ENOUGH

Para fãs de: Refused, Title Fight, Rage Against the Machine

Turnstile - NEVER ENOUGH

Dar sequência a uma obra-prima é sempre uma tarefa que beira o impossível, e o Turnstile fez o melhor que podia depois do sucesso meteórico de GLOW ON. Sem fugir muito da estética do álbum premiado de 2021, NEVER ENOUGH acerta ao expandir ainda mais a sonoridade do grupo sem abrir mão dos elementos mais primitivos do Hardcore.

Ao mesmo tempo em que “BIRDS” vai fazer qualquer um querer bater cabeça e se jogar do palco, “SEEIN’ STARS” vê as participações de Dev Hynes (Blood Orange) e Hayley Williams (Paramore) para criar uma atmosfera totalmente diferente, com elementos de Shoegaze guiando a música até a entrada de uma guitarra digna de Thrash Metal.

É com essa mistura de timbres e texturas que o Turnstile conseguiu se destacar como algo diferente, e a banda acerta em cheio ao não tentar reinventar a roda mais uma vez, mas também se permitir experimentar com uma identidade cada vez mais múltipla.

7. Lily Allen – West End Girl

Para fãs de: Marina, Kate Nash, Robyn

Lily Allen - West End Girl

Não há como fugir: o grande apelo de West End Girl é sua aposta em uma sinceridade vulnerável e afiada, já que aqui Lily Allen fala de maneira direta e sem rodeios sobre o conturbado divórcio com o ator David Harbour, narrando traições, polêmicas e confusões da maneira mais cru e vívida possível.

No entanto, é claro que nada disso funcionaria tão bem se a parte musical não fosse tão fascinante quanto. Usando várias facetas do Pop como instrumento para suas crônicas, Lily aposta em melodias claras, arranjos que deixam a letra respirar – um segredo que muitas vezes parece perdido na indústria – e até algumas ousadias mais experimentais para destacar a teatralidade da obra, como na aclamada “Madeline”.

6. Oklou – choke enough

Para fãs de: Caroline Polachek, FKA twigs, A. G. Cook

Oklou - choke enough

choke enough é um disco inescapável e hipnotizante. Aqui, Oklou aposta em elementos do Hyperpop com uma nova e talvez até revolucionária abordagem – a estética exagerada do gênero é substituída por uma pegada intimista e delicada, ao mesmo tempo polida e frágil.

“family and friends”, por exemplo, soa como uma versão moderna de Enya se a cantora irlandesa tivesse passado um tempo ouvindo Caroline Polachek e FKA twigs (esta última, aliás, presente como feat em choke enough). Por outro lado, “harvest sky” resgata um aspecto meio Summer Eletrohits, meio “madrugada acordada” – pensamentos circulando, memória falhando, vontade de sentir algo que faça sentido – e é exatamente essa dualidade tão cheia de contraste que destaca o álbum da francesa.

Em vez de explodir, choke enough é um disco que constantemente comprime, e assim cria-se um universo etéreo que trabalha emoção sem dramatização óbvia, com músicas que se conectam e convidam o ouvinte para um mergulho em uma das produções mais cuidadosas dos últimos anos.

5. Clipse – Let God Sort Em Out

Para fãs de: Freddie Gibbs, Kendrick Lamar, Run the Jewels

Clipse - Let God Sort Em Out

De volta com um disco de inéditas após 26 anos, o Clipse é dono do Melhor Disco de Rap de 2025 sem dúvida alguma. Let God Sort Em Out tem feats de respeito, como Kendrick Lamar em “Chains & Whips”, mas definitivamente não se apoia exclusivamente nisso para criar um trabalho coeso.

A impressão é constantemente de estar ouvindo dois veteranos que não precisam correr atrás das tendências. Pusha T e (No) Malice não estão necessariamente atrás de coisas grandiosas, investindo em um clima de rua e tensão moral que evoca uma nostalgia que só os verdadeiros mestres do gênero são capazes de ter.

Mesmo quando o álbum flerta com refrães mais marcantes, ele continua sendo áspero, mostrando entender que o presente é a continuação de uma história que começou lá atrás. E é exatamente isso que torna Let God Sort Em Out tão especial.

4. Ichiko Aoba – Luminescent Creatures

Para fãs de: Joanna Newsom, Ryuichi Sakamoto, Grouper

Ichiko Aoba - Luminescent Creatures

Ichiko Aoba é uma artista que, há tempos, domina a arte de fazer o silêncio falar. Luminescent Creatures aprofunda essa magia, chegando como um ecossistema delicado em que cada detalhe cumpre seu papel de maneira irretocável.

Voz, violão, piano e outros elementos que aparecem de maneira mais sutil se somam para criar um álbum que funciona como pequenas lanternas acesas em um quarto escuro, iluminando cada canto e obrigando o ouvinte a olhar para lugares que, no dia a dia, podem passar despercebidos.

Luminescent Creatures aposta forte no minimalismo, e a influência de Ryuichi Sakamoto é maior do que nunca – quase como uma homenagem a um dos maiores nomes da história da música japonesa. Faixas como “FLAG” e “COLORATURA” são algumas das mais bonitas que você vai ouvir neste ano – e além dele, certamente.

3. Deftones – private music

Para fãs de: Mastodon, The Smashing Pumpkins, Hum

Deftones - private music

O Deftones sempre foi mestre em fazer peso soar sensual, e private music é mais uma prova de que a banda entende o “clima” como instrumento principal.

Aqui, o Deftones reverencia seus próprios discos, mas não se limita a eles. Enquanto o antecessor Ohms parecia mostrar uma banda que começava a trabalhar a ideia de uma nova geração consumindo sua música, private music é um atestado de que eles entenderam que o motivo para esse sucesso recente não é o passado, e sim a essência da banda. Dessa forma, surgem clássicos instantâneos como “milk of the madonna” e “cut hands”, faixas que entram imediatamente no rol de melhores músicas da carreira da banda.

Um dos aspectos mais intrigantes, no entanto, é como o álbum vai crescendo a cada ouvida – ele pode parecer simples inicialmente, mas o ouvinte que aceitar se aprofundar vai ver um trabalho cheio de nuances e detalhes, e este sim é o verdadeiro segredo do sucesso dessa banda com tantas gerações diferentes.

private music é um atestado de que o Deftones está melhor do que nunca em sua própria linguagem, trazendo romantismo sombrio, beleza áspera e uma confiança de quem sabe que o silêncio pode ser tão pesado quanto um riff pungente.

2. Deafheaven – Lonely People with Power

Para fãs de: Alcest, Wolves in the Throne Room, Godspeed You! Black Emperor

Deafheaven - Lonely People with Power

O Deafheaven voltou a soar grandioso sem soar disperso. Depois de explorar algumas direções diferentes em seus últimos trabalhos, o grupo volta a acertar em cheio com Lonely People with Power, um disco tão épico quanto delicado, tão pesado quanto fino em seus arranjos.

O disco é uma colisão de catarse extrema com beleza ensolarada, enriquecida (e muito) por excelentes clipes que transformam completamente a experiência do álbum. As guitarras abrem paisagens, a bateria acelera a adrenalina e cria um senso de urgência, e os vocais voltam a encontrar a receita para não soar apenas agressivos, mas sim como um resultado de verdades rasgadas às suas formas mais nuas.

A dinâmica de Lonely People with Power é a mais refinada da carreira do Deafheaven, e uma verdadeira aula para qualquer músico que busque explorar isso em seus trabalhos. Em “Winona”, por exemplo, o baixo aparece na hora certa para criar uma textura complexa, que revela mais uma vez a influência do Shoegaze no trabalho da banda; assim, eles estouram e suspendem com maestria, mais do que nunca.

Em vez de apostar só em muralhas de som, o Deafheaven investe de forma certeira em detalhes que deixam a emoção mais nítida. Pequenas variações de timbre, viradas que parecem responder ao que foi cantado e um encaixe perfeito entre fúria, melancolia e esperança: Lonely People with Power é um disco no qual a beleza não alivia a dor, mas a destaca.

1. Hayley Williams – Ego Death at a Bachelorette Party

Para fãs de: Mitski, Phoebe Bridgers, Paramore

Hayley Williams - Ego Death at a Bachelorette Party

Em seu terceiro disco, Hayley Williams se consolidou como uma artista solo e mostrou que tem talento de sobra para seguir no formato o quanto quiser.

Se os dois primeiros álbuns tinham toda cara de projeto paralelo, Ego Death at a Bachelorette Party não apenas mostra uma artista madura como também conta com elementos essenciais para todo disco que faz história, apresentando melodias pegajosas, refrães grudentos e letras corajosas.

Desde atacar “cantores racistas do country” até expor comportamentos questionáveis de ex-companheiros, a vocalista do Paramore finca o pé em um território disputadíssimo e mostra que tem todas as credenciais para seguir esse formato se assim o quiser.

Musicalmente, o álbum bebe nas fontes do rock alternativo dos Anos 80 e 90, misturando elementos de influências contemporâneas que vão de Phoebe Bridgers a CMAT, e traços muito particulares de Hayley.

Discão!

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