Pete Townshend tocando guitarra com The Who em 2023
Foto de Pete Townshend via Shutterstock

Veja o resumo da notícia!

  • A influência de Jimi Hendrix no visual de palco de Pete Townshend e a admiração pela performance xamânica e a luz que emanava de Hendrix.
  • A admiração de Townshend pela técnica de Eric Clapton, apesar de ressalvas sobre o som, e a preferência por Traffic e Blind Faith.
  • O impacto de Link Wray e sua música 'Rumble' na decisão de Townshend de tocar guitarra e a importância da música como escape.
  • A influência de Howlin’ Wolf na visão de mundo de Townshend e na expressão de sentimentos profundos e autênticos na música.
  • A importância de Bo Diddley no início da carreira do The Who e a inspiração no ritmo e no estilo de guitarra de Townshend.

Pete Townshend, cofundador e um dos pilares criativos do The Who, se tornou um dos guitarristas mais influentes da história do rock e suas habilidades serviram de referência para diversas gerações de músicos. Mas quem será que o inspirou ao longo de sua trajetória?

Conhecido por sua postura crítica, com toques de ironia, Townshend nunca se preocupou em medir palavras ao falar de outros artistas. Por outro lado, esse distanciamento reforça ainda mais o peso de suas opiniões quando ele decide compartilhar elogios sinceros sobre os músicos que ele admira.

Ao longo dos anos, Pete Townshend falou abertamente sobre os guitarristas pioneiros que influenciaram sua bagagem musical. O membro do The Who pode não ter muitos favoritos, mas isso torna suas escolhas ainda mais relevantes.

Confira abaixo o que Pete Townshend já comentou sobre seus guitarristas favoritos em uma lista reunida pelo Far Out!

Os 5 melhores guitarristas segundo Pete Townshend (The Who)

Jimi Hendrix

Jimi Hendrix não se tornou uma das maiores lendas da guitarra apenas por sua técnica. Seu impacto também era um reflexo da forma como ele dominava os palcos, e isso era algo que sempre chamou a atenção de Pete Townshend. Ao lembrar da primeira vez que viu Hendrix ao vivo, ele disse:

“Foi no Blazes, a boate em Londres. Ele estava incrível. Acho que você precisa ter visto Jimi Hendrix ao vivo para entender o que ele realmente representava. Ele era um músico maravilhoso. Não era um grande cantor, mas tinha uma voz linda. Uma voz rouca, uma voz realmente sensual… Quando você o via ao vivo, ele era como um xamã. É a única palavra que consigo usar. Não sei se é o termo certo. Parecia que a luz emanava dele. Ele entrava no palco e, de repente, explodia em luz. Ele era muito gracioso.”

Eric Clapton

Mesmo ao falar de Eric Clapton, um amigo próximo e guitarrista que admira profundamente, Pete Townshend nunca deixou de lado seu olhar crítico. Ao relembrar sua experiência ouvindo o Cream, ele apontou que em alguns momentos sentiu uma certa sensação de vazio, e chegou a imaginar que a presença de um órgão Hammond poderia ter contribuído para um resultado mais positivo.

Ainda assim, o respeito pela técnica de Clapton sempre foi evidente:

“Eu sempre adorei o jeito de tocar do Eric, mas nem sempre o som dele. Sempre me pareceu um pouco abafado, na época dos amplificadores Marshall. É por isso que prefiro Traffic e Blind Faith. Gosto do som deles.”

Link Wray influenciou diversas gerações de artistas e Pete Townshend também foi atraído por sua genialidade. O guitarrista do The Who revelou certa vez que, ao ouvir “Rumble” pela primeira vez, sentiu uma mistura de inquietação e empolgação com o som produzido por Wray na guitarra. Para Townshend, Link representava a essência do rock and roll:

“Ele é o rei. Se não fosse por Link Wray e ‘Rumble’, eu jamais teria pegado uma guitarra. Quando eu era criança, o que me interessava era que a música era colorida e a vida, cinza. Então, para mim, a música sempre foi mais do que entretenimento.”

Howlin’ Wolf

Um guitarrista que também conquistou Townshend não só por sua técnica, mas pelo conjunto da obra foi Howlin’ Wolf. Depois de ter sido apresentado ao som do músico ainda na Escola de Arte de Ealing, ele passou a acompanhar mais de perto o trabalho de Wolf e apontou:

“Ele não é apenas um cara com uma banda, ele ajudou a mudar nossa visão de mundo e a consolidar essa nova maneira que encontramos para expressar nossos sentimentos mais profundos. Ao contrário do pop radiofônico daquela época, Howlin’ Wolf tinha garra; ele nos mostrou que podíamos deixar nossa música ser inegavelmente masculina sem sermos machistas.”

Bo Diddley

No início da carreira do The Who, quando ainda eram uma banda de covers, “Roadrunner” de Bo Diddley era uma das canções favoritas que os músicos incluíam em seu repertório. Mesmo depois de deixarem de tocá-la, o ritmo pulsante e preciso de sua guitarra permaneceu.

Quando estava criando seu próprio som, Townshend se inspirava na mistura de estilos de Diddley e também se tornou adepto ao truque de deslizar a borda da palheta na corda Mi grave, assim como Bo fazia, para obter um som vibrante e um floreio performático clássico.

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