Bullet For My Valentine
Divulgação

Veja o resumo da notícia!

  • A banda Bullet For My Valentine celebra 20 anos do álbum The Poison, um marco no metal dos anos 2000, com turnê e shows especiais.
  • Matthew Tuck reflete sobre o impacto do álbum, a relação com fãs de diferentes gerações e a importância da memória afetiva.
  • A turnê com o Limp Bizkit, banda que influenciou Tuck, torna a celebração ainda mais especial, unindo diferentes fases da música.

Celebrando os 20 anos de The Poison, álbum que apresentou o Bullet For My Valentine ao mundo e ajudou a definir o metal dos anos 2000, a banda vive um momento especial em sua trajetória.

A comemoração ganha contornos ainda mais simbólicos com o retorno ao Brasil neste sábado, como convidada da turnê do Limp Bizkit pela América do Sul. Em conversa com o TMDQA!, o vocalista e guitarrista Matthew Tuck refletiu sobre legado, memória afetiva e a relação da banda com fãs de diferentes gerações.

Ao olhar para trás, Tuck não esconde o peso emocional que The Poison carrega até hoje. “Para mim, pessoalmente, foi o começo da minha vida, de verdade”, afirma. Segundo ele, a rotina intensa da indústria musical raramente permite pausas para revisitar o passado.

Quando você está em uma banda, está sempre focado no futuro. Tudo precisa ser planejado com pelo menos um ano de antecedência, então quase nunca paramos para olhar para trás e celebrar.

Esse exercício de memória, no entanto, tem se mostrado essencial na turnê comemorativa.

É um álbum que significa muito para muita gente – inclusive para pessoas que nem tinham nascido quando ele saiu. Ver crianças e adolescentes na plateia com seus pais, todos revivendo aquele momento de 20 anos atrás com a gente, é algo muito bonito.

O vocalista também destaca como o alcance do Bullet For My Valentine se expandiu de forma inesperada ao longo do tempo. “Hoje vemos pessoas de seis, sete anos até avós na casa dos 70 e 80 anos nos shows”, conta. “Muitas vezes são três gerações da mesma família juntas. Isso é fenomenal.” Para ele, esse impacto intergeracional ajuda a dar forma concreta à ideia de legado.

Você não entra em uma banda pensando que vai construir um legado. Você entra porque ama tocar música com seus amigos. Só agora consigo ver isso claramente, todas as noites, nos shows.

20 anos de Bullet For My Valentine

Revisitar The Poison também trouxe novos significados às músicas, moldados por duas décadas de estrada e vivência pessoal. Para Tuck, a longevidade do disco prova que o impacto da banda continua vivo.

Ainda tem muita gente descobrindo quem somos. Assim como eu descobria minhas bandas favoritas quando tinha 15 ou 16 anos, essas pessoas estão em sua própria jornada musical agora.

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Tuck relembrou um tempo em que o streaming não existia e descobrir música exigia um envolvimento quase ritualístico. “Você precisava comprar vinis, fitas ou CDs, ler revistas como Kerrang! ou Metal Hammer, ir até uma loja de discos e ouvir algumas faixas nos pontos de audição”, recorda. Ainda assim, ele garante que o espírito da banda nunca foi moldado por tendências. “Nunca aceitamos ouvir que não daríamos em nada ou que deveríamos desistir.”

Nesse sentido, o fato de a banda ter surgido no País de Gales foi decisivo.

As oportunidades eram poucas, e isso acendeu um fogo dentro da gente. […] Sou extremamente orgulhoso de ser galês, mas crescer ali definitivamente nos deu essa força para continuar.

A atual turnê ao lado do Limp Bizkit carrega, para Tuck, um significado pessoal profundo. Fã da banda desde antes do lançamento de Three Dollar Bill, Y’all$, em 1997, ele descreve o convite como um alinhamento perfeito.

Eles fazem parte da minha vida há 28 anos. Poder voltar ao Brasil, Argentina, Chile e Peru com uma banda que definiu minha trajetória musical foi como se as estrelas realmente tivessem se alinhado.

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