
Veja o resumo da notícia!
- A trajetória de Phil Collins, de baterista do Genesis ao sucesso como vocalista solo, revela sua paixão contínua pela bateria e seus ídolos no instrumento.
- Steve Gadd, Nic Collins e Chester Thompson influenciaram a carreira de Phil Collins, cada um contribuindo de maneira única para seu desenvolvimento musical.
- Charlie Watts, Keith Moon e John Bonham, bateristas icônicos, receberam o reconhecimento de Phil Collins por suas habilidades e estilos distintos.
- Ringo Starr e Buddy Rich, lendas da bateria, foram exaltados por Phil Collins, que destacou suas contribuições e impacto na história da música.
Phil Collins pode ter se consolidado como vocalista do Genesis e alcançado enorme sucesso na carreira solo comandando um microfone, mas sua essência continua sendo a de um baterista.
O músico, que nos últimos anos viu sua carreira como instrumentista chegar ao fim após problemas de saúde relacionados a uma lesão sofrida em 2007, sempre foi inspirado por nomes que moldaram a história do instrumento.
Mesmo assumindo os vocais do Genesis após a saída de Peter Gabriel, Collins nunca abandonou as baquetas. Ele continuou sendo o baterista no estúdio e sua transição inesperada para a função de frontman acabou se mostrando decisiva para o futuro do Genesis.
A popularidade alcançada por Phil Collins o fez, muitas vezes, ter sua habilidade musical subestimada, sendo reduzido apenas a um representante do Pop Rock que pouco refletia sua profundidade artística. Mas a verdade é que o lugar que o músico ainda se sentia mais à vontade era atrás da bateria, e descobrir seus bateristas preferidos nos faz entender ainda mais a conexão entre ele e esse instrumento.
Confira abaixo uma lista reunida pelo portal Far Out com os bateristas que possuem um lugar especial no coração do brilhante Phil Collins!
Os 8 bateristas preferidos de Phil Collins
Steve Gadd
Ao longo de sua carreira tanto solo como com o Genesis, Phil Collins sempre transitou por diferentes gêneros como rock progressivo, pop e soul. Porém, entre todas essas influências, o jazz ocupou um espaço especial, graças ao impacto que Steve Gadd teve sobre ele.
Em uma entrevista com David Sheff, Collins mencionou Gadd ao lado de alguns de seus bateristas de jazz favoritos, como Tony Williams e Buddy Rich. Apesar da reputação de Gadd como músico de estúdio ter se inclinado para o easy listening, sua combinação de groove e swing não passou despercebida por Collins.
Nic Collins
Nos últimos anos de carreira com o Genesis, Collins já não tinha condições físicas de se apresentar e, após fazer uma cirurgia nas costas, ficou limitado apenas a cantar. Em vez de buscar um substituto externo, a banda manteve a tradição familiar e colocou Nic Collins, filho de Phil, na bateria. Certa vez, ele elogiou o talento do filho adolescente, dizendo:
“A banda se apaixonou por ele… de repente, era como se ele soubesse o que estava fazendo e não estivesse intimidado pela situação. Estou muito feliz por ele, e por mim, por podermos passar por isso juntos”.
Chester Thompson
Quando Collins se viu obrigado a deixar a bateria para assumir os vocais do Genesis, o músico sabia exatamente quem poderia substituí-lo para continuar entregando um excelente trabalho: Chester Thompson, conhecido por sua brilhante carreira com Frank Zappa e com o supergrupo Weather Report.
Sobre a entrada do baterista, Phil apontou:
“Eu nunca o vi como um baterista de jazz. Seu habitat natural teria sido esse. Ele era capaz de tocar músicas muito complexas. Não íamos apresentar a ele nada que ele não fosse capaz de tocar”.
Thompson reconheceu que houve inseguranças no início, mas logo percebeu que ele e Collins tinham afinidades:
“Phil e eu, desde o primeiro ensaio, quando ele se sentou e começamos a tocar juntos, simplesmente nos conectamos. Foi algo natural. E Phil e eu tínhamos muitas raízes em comum. Ele curtia muito bateristas de jazz americanos”.
Charlie Watts
Charlie Watts passou quase seis décadas se dedicando aos Rolling Stones e, apesar de raramente ser lembrado com a reverência que merecia, Phil Collins sempre reconheceu seu talento. Certa vez, ele apontou sobre o saudoso baterista:
“Quando eu toquei com a big band em 98, os Rolling Stones estavam tocando ou morando em Paris, algo assim. Ele me ligou e disse: ‘Você vai tocar com a big band hoje à noite e eu adoraria ir’, então eu disse: ‘Por favor, venha’.”
Ele ligou pouco antes de irmos embora e disse: ‘Não posso deixar minhas roupas, elas chegaram e preciso organizar tudo direitinho’, e eu disse: ‘Ok’. É uma visão interessante sobre o Charlie Watts, sabe? Enfim, ele apareceu, e era o baterista mais estiloso que eu já vi.”
Keith Moon
Por sempre estar envolvido em histórias extravagantes, muitas vezes a repetição de Keith Moon era mais associada ao seu comportamento caótico do que ao seu talento como baterista do The Who. Atrás da bateria, no entanto, Moon fazia performances impressionantes e intensas, surpreendendo a todos e encantando astros como Collins:
“Acho que uma das músicas de rock clássicas de todos os tempos é ‘Won’t Get Fooled Again’, e me lembro de tê-los visto na TV, transmitidos do estádio do Charlton, e o vi com fita adesiva na cabeça, com os fones de ouvido, sabe, [de um jeito que] dói tirar se você for tolo o suficiente para colocar. O jeito que ele tocava, não havia nenhuma ortodoxia.”
John Bonham
É muito difícil que John Bonham não seja incluído na lista de bateristas favoritos de alguém. Além de ter se tornado uma peça chave para o Led Zeppelin alcançar o sucesso, o músico atraiu uma legião de fãs ao se tornar, talvez, um dos maiores exemplos do que um baterista de rock deveria ser.
Certa vez, Collins comentou sobre o companheiro de profissão:
“Ele tinha o melhor bumbo que eu já vi, e me tornei fã ali mesmo, sabe? Então comecei a segui-lo aonde quer que ele fosse, fazendo coisas incríveis, como tocar em uma banda. A próxima vez que o vi foi com o Led Zeppelin, quando eles ainda se chamavam The New Yardbirds. O Led Zeppelin do início da carreira era algo impressionante, porque ninguém fazia nada parecido.”
Ringo Starr
Ringo Starr pode ter sido subestimado por muitas pessoas, mas sua contribuição para as obras dos Beatles foi incomparável e Phil Collins fez questão de enaltecer a dedicação do baterista:
“É difícil explicar para alguém que não era jovem na época. Simplesmente moldou minha vida. Aquelas músicas, o som daqueles discos ainda me impressiona e me deixa perplexo. ‘Tomorrow Never Knows’, ouça a bateria, sabe, ‘A Day In The Life’, ouça a bateria. Sempre fui um grande fã do Ringo, enquanto muita gente não entende o alvoroço.
Mas o que Ringo fez foi trazer a bateria de trás para a frente e fazer as pessoas prestarem atenção nela. Quer dizer, quando você diz ‘Ah, eu adoro essa música’, às vezes as pessoas deveriam dizer ‘Escutem o que está acontecendo por trás’, como em ‘All My Loving’, que é um tipo de música difícil de tocar. Parece um shuffle fácil, mas tocá-la direito não é fácil. Sabe, ele estava se movimentando, ele estava realmente se exibindo.”
Buddy Rich
Buddy Rich começou a tocar bateria aos dois anos de idade e se tornou uma lenda absoluta do jazz. O músico dominava o instrumento de uma forma única, principalmente do ponto de vista técnico. Collins se tornou um grande admirador de Rich e, mesmo com histórias controvérsias que cercam o músico, Phil enalteceu o impacto do baterista:
“Eu acho que ele é (o maior baterista de todos os tempos). Você pode dizer o que quiser sobre Buddy, muita gente já disse coisas ruins. Eu o conheci uma vez, e antes de mais nada, além de tocar Beatles e o The Who, e todas as estrelas pop, eu também ouvia jazz de big band. Então, Count Basie era um dos integrantes da banda dele, e nos deparamos com um medley de ‘West Side Story’ do Buddy Rich em 1965, que continua sendo uma obra incrível. Se você nunca ouviu, deveria ouvir. Ele está em plena forma do começo ao fim.”
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