Destroy Boys
Reprodução/Instagram

Veja o resumo da notícia!

  • Destroy Boys fará sua estreia no Brasil no festival Não Tem Banda com Mina, após convite da guitarrista Dani Buarque, celebrando a importância feminina no rock.
  • A banda californiana expressa grande expectativa em relação ao público brasileiro, mantendo a mente aberta e curiosa sobre a recepção no país.
  • O novo álbum, Funeral Soundtrack #4, reflete o amadurecimento da banda, com letras mais profundas e experimentações musicais.
  • O sucesso viral no TikTok impulsionou a visibilidade da banda, resultando em um aumento no público dos shows e novas oportunidades.
  • Alexia Roditis compartilha aprendizados sobre performance e disciplina ao tocar com grandes nomes, como blink-182 e Turnstile.

A banda californiana Destroy Boys desembarca no Brasil pela primeira vez esta semana para integrar o line-up de um festival dedicado a bandas lideradas por mulheres, o Não Tem Banda com Mina.

Em entrevista ao TMDQA!, a vocalista Alexia Roditis falou sobre a expectativa para a apresentação inédita, o impacto do sucesso viral no TikTok e o processo emocional por trás do novo álbum, Funeral Soundtrack #4.

Logo de início, Alexia deixa claro o entusiasmo de finalmente tocar para o público brasileiro. “Estou super animada para tocar nesse festival. Acho muito legal. A Dani [Buarque, guitarrista da The Mönic] está mandando mensagem para o Destroy Boys há muito tempo, a gente conversa há bastante tempo”, contou. Para a vocalista, essa é também uma oportunidade simbólica:

Acho que as garotas são muito importantes para o Punk e para o Rock em geral. As mulheres são realmente importantes. Estou animada para apoiar outras bandas com mulheres e mostrar isso por aí.

Sem nunca ter pisado no país antes, Alexia diz que prefere manter a mente aberta, mas só ouviu elogios.

Tenho expectativas neutras, acho. Só ouvi coisas boas sobre os fãs brasileiros e sobre a América Latina em geral. As pessoas parecem muito empolgadas. Não sei exatamente o que esperar, mas acho que vai ser bom. Estou muito animada para ver o que acontece.

Do Punk adolescente ao amadurecimento do Destroy Boys

O Destroy Boys vive um momento de evolução artística evidente. Sobre Funeral Soundtrack #4, lançado no ano passado, Alexia resume: amadurecimento.

Acho que o conteúdo lírico se tornou mais maduro. Antes era mais uma coisa de angústia adolescente porque tínhamos 17 anos escrevendo aquilo. Conforme você cresce, o que importa para você muda, e as músicas refletem isso.

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Ela explica que, desta vez, a banda foi além de narrativas diretas.

Eu costumava escrever sobre situações específicas, e agora essas músicas são mais sobre um tema, um conceito. Também começamos a experimentar mais — acordes estranhos, composição em espanhol. Tentamos escrever a melhor música possível e, à medida que aprendemos mais nossos instrumentos, isso aparece.

O impacto do TikTok e a vida pós-viral

Em 2021, o Destroy Boys ganhou um novo público quando “I Threw Glass” viralizou no TikTok. Mas Alexia diz que o efeito real só foi sentido depois. “Foi durante a COVID, então era difícil ver o impacto. Acho que percebemos um salto sólido no número de pessoas vindo aos shows em 2022,” explica. “É uma faca de dois gumes: você ganha visibilidade e vê pessoas que viram fãs, mas também gente dizendo que a música é horrível. Mas tudo bem, essa música é realmente engraçada”, brinca.

A banda já tocou em festivais emblemáticos como o Coachella e abriu shows para nomes como blink-182 e Turnstile. Alexia diz que cada experiência moldou a banda de formas diferentes.

Aprendi muito sobre performance e comportametno. Cada banda tem seu estilo único… blink-182 é completamente diferente do Turnstile, que é diferente do Offspring. Isso me lembra de que tenho que me apoiar no meu próprio estilo.

Ela destaca ainda que a rotina desses artistas derruba mitos do Rockstar desregrado. “A coisa de beber e festejar a noite toda não é algo que eu realmente vejo. Todo mundo é muito disciplinado. Carrego essa disciplina comigo.”

Dor, cura e transformação

Sobre o processo criativo do novo álbum, Alexia é direta: foi um período denso.

Foi muito sobre processar sentimentos e dor. Eu estava passando por momentos difíceis nos últimos anos. Conforme transitei dos meus 20 e poucos anos para o meio dos 20, muitas crenças antigas começaram a ruir. Meu cérebro se desenvolveu totalmente, sabe?

O disco, ela diz, acompanhou essa metamorfose. “Estava pensando sobre amor, aceitar diferentes partes de si mesma, cura espiritual. Eu só queria me tornar uma pessoa melhor e parar de ficar tão triste. O álbum é essa jornada.”

A vocalista ainda confirma que há coisas novas a caminho.

Estamos definitivamente trabalhando em coisas novas, mas não sei quando vamos anunciar. Provavelmente sai algo no ano que vem.

Antes de encerrar, Alexia comenta alguns discos que têm sido seus “melhores amigos”, e impressinou ao incluir um clássico brasileiro: “Um dos meus álbuns favoritos é Clube da Esquina, do Lô Borges e Milton Nascimento. É tão bom!”

Animada com a estreia no país, ela finaliza: “Estou muito, muito empolgada. Mal posso esperar.”

Destroy Boys no Brasil

O Não Tem Banda com Mina, que chega à sua segunda edição neste ano, acontece no próximio sábado (13) no Fabrique Club, em São Paulo. Além da banda americana, também tocam por lá o The Mönic, Deb and the Mentals, Ratas Rabiosas e Dirty Girlls. Os ingressos estão à venda neste link.

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