
Todo movimento nasce (ou renasce) de algum lugar, e definitivamente precisamos falar sobre a força catalisadora do Estúdio Central, em Belo Horizonte. Fundado pelo músico e agente cultural Gabriel Elias, o local está, discretamente, reescrevendo as regras da música independente no Brasil.
Em pouco mais de um ano de atividade, o espaço consolidou-se como o principal ponto de encontro e fomento da cena alternativa na capital mineira – agora carinhosamente apelidada de “indie come-quieto”. Sua ascensão meteórica começou ao se posicionar como o centro do ecossistema de BH, onde diferentes gerações e estilos musicais convergem.
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É o lugar onde a “geração rock triste” encontra novos artistas, promovendo a troca de experiências e elevando a qualidade da produção local.
A Força do Central nos Bastidores e Palcos
O sucesso do Estúdio Central como hub cultural caminha lado a lado com sua excelência como propulsor de carreiras. A escassez de grandes shows de rock na capital mineira, paradoxalmente, fortalece os “rolês independentes” – e o Central capitaliza essa energia, oferecendo uma infraestrutura (shows intimistas, gravações de alta qualidade) que se tornou um novo ponto de convergência, sucedendo espaços históricos como A Obra e Matriz.
O Central atua também como holding de um selo de música independente, atualmente com 5 bandas locais (Cayena, godofredo, Escadacima, ursamenor e Tênias de Chinelo). O primeiro lançamento do selo, o BHC 001, foi o aclamado álbum Tutorial da banda godofredo. Este trabalho teve grande repercussão crítica e foi eleito um dos melhores álbuns do ano pela lista da APCA, colocando o Estúdio Central no mapa das referências nacionais.
Entre as conquistas mais notáveis, o Central se destaca por ser um trampolim para o cenário nacional: quatro bandas que passaram por suas instalações (Oruã, Jonabug, Varanda e Papisa) foram confirmadas no Lollapalooza Brasil, um dos principais festivais do país.
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Refletindo a individualidade em um Mundo Competitivo
A personalidade do Estúdio Central é marcada pela busca incessante por profundidade e autenticidade na música. Ele valoriza a diversidade e a riqueza que surgem ao compor e colaborar em comunidade.
Conforme aponta Fernando Motta, o Central estimula a afinidade:
“A gente estava sempre juntos, fazendo karaokê, tocando muito Beatles e Clube da Esquina no violão.”
Para o artista, esses clichês regionais, longe de serem superficiais, pavimentam o caminho para uma conexão coletiva e sincera, criando a nova sonoridade que paira na cena mineira.
Em uma capital que recebe nomes e eventos, mas carece de uma atenção maior das grandes produtoras, o hub reformula a visão da capital mineira. Além da infraestrutura, sua equipe merece todo o destaque, por um trabalho e carinho com o público que diz muito mais de uma curadoria e conhecimento musical.
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Próximos Passos: um ecossistema completo e premiado
Com um currículo vasto, trazendo motivos de orgulho, o Estúdio Central não mostra sinais de desaceleração. Seu sonho tem se tornado cada vez maior, e a “nave está indo longe”.
Refletindo essa expansão e o impacto crescente na comunidade, o Estúdio Central encerra o ano celebrando mais um ciclo de sucesso, no qual dezenas de bandas e centenas de pessoas passaram por sua casa em 2025.
Para marcar essa trajetória, a próxima parada do Central é na CASA OFF, onde será realizada uma festa de final de ano. Este evento externo não é apenas uma comemoração, mas uma prova concreta de que “o Central virou uma ideia muito maior do que apenas um estúdio”.
Reafirmando sua força como um ecossistema completo – poderoso na produção e no fomento comunitário –, o Central segue com sua assinatura discreta, mas impactante, consolidando-se como uma das forças mais importantes e criativas do novo cenário independente brasileiro. É realmente Pra Ficar de Olho.
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