
A CCXP se encerrou no domingo (7), e mais uma vez, trouxe várias novidades exclusivas da cultura pop por um todo. Abraçando todos os públicos, seu último dia teve como um dos grandes destaques uma pré-estreia para as famílias: “Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu”, longa animado da dupla que celebra seus 85 anos, teve sua primeira exibição antes de chegar aos cinemas do país no próximo mês.
O Thunder by Claro tv+ teve o carisma de Marcelo Forlani e Bianca Alencar, que acompanhou o público durante todo o evento com muita diversão. Um grupo seleto de fãs, convidados e membros da Imagem Filmes – distribuidora responsável por trazer o filme ao país – estiveram no palco bem cedo, para celebrarem o gato e rato mais queridos do mundo.
O TMDQA! foi um dos presentes, e abaixo, confira nossa crítica sobre o longa!
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Comemoração que merecia mais
Com “Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu”, a franquia da Warner Bros. consegue a proeza de ter mais um capítulo pior do que suas tentativas cinematográficas anteriores (1992 e 2021), confirmando uma lição dolorosa: talvez seja hora de parar de tentar traduzir a magia do curta animado para o formato de longa-metragem.
A resposta para o fracasso deste filme é alarmantemente simples: ele é irremediavelmente chato, apressado e longo demais.
O maior problema reside na introdução de novos personagens que são, na melhor das hipóteses, esquecíveis, mornos e totalmente superficiais. Em vez de construir uma narrativa que se sustente, o filme opta por um ritmo frenético e descontrolado, que não permite que qualquer piada, momento ou desenvolvimento (por mais tênue que seja) “respire” ou se estabeleça. A experiência se assemelha mais a um conteúdo aleatório e de baixa qualidade que se encontra em plataformas online, focado em estímulos constantes e desprovido de substância.
Essa pressa narrativa é particularmente frustrante, pois dilui o que deveria ser o foco central: a dinâmica atemporal de perseguição entre Tom e Jerry. Ao invés de honrar o timing e a inventividade visual que consagraram os clássicos, o filme entrega uma “gororoba” apressada de eventos sem consequência.
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Destaques não salvam
Se a premissa e a execução são tão rasas, permanecer na tela por tempo demais apenas amplifica o tédio e a sensação de que o espectador está sendo enrolado. “Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu” é a terceira (e talvez mais clara) prova de que Hollywood ainda não compreendeu como adaptar a essência desta dupla.
A genialidade de Tom & Jerry reside na sua simplicidade caricata, no slapstick puro e na ausência de diálogos longos, tudo condensado em curtas de animação.
Transformar isso em um longa, inserindo tramas secundárias humanas sem interesse e esticando o material a ponto de esgarçar, é um desserviço. A lição a ser tirada deste mais recente desastre é inequívoca: é hora de aceitar a derrota e parar de tentar reviver a franquia em longas-metragens. Aos 85 anos da dupla, é melhor mantermos as boas memórias e nostalgia.
★★ (2/5)
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