
Veja o resumo da notícia!
- A Cavepool, espaço cultural em SP, completa 11 anos expandindo sua atuação para a música com a criação do selo Cave Recordz.
- O selo lança o álbum 'Refúgio', que reúne 27 artistas de diferentes estilos musicais, como rap, reggae e outros gêneros urbanos.
- O disco promove encontros musicais diversos, unindo artistas consagrados e emergentes, refletindo a pluralidade da Cavepool.
- A curadoria do projeto buscou parcerias inovadoras, mantendo a coerência e a conexão entre os artistas participantes do álbum.
- A Cavepool se consolida como um polo cultural que oferece aulas, cursos e oficinas, ampliando seu impacto social e criativo.
Há 11 anos, a Cavepool nasceu de um sonho aparentemente simples: uma pool para skatistas, um bar, uma churrasqueira e um time que respirasse o skate de forma orgânica. Mas, ao longo da década, o espaço na zona oeste de São Paulo se transformou em algo muito maior: um ecossistema cultural onde música, arte, gastronomia e comunidade caminham juntas.
Em 2025, esse percurso ganha um marco inédito: o lançamento de Refúgio, primeiro disco do selo musical recém-criado pela casa, a Cave Recordz. O álbum, que chegou às plataformas nesta quinta-feira (4), reúne 27 artistas de universos distintos e sintetiza a missão da Cavepool de conectar a energia das ruas com narrativas musicais plurais. Entre os nomes presentes, veteranos como Xis, Rodrigo Ogi e Josyara dividem espaço com vozes emergentes e consolidadas do rap, reggae e música urbana.
A primeira amostra do projeto, o single “Se Eu Quiser Viver”, já havia sinalizado a força colaborativa do álbum. Com participações de ÒGGI e Akira Presidente, produção de Barba Negra e scratches do DJ Sleep, a faixa antecipou a linha estética de Refúgio: encontros improváveis, mas conectados por um mesmo território criativo. Na tracklist final, também aparecem nomes como Fábio Brazza, Marina Peralta e Murica, reafirmando a amplitude de estilos que compõem o disco.
Uma curadoria especial
Reunir 27 artistas em oito faixas é uma tarefa que exige escuta, sensibilidade e, sobretudo, curadoria. Responsável por articular esse mosaico, o DJ EB explica ao TMDQA! que a intenção foi fugir do óbvio sem perder coerência.
“O primeiro ponto foi sair um pouco das parcerias óbvias. Mas também existia uma preocupação de que os artistas em cada faixa tivessem um match. Chamei pessoas que de alguma maneira têm universos próximos, fazem shows nos mesmos lugares, compartilham algum ponto de ligação. Fiquei feliz com o resultado: cada música tem a sua característica, mas o disco mantém unidade.”
Essa costura também permitiu ao projeto expandir o diálogo entre música e skate, base fundadora da Cavepool. A ideia de lançar um “disco curta-metragem”, acompanhado de um filme protagonizado por 15 skatistas, previsto para 14 de dezembro, reforça essa integração criativa.
Cavepool, um polo cultural
Para Leandro Miranda, CEO e fundador da Cavepool, Refúgio representa o amadurecimento natural de uma comunidade que cresceu em várias frentes, sempre guiada pela potência coletiva do skate.
“O disco representa o alcance com qualidade de mais um pilar dentro da Cavepool, o selo Cave Recordz. O DJ EB juntou o conhecimento dele aos créditos da Cavepool nesses 11 anos produzindo shows e eventos. Conseguimos um time forte de artistas que se doaram da melhor forma. Agora temos mais certeza da força da nossa comunidade.”
Ao longo dos anos, o espaço se tornou referência cultural por suas aulas de skate, cursos de DJ e beatmaking, oficinas de arte e residências com grafiteiros renomados, como Chivitz, Binho e Shine. A criação do Cave Recordz surge como extensão natural desse ecossistema, oferecendo infraestrutura profissional para artistas e ampliando o impacto social e criativo da Cavepool.
Se o skate sempre uniu pessoas que encontravam nas ruas um lugar de expressão, Refúgio traduz essa ideia para a música. O disco funciona como um ponto de encontro entre gerações, estilos e trajetórias, além de ser um símbolo do próprio propósito da Cave: ser um lugar que inspira e possibilita caminhos.
“O grande diferencial foi consolidar essa diversidade multicultural do underground. Todos os artistas envolvidos — MCs, beatmakers ou skatistas — têm protagonismo. O nome do disco traduz o que todos eles compartilham: a ideia de encontrar refúgio em sua arte e em espaços como a Cavepool”, resume Arthur Gallego, gerente de projetos.
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