Tipo Um
Foto por Rodrigo Silva

Desde 2019, a Tipo Um vem construindo uma trajetória marcada pela experimentação, pela entrega visceral nos palcos e por uma sonoridade que atravessa o rock, o psicodélico e a música brasileira.

Em 2025, o lançamento de Ao Vivo na Beco simboliza o ápice dessa fase, além da consolidação de um ciclo criativo que começou com singles independentes, amadureceu em EPs e álbuns e, agora, encontra seu ponto de convergência na força da performance ao vivo.

Gravado em uma das noites mais emblemáticas da festa Beco, referência da cena independente de Belo Horizonte, o novo álbum ao vivo reúne 13 faixas que percorrem a discografia da banda, incluindo versões potentes de “Camaleão”, Segredos” e “Pontes Aéreas”, além da inédita “Vilão”, parceria com Vinijoe, outro nome que comprova a efervescência da cena local.

O projeto foi lançado em três partes entre julho, agosto e outubro de 2025 e funciona como um mosaico da identidade sonora construída ao longo de seis anos de estrada.

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A trajetória até o Ao Vivo na Beco

A Tipo Um nasceu como um experimento entre amigos interessados em esticar as fronteiras do rock. Entre 2019 e 2021, uma leva de singles independentes apresentou ao público seu gosto por fusões sonoras, texturas psicodélicas e improvisações, mostrando um esboço do que viria a se tornar sua assinatura.

Essa busca se intensificou em Outra Parada (2022), EP marcado por composições densas e arranjos orgânicos que abriram novas camadas estéticas. No ano seguinte, o álbum Malgovina (2023) expandiu o universo da banda e reforçou seu peso dentro da cena autoral mineira, culminando em apresentações lotadas em espaços como A Autêntica e Distrital até chegar ao registro simbólico da festa Beco.

Gravar Ao Vivo na Beco foi sobre eternizar um encontro. A festa, um dos principais espaços da música independente de BH, reflete o mesmo espírito de liberdade e experimentação que move a Tipo Um. O registro captura o ambiente que define a cena mineira: coletiva, vibrante e em constante reinvenção.

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Desde Malgovina, o palco se tornou o verdadeiro laboratório da banda. É ali que o improviso ganha forma, que a estética se expande e que a música se transforma em linguagem viva.

Através da divisão do álbum em três partes, a Tipo Um criou uma narrativa em camadas, fazendo ao ouvinte um convite para revisitar a discografia da banda deixando a performance em primeiro plano.

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“Vilão”: a inédita que aponta para o futuro da Tipo Um

Entre as treze faixas, “Vilão” surge como o marco de um novo ciclo criativo. A música inédita junta duas forças da cena mineira: a energia psicodélica e roqueira da Tipo Um com o rap samba de Vinijoe. Assim, aponta para as novas texturas e fusões que devem nortear os próximos trabalhos de estúdio.

A faixa é o primeiro vislumbre do que virá em 2026, quando a banda planeja iniciar um novo capítulo de gravações. Apesar das mudanças, no entanto, a identidade da Tipo Um é construída desde o começo em uma vasta gama de influências diversas, indo desde Boogarins e King Gizzard & The Lizard Wizard a Sepultura, passando inclusive por Jimi Hendrix, homenageado com uma versão de “Purple Haze” no registro ao vivo.

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Essa fusão torna a Tipo Um parte ativa da reconstrução recente da cena autoral de Belo Horizonte. Suas aparições constantes na Beco, A Autêntica, Mascate e em festivais, somadas a colaborações com artistas locais, mostram uma rede criativa que valoriza o encontro e o coletivo independentemente do gênero.

Ao Vivo na Beco também registra esse ecossistema: é o retrato de um movimento cultural em constante expansão e que você precisa conhecer o quanto antes.

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