Grade do Pra Ficar de Olho - artistas: Gui Vella, Jamille, Davi Leão e clara bicho
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Pureza do “emo raiz”, potência do neo soul, processo artístico orgânico e jornalismo divertido – é assim que poderíamos definir os lançamentos de Gui Vella, Jamille, Davi Leão e clara bicho.

O fervor da cena independente nacional continua a ser contemplado com o despertar de uma curiosidade singela. Das ruas de Belo Horizonte, passando pela intimidade de São Paulo, a música é celebrada em diferentes escolpos.

Do rock/indie emo ao neo soul, esses nomes vão te mostrar uma razão Pra Ficar de Olho em seus trabalhos. Chega mais pra descobrir!

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Gui Vella

O paulistano Guilherme Vella enfim estreou sua carreira autoral com o lançamento de “Olhos Tortos”, antecipando seu primeiro EP. A faixa é uma declaração sentimental que estabelece a sonoridade de Vella na cena alternativa: uma mistura de rock, indie, emo e midwest emo.

“Olhos Tortos” carrega um peso especial, sendo a primeira música que Vella escreveu na vida, aos 15 anos, após uma desilusão amorosa. O artista, que começou no violão aos sete anos, foca agora em um som que é “sentimental e verdadeiro”, distanciando-se do comercial.

A produção ficou a cargo do coletivo Anteontem (Guido Almeida, Leo Sardela, Pedro Zurma e Igor Xavier), que se dedica a projetos com identidade e propósito e por Lucas Anderson. Aos 23 anos, Gui Vella se consolida como um novo e promissor nome no cenário que reflete suas influências de bandas de emo – e mal podemos esperar para acompanhar os seus passos.

Jamille

A cantora e compositora brasiliense Jamille, lançou seu primeiro álbum de estúdio. Flores Vermelhas é um projeto que transita entre MPB, neo soul e disco, convidando o ouvinte a enxergar o mundo sob a ótica de uma mulher neuroatípica.

Diagnosticada com transtorno bipolar tipo 1, Jamille usa suas 12 faixas para falar abertamente sobre saúde mental, desejo, amor e autoconhecimento, com letras intimistas escritas entre 2023 e 2025 (período de 2 anos).

O nome do disco é inspirado no poema “A Flor e a Náusea” de Carlos Drummond de Andrade e nas flores do cerrado que, apesar das queimadas, sobrevivem. O vermelho simboliza a força para superar as adversidades de ser uma pessoa neuroatípica.

Produzido pelo selo Yellowtone, o álbum consolida Jamille – que está em São Paulo desde 2021 – como um nome essencial na intersecção entre o clássico e o contemporâneo da música brasileira.

Davi Leão

Gravado entre junho e setembro desse ano, Davi Leão apresenta seu álbum PONTO DE PARTIDA sob o selo Música aos Montes, de Belo Horizonte. O disco – disponibilizado na última sexta – é um manifesto sobre o processo artístico orgânico.

Leão faz questão de destacar as interações musicais puras, sem metrônomo ou “truques”. O ouvinte é convidado a prestar atenção ao “som do momento”.

A produção musical ficou a cargo de Dan Oliveira e Thiago Caldas – com Dan Oliveira também responsável pela gravação, mixagem e masterização. A direção musical é uma colaboração entre os dois produtores e Davi Leão.

A tracklist de dez faixas revela interações artísticas ricas, como em “Teatro do Absurdo” (com Diogo Lucrécio) e “Óbvio” (com Dan Oliveira e Cruvinel). O álbum valoriza o momento da criação musical, do início ao fim, demonstrando a maturidade adquirida por Leão ao longo dos anos.

clara bicho

A cantora e compositora mineira clara bicho deu um passo ousado em sua estética com o lançamento do single e clipe “Telejornal Animal”, na mesma semana de sua estreia em palcos paulistanos.

Seu “bichoverso” ganhou uma versão não animada e de ambientação retrô – mas sem perder o toque lúdico de desenho. Estrelado por Clara e sua personagem “Lua” (o fantoche criado por Laura Kind), o clipe traz a âncora Lua contando uma história que explora o cotidiano da artista.

A letra da canção é um refúgio de sua rotina, abordando o cansaço do trabalho e o desejo de “voar” para outro lugar. O single é uma continuação natural do aclamado EP Cores da TV , que lhe rendeu um lugar na lista de “50 Melhores Discos do Primeiro Semestre de 2025” da APCA. Não à toa, Clara, que é formada em Jornalismo pela UFMG, utiliza o campo semântico midiático para criar suas obras.

A composição e vocais são da artista, e a produção, instrumentos, mixagem e masterização ficaram por conta de Gui Hope. A direção do fantástico videoclipe é assinada por Mariana Barbosa.

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