
No cenário em constante evolução da indústria musical atual, uma verdade começa a surgir: nem todo sucesso se traduz em receita. Artistas e profissionais do setor há muito tempo debatem a tentação das “métricas de vaidade” – números de streams altíssimos no Spotify, legiões de seguidores no Instagram – como indicadores supremos de sucesso.
No entanto, uma análise mais profunda, como a que o grupo sul-coreano SEVENTEEN nos oferece, revela que o caminho para a sustentabilidade e a relevância duradoura passa longe da superficialidade.
Dados apontam uma nova estratégia gerando aumento de receita
A prova mais contundente veio com o ranking global de artistas da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) de 2024. O SEVENTEEN, com uma base de ouvintes de 5-7 milhões de ouvintes mensais no Spotify (significativamente menor que muitos de seus pares ocidentais), alcançou a impressionante 3ª posição, superando nomes globais como The Weeknd, que constantemente é Top 1 do Spotify com mais de 100 milhões de ouvintes mensais.
Como explicar essa aparente contradição? A resposta reside no poder inquestionável dos super fãs.
Enquanto a estratégia de um artista como The Weeknd muitas vezes se apoia na massificação de streams e na ubiquidade de suas canções, o SEVENTEEN capitaliza em um modelo de negócio que transforma engajamento profundo em receita real.
Eles se destacam na monetização de formatos físicos, álbuns colecionáveis e mercadorias exclusivas, incentivando um nível de lealdade e investimento que vai muito além de um “play” casual. Seus fãs não são apenas ouvintes; são consumidores engajados, dispostos a investir em uma experiência completa que transcende as plataformas digitais.
Esta lógica ressoa diretamente à pergunta “Spotify e Instagram ainda são o suficiente para um artista?” e a conclusão é: depender exclusivamente dessas plataformas é um tiro no pé. Elas são vitrines essenciais, portas de entrada para novos públicos, mas raramente representam o motor principal da receita de um artista a longo prazo.
O foco deve migrar da simples visibilidade para a construção de uma comunidade robusta e diversificada em termos de monetização.
Os Super Fãs: base de engajamento que gera receita a longo prazo
O sucesso do SEVENTEEN é um espelho para a trajetória de outros gigantes, como a própria Taylor Swift. Sua capacidade de mobilizar uma base de fãs extremamente leal para quebrar recordes de vendas de álbuns físicos, de ingressos para turnês e de produtos personalizados mostra que o valor do fã vai muito além de um clique. É sobre a disposição de pagar, de colecionar, de participar ativamente da jornada do artista.
Pensar mais em diversificação estratégica e menos em métricas de vaidade
Em um ambiente digital cada vez mais saturado, onde a atenção é a moeda mais disputada, a obsessão por métricas de vaidade pode ser uma armadilha. De que adiantam milhões de streams se a maior parte da receita se dilui entre plataformas e intermediários, e o custo para alcançar esses números é insustentável?
A lição é clara: a longevidade e a prosperidade no Music Business vêm da capacidade de cultivar conexões genuínas e de transformar essa paixão em múltiplas fontes de receita.
O caminho a seguir é a diversificação estratégica. Utilizar a inteligência artificial para analisar o comportamento do fã, identificar nichos de super fãs e personalizar ofertas de valor pode ser o diferencial para construir um negócio sustentável.
Não se trata de abandonar as plataformas digitais, mas de usá-las como parte de um ecossistema maior, onde o engajamento se converte em monetização direta e o valor do artista é medido não apenas pelo volume de ouvintes, mas pela profundidade de sua influência e pela lealdade inabalável de sua base de fãs.
A conclusão é: trabalhar com uma base direct-to-fan é a forma mais sustentável de desenvolver a estratégia de business rentável.
Fan First: primeira plaforma Direct-To-Fan no Brasil
Recentemente, publicamos aqui no TMDQA! uma matéria sobre o Fan First, primeira plataforma e mais abrangente direct-to-fan do Brasil, desenvolvida pela Shake Music. Ela oferece um espaço exclusivo onde criadores podem compartilhar conteúdo inédito – como músicas, bastidores e conceitos em desenvolvimento – diretamente com sua comunidade.
Em contrapartida, os fãs têm a oportunidade de apoiar financeiramente os artistas por meio do “Fan Boost”, participar de missões coletivas e integrar uma comunidade dedicada à música.
Saiba mais sobre o Fan First aqui.

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