
Na era do streaming, o conceito de lado B parece ter perdido um pouco da sua força.
Com as plataformas digitais, se tornou bem mais fácil encontrar faixas bônus e versões alternativas de determinadas músicas. E não que isso seja ruim: na verdade, é uma ótima opção para os fãs que não podem investir em edições especiais ou discos importados.
Ainda assim, os lados B que foram lançados antigamente continuam sendo preciosidades da história da música. Apesar de muitas vezes essas faixas terem sido vistas por seus criadores como secundárias, várias delas se tornaram as favoritas do público.
A seguir, confira uma lista reunida pelo Far Out com 10 faixas lançadas inicialmente como “lados B” que se destacaram por serem tão boas quanto – ou às vezes ainda melhores – do que seus singles principais!
10 vezes em que bandas lançaram “lados B” tão bons quanto seus singles principais
David Bowie – “Crystal Japan”
David Bowie lançou em 1980 o disco Scary Monsters (and Super Creeps), que ficou marcado por influências eletrônicas e vanguardistas da Alemanha, alcançando o topo das paradas britânicas.
Nesse período, Bowie criou a faixa instrumental “Crystal Japan”, originalmente usada em um comercial japonês. Cogitada para encerrar o álbum, ela foi substituída por “It’s No Game (No. 2)”, mas mais tarde foi lançada como lado B de “Up the Hill Backwards” e se tornou um verdadeiro destaque com sua atmosfera gélida.
The Cure – “The Upstairs Room”
Mesmo em meio à instabilidade que abalou o The Cure em 1983, a banda liderada por Robert Smith conseguiu produzir um verdadeiro tesouro. O grupo disponibilizou diversos singles que integraram a coletânea Japanese Whispers, incluindo a vibrante faixa de synthpop “The Walk”.
Além disso, o material apresentava três lados B, incluindo a sensual “The Upstairs Room”. A faixa apresentava batidas eletrônicas marcantes, riffs poderosos e sintetizadores melancólicos.
Oasis – “Half the World Away”
Mesmo com o Oasis se dedicando a uma sonoridade mais otimista, como foi visto no single “Whatever”, do álbum Definitely Maybe (1994), os fãs da banda preferiram o lado B “Half the World Away” por seu olhar melancólico para as estrelas a partir de um quarto alugado, imaginando um mundo melhor que está por vir. Além de ter integrado a coletânea The Masterplan, a faixa foi tema de abertura da série de TV The Royle Family.
Kate Bush – “Walk Straight Down The Middle”
Kate Bush foi se aprofundando nas possibilidades geradas pelo sintetizador Fairlight CMI ao longo de seus lançamentos da década de 1980 e muito do seu conhecimento foi colocado em prática no disco The Sensual World, de 1989. Sua faixa-título ganhou um brilhante lado B chamado “Walk Straight Down The Middle”, que refletia sobre a superação do medo e dos obstáculos da vida passando uma mensagem de encorajamento.
Depeche Mode – “Dangerous”
As produções do Depeche Mode estavam sempre em evolução. Ao lançar a faixa “Dangerous”, lado B de “Personal Jesus”, do disco Violator, o grupo apresentou o som sombrio e eletrônico que o definiu durante os Anos 90. Com uma produção elaborada e letras introspectivas, a faixa se tornou uma das favoritas dos fãs mais dedicados da banda.
Nirvana – “Dive”
Quando o Nirvana começou a trabalhar com Butch Vig, que seria produtor de Nevermind, o grupo de Kurt Cobain lançou o single independente “Silver” para marcar uma nova fase na sonoridade do Nirvana. Mas o que realmente chamou a atenção dos fãs foi o lado B “Dive”, que apresentou um riff arrastado e poderoso e uniu peso, melancolia e apatia de forma impressionante, revelando o talento de Cobain em transformar emoções em arte.
Radiohead – “Talk Show Host”
Nas sessões de seu segundo disco de estúdio, The Bends (1995), o Radiohead criou “Talk Show Host”, uma música que encantou os fãs com sua psicodelia misteriosa acompanhada por elementos eletrônicos melancólicos que serviram de base para os versos enigmáticos apresentados por Thom Yorke na canção.
The Smiths – “Please Please Please Let Me Get What I Want”
O The Smiths marcou a história da música com sua intensidade criativa, que resultou em quatro álbuns elogiados e uma série de singles independentes em apenas quatro anos. Após o seu disco de estreia homônimo, a banda lançou o clássico “William, It Was Really Nothing”, mas foi o seu lado B “Please Please Please Let Me Get What I Want” que se tornou um tesouro do repertório da banda.
A faixa que possui pouco mais de um minuto e meio reúne toda a melancolia, o lirismo e o existencialismo característicos dos Smiths.
U2 – “Luminous Times (Hold On To Love)”
O U2 viu sua carreira decolando após o lançamento do disco The Joshua Tree (1987) e o lado B do primeiro single do álbum, “With or Without You”, foi a emocionante “Luminous Times (Hold on to Love)”.
Na faixa, o vocalista Bono transformou uma canção de amor para sua esposa Ali em uma comunicação mística com um poder superior.
The Beatles – “Don’t Let Me Down”
A genialidade dos Beatles ficou explícita até mesmo em seus últimos momentos juntos. “Get Back” é um dos grandes destaques do último disco de estúdio do quarteto, Let It Be, apresentando uma jam de rock leve com raízes no folk e um refrão contagiante, mas seu lado B também possuía uma carga emocional relevante.
“Don’t Let Me Down” ficou fora da tracklist final do álbum, mas explora as profundezas dolorosas do intenso romance de John Lennon com Yoko Ono, fazendo um apelo à sua futura esposa para que reconheça a vulnerabilidade em que ele se colocou.
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