Tchelo está escrevendo uma nova página — e isso não é só uma metáfora. Em seu novo álbum, Novos Hábitos, o rapper de Itapevi-SP usa a cor branca como símbolo de recomeço e traduz em 14 faixas as transformações internas que vem vivendo. O projeto, criado ao lado do produtor musical Retroboy e lançado pela distribuidora Symphonic, chega às plataformas digitais na última quinta-feira (2).
Mais do que um trabalho musical, Novos Hábitos é o reflexo de uma postura diferente. Tchelo canta sobre mudanças de opinião, de atitude e de imagem, em um gesto de honestidade com o próprio processo de amadurecimento.
“Algumas coisas que fazia ou pensava antes já não fazem sentido. Não quer dizer que estou melhor ou pior, mas é apenas um momento novo e diferente”, afirma.
Transição de Tchelo
Essa transição, que passa por comportamentos, relações e até pelo corte de cabelo, reverbera no discurso das músicas e também na estética do disco. A capa branca representa uma folha em branco pronta para ser escrita “com a caneta da experiência”.
Ao mesmo tempo que olha para si, Tchelo amplia seu alcance com um feito inédito: se tornar personagem jogável no Fortnite, um dos games mais populares do planeta, com mais de 110 milhões de usuários mensais. Dentro do universo “Tchelo War”, criado pela Salve Games, é possível explorar a Vila Gióia — bairro real onde o artista cresceu —, jogar com sua skin e ouvir a faixa “Cara de Personalidade”, presente no novo disco.
“É uma conquista muito representativa. Poucos artistas no mundo tiveram essa chance, como Travis Scott e Snoop Dogg. E o melhor é levar nossa quebrada pro mundo ver, de forma independente”, celebra Tchelo.
A ação reforça o papel do rapper como uma das vozes mais promissoras da nova geração do rap e trap nacional. Com apenas 21 anos, ele já soma milhões de plays com faixas como “The Box Medley 6”, “Injuriado” e “Menino Fatal”, e consolida uma discografia que une técnica, sensibilidade e crítica social.
Com Novos Hábitos, Tchelo reafirma que crescer é saber mudar, e que amadurecer não é abandonar o passado, mas escrever o futuro com mais consciência. “Essa é a fase em que mostro quem sou agora. E também quem posso me tornar.”
