Bruce Dickinson, líder do Iron Maiden, voltou a criticar o uso excessivo do celular pelos fãs durante os shows.
Apesar da influente banda de metal não ter proibido o uso dos smartphones, como fez o Ghost, o grupo veterano pediu aos fãs antes da nova turnê para que eles não gravassem o show inteiro com seus celulares.
O empresário Rod Smallwood explicou que eles gostariam muito que os fãs “estivessem ‘no momento’ e se envolvessem de forma totalmente ativa para curtir cada uma dessas músicas clássicas no espírito e na maneira como foram tocadas pela primeira vez”.
Recentemente, Bruce Dickinson também reforçou o posicionamento do empresário do Iron Maiden ao participar do podcast Appetite For Distortion (via Whiplash) e compartilhar todo o seu desprezo pelo fato das pessoas estarem obcecadas em seus celulares. Ele disse:
“Olha, de muitas maneiras eu queria que a câmera daquelas coisas nunca tivesse sido inventada. Mas ela foi e virou uma espécie de infestação. É como uma doença terrível, as pessoas sentem a necessidade de olhar o mundo através desse pequeno dispositivo idiota.
É como uma falha da humanidade, basicamente. Você está entregando seus sentidos completamente a esse pequeno fascista na sua mão. Largue-o, coloque-o no bolso e olhe ao seu redor. Olhe para as pessoas, olhe para a alegria, olhe para a banda, sinta a emoção, sinta a música. O celular corta tudo isso. Fico triste e irritado porque, como artista, quero me apresentar para um público que ofereça algum feedback emocional – não um bando de idiotas no Android.”
Vale lembrar que, alguns meses após o pedido inicial não ter sido atendido por boa parte dos fãs, Smallwood se manifestou novamente e, apesar de ter agradecido os fãs que “deixaram os celulares no bolso”, ele declarou:
“Para os poucos egoístas que não [seguiram o conselho] e continuaram filmando… desejo uma boa cãibra no braço para vocês!”
Bruce Dickinson detona uso de celulares durante os shows
Na mesma entrevista, o líder do Iron Maiden aproveitou o assunto para comentar sobre a reação dos fãs aos limites impostos por bandas como Ghost. Ele apontou:
“Acho que as pessoas que são fãs de música de verdade entendem e acho que estão melhorando. Elas entendem o que está acontecendo. Fui ver o show do Ghost em San Diego, no início de agosto. Era um evento com proibição do uso de celulares. Foi impressionante a diferença. A atmosfera era realmente perceptível. Até a maneira como as pessoas se comportavam umas com as outras, interagiam umas com as outras – mesmo quando não olhavam para a banda, eram civilizadas e conversavam.”
O Iron Maiden estreou em maio deste ano sua turnê comemorativa de 50 anos, Run For Your Lives, e recentemente anunciou uma série de shows para 2026 que dará continuidade à excursão atual, ainda sem previsão de chegada ao Brasil.
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