
Quatro anos após o lançamento do filme Marighella (2021), que enfrentou forte resistência em meio à polarização política, Wagner Moura, que dirigiu a obra estrelada por Seu Jorge, fez recentemente uma reflexão sobre o atual momento do Brasil.
Em uma nova entrevista à revista ELLE, o prestigiado ator e cineasta baiano afirmou que o que mais o assusta atualmente não é o regime político em que o poder está concentrado em apenas uma pessoa ou grupo político, e sim o fim da verdade. Wagner declarou:
“O que mais me assusta hoje, no mundo que a gente vive hoje, não é nem o avanço das autocracias. O que é consequência do que eu vou dizer, mas me assusta o fato de que a verdade tal como nós a conhecemos, acabou. Acabou.”
Wagner Moura reflete sobre atual momento do Brasil
O ator também chama atenção para a mudança envolvendo a credibilidade dos jornalistas:
“O descrédito que os jornalistas, que o jornalismo tem no mundo e a forma com que as pessoas se informam. E as bolhas… É louco. Porque a informação que chega para mim pode ser completamente diferente do que chega para você, a depender da sua predileção política. Isso é assustador.”
Em sua resposta, Wagner Moura também demonstrou preocupação com o avanço da Inteligência Artificial e apontou como esse contexto está relacionado ao fortalecimento dos discursos extremos:
“Essa coisa da inteligência artificial, de você ter uma pessoa falando aqui com a voz da pessoa, a cara da pessoa, e não é a pessoa. Então, isso me assusta e acho que isso contribui muito com o fato de você ver em muitos lugares do mundo o avanço do extremo.
É louco, porque a história se repete, só que hoje se repete de uma forma que a tecnologia faz com que essa história se repita de uma forma muito assustadora.”
Realmente, vale a reflexão…
Brasil no Oscar 2026?
Atualmente, Wagner Moura está trabalhando na divulgação do filme brasileiro O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho.
A produção, que já foi premiada no Festival de Cannes no início deste ano, é um thriller político ambientado no Recife de 1977 que acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.
Uma nova matéria da revista americana Variety (via Estado de Minas) apontou que o novo filme pode superar Ainda Estou Aqui no Oscar e receber indicações nas categorias de atuação, direção, roteiro original e melhor filme.
O artigo foi escrito após a exibição do filme no Festival de Telluride, nos Estados Unidos, que deu continuidade à divulgação do longo em importantes mostras internacionais. Vamos aguardar pra ver!
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