13 bandas com discos de estreia que soam totalmente diferentes

A história da música está cheia de transformações. Muitas bandas que hoje conhecemos por um estilo consolidado começaram em um caminho sonoro completamente diferente. Em alguns casos, a mudança foi natural, acompanhando o amadurecimento artístico; em outros, uma reinvenção drástica foi o que garantiu longevidade e relevância.

É fascinante pensar que nomes como o Pantera, conhecidos como pioneiros do Groove Metal, começaram tocando Glam Metal. Ou que o Fleetwood Mac, eternizado pelo Pop refinado de Rumours, na verdade nasceu como um grupo de Blues britânico. No Brasil, os Titãs surgiram mergulhados no clima New Wave dos anos 80, bem longe do peso contestador de Cabeça Dinossauro.

Essas mudanças também mostram como uma banda não precisa estar “definida” em seu primeiro álbum. Muitas vezes, é justamente a busca por identidade que gera trabalhos distintos, que hoje podemos revisitar como curiosidades históricas. Nesta lista, reunimos 13 exemplos de bandas com discos de estreia que soam totalmente diferentes do que fariam depois.

Bora!

13 bandas com discos de estreia que soam totalmente diferentes

My Chemical Romance – I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love (2002)

Antes de se tornar um dos maiores nomes do emo com The Black Parade, o My Chemical Romance estreou com um álbum cru, influenciado pelo Post-hardcore e pelo Punk Gótico. Produzido por Geoff Rickly, do Thursday, o disco traz vocais gritados e arranjos sombrios que pouco lembram o rock mais melódico e grandioso que faria a fama da banda.

Fall Out Boy – Take This to Your Grave (2003)

Muito antes de se tornarem astros do Pop Punk radiofônico, o Fall Out Boy surgiu com um som bem mais pesado e acelerado. Take This to Your Grave é um disco de energia caótica, mais próximo do Hardcore melódico underground de Chicago do que das produções polidas que viriam depois.

Radiohead – Pablo Honey (1993)

Hoje sinônimo de experimentação e inovação no Rock Alternativo, o Radiohead começou de maneira mais convencional. Pablo Honey é lembrado pelo hit Creep, mas o resto do álbum segue uma linha de Alt Rock típico dos anos 90, ainda distante das viagens sonoras de OK Computer e Kid A.

Green Day – 39/Smooth (1990)

O trio californiano ficou mundialmente conhecido com Dookie (1994), mas no início soava ainda mais cru. 39/Smooth é um Punk Rock direto, gravado em condições simples, sem a produção refinada que transformaria o Green Day em um fenômeno global alguns anos depois.

Titãs – Titãs (1984)

Hoje celebrados pela mistura de Rock, MPB e experimentalismo, os Titãs estrearam com um álbum marcado pelo New Wave, teclados e estética oitentista. Titãs tem faixas como “Sonífera Ilha”, que se distanciam bastante da sonoridade mais pesada e crítica que viria em discos como Cabeça Dinossauro (1986).

Genesis – From Genesis to Revelation (1969)

Antes de ser uma das principais bandas de rock progressivo dos anos 70, o Genesis lançou um disco de estreia que mais parecia folk-pop psicodélico. Produzido por Jonathan King, From Genesis to Revelation soava tímido e distante das épicas suítes progressivas que definiriam a carreira do grupo.

Beastie Boys – Licensed to Ill (1986)

Conhecidos pela mistura única de Rap, Rock e atitude, os Beastie Boys começaram ainda mais diferentes: antes do hip hop, eram uma banda Hardcore. Apesar de Licensed to Ill já trazer a virada para o Rap, o contraste com os primeiros registros do grupo é enorme, mostrando como reinventar-se fez parte de sua essência.

Bring Me The Horizon – Count Your Blessings (2006)

Os britânicos se consolidaram como uma das bandas mais versáteis do Metal moderno, mas começaram em território bem extremo. Count Your Blessings é um disco de Deathcore puro, cheio de breakdowns pesados e vocais guturais, bem diferente do metalcore melódico e, mais tarde, do Rock Alternativo que os levaria às paradas.

Goo Goo Dolls – Goo Goo Dolls (1987)

Antes de estourarem com baladas como “Iris”, os Goo Goo Dolls eram praticamente uma banda Punk. O álbum de estreia tem forte influência dos Replacements e do Punk alternativo dos anos 80, sem sinal das melodias românticas que depois os tornariam mundialmente conhecidos.

Kings of Leon – Youth and Young Manhood (2003)

O som sulista e cru do primeiro disco dos Kings of Leon, cheio de riffs de garagem e sotaque carregado, é bem diferente do Indie Rock mais polido e grandioso que os consagrou a partir de Only by the Night (2008). A transição mostra como a banda evoluiu de sensação alternativa a favorita das rádios.

Pantera – Metal Magic (1983)

Muito antes de serem pioneiros do Groove Metal, os irmãos Abbott faziam Glam Metal cheio de riffs festivos e roupas espalhafatosas. Metal Magic, lançado de forma independente, soa quase irreconhecível quando comparado à agressividade de Cowboys from Hell (1990) e à sonoridade que eternizou o Pantera.

Fleetwood Mac – Peter Green’s Fleetwood Mac (1968)

O que hoje é lembrado como uma das maiores bandas de Soft Rock dos anos 70 começou como um grupo de blues britânico. No disco de estreia, liderado por Peter Green, o Fleetwood Mac tocava faixas de blues elétrico, em nada parecidas com o estilo refinado e Pop de Rumours (1977).

Blur – Leisure (1991)

Antes de ditarem os rumos do Britpop com Parklife (1994), o Blur surgiu mais próximo do Shoegaze e da cena “Madchester”. Leisure traz guitarras etéreas e ritmos dançantes, contrastando bastante com o sarcasmo britânico e as canções que fariam deles um dos maiores nomes dos anos 90.

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