O gigante do samba Arlindo Cruz faleceu na última sexta-feira (8), aos 66 anos, e seu corpo foi velado na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, no Rio de Janeiro.
O velório foi realizado no último sábado (9) e seguiu o formato de gurufim, tradição de origem africana frequentemente presente no universo do samba. Nesta cerimônia, familiares e amigos do falecido cantam, bebem e relembram momentos especiais, transformando a dor em celebração enquanto desejam que a alma da pessoa siga em paz.
Arlindinho, filho do sambista, foi questionado sobre a presença de bebidas alcoólicas no velório e explicou revelando que estava atendendo a um pedido do pai:
“Meu pai sempre dizia que queria uma despedida alegre, no clima do povo. Ele pediu cerveja à vontade, churrasco… Por mais difícil que fosse, eu não podia deixar de realizar esse último desejo.”
Justo demais, né?
Morte de Arlindo Cruz
A cerimônia na quadra da Império Serrano começou restrita à família e aos amigos mais próximos e mais tarde foi aberta ao público, que lotou a escola do coração de Arlindo.
O icônico sambista faleceu após sofrer falência múltipla dos órgãos. O músico sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017 e, desde então, lidava com as sequelas da doença, passando por várias internações.
Considerado um dos compositores mais importantes do país, Arlindo Cruz deixou clássicos como “Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar”, “Camarão Que Dorme, A Onda Leva” “Sonho Meu”, “O Bem” e “Bagaço da Laranja”.
Para relembrar o talento inconfundível do músico, confira uma lista com as 10 composições essenciais do “sambista perfeito” aqui.
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