Ozzy Osbourne e Zakk Wylde
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Presente no show de despedida de Ozzy Osbourne realizado na Inglaterra em 5 de julho, Zakk Wylde foi guitarrista do Príncipe das Trevas durante a maior parte de sua carreira solo.

Uma das figuras mais participativas da vida de Ozzy, Wylde revelou em nova entrevista como foi a última conversa que teve com o amigo e companheiro de trabalho. Relembrando a apresentação final do Black Sabbath em Birmingham, Zakk afirmou (via GuitarWorld):

“Absolutamente todo mundo estava no camarim dos bastidores e eu só queria dar um tempo para ele. Imaginei que nos veríamos mais tarde – no dia seguinte, ou algo assim. Mas não. A última mensagem que recebi do Oz foi: ‘Zakky, desculpa, estava uma loucura lá atrás. Não te vi.’ Ele disse: ‘Obrigado por tudo.’ Éramos só nós dois conversando, dizendo: ‘Eu te amo, amigo.’ Só isso. Foi definitivamente incrível. Ver Oz no palco quando o Sabbath tocou foi a última vez que o vi.”

Na conversa, Wylde sorriu ao reviver aqueles momentos finais, apontando que tratou a situação como “apenas mais um show” e ressaltando que a prioridade no evento histórico não era tocar, mas “garantir que Oz estava bem”.

Foi realmente um grande amigo, né? Confira ao final da matéria o clipe de “Miracle Man”, single presente no disco No Rest For The Wicked (1988) que marcou o início da parceria de Zakk Wylde com Ozzy!

Zakk Wylde relembrou últimos momentos com Ozzy Osbourne

Nos bastidores do “Back to the Beginning”, Zakk queria dar espaço para Ozzy naquele dia agitado e, como a maioria de nós, sabia que o lendário cantor estava doente, mas não esperava que ele fosse embora tão cedo:

“Sou abençoado e grato, cara. Qualquer coisa diferente disso seria egoísmo. E, além disso, terminar com o que se tornou o evento beneficente de maior bilheteria de todos os tempos? Isso é inacreditável. Ele ajudou muita gente em vez de lucrar. Meu Deus, que mestre incrível. Que vida incrível. O Oz era simplesmente o melhor.

Tenho meu pai, que era um veterano da Segunda Guerra Mundial; e depois o Ozzy, que era quase como um irmão mais velho. Havia uma diferença de quase 20 anos entre nós. No nosso relacionamento, havia a diversão da bebida – mas se eu precisasse de conselhos, podia conversar com ele. Havia questões sobre como beber e como não beber; você sabe, os fatores importantes da vida!

Com o Oz, foi natural. Muito raramente as coisas se transformavam em uma equação matemática, onde você precisava de um manual para descobrir uma parte. Se isso começar, provavelmente não vai acontecer.”

Vale lembrar que Zakk Wylde também participou da introdução de Ozzy no Hall da Fama do Rock em 2024, quando o já saudoso músico foi homenageado por sua carreira solo, quase 20 anos depois de receber a honraria com o Sabbath, em 2006.