Dia das Mães: as 5 grandes mães do Rock and Roll

Entre grandes nomes do Brasil e do mundo, elegemos as 5 mulheres pioneiras que podem ser descritas como as "mães do Rock and Roll". Veja a lista!

Sister Rosetta Tharpe e Nora Ney estão entre as 5 grandes mães do Rock and Roll
Fotos via Wikimedia Commons

Neste próximo domingo, vamos celebrar o Dia das Mães e é claro que, pra muita gente, a relação com a música pode ser traçada às mulheres que lhes deram a vida. Mas o curioso é que, falando de um gênero tão grande como Rock and Roll, também é bem certeiro apontar que o estilo tem algumas grandes mães, pioneiras em diversos aspectos.

Desde as suas origens e muito antes de nomes como Elvis Presley (ou até mesmo outras mulheres como Aretha Franklin), o Rock foi um gênero que teve as mulheres em papel de destaque mas, ao mesmo tempo, sempre as viu receber muito menos reconhecimento do que o merecido.

Aproveitando a oportunidade, separamos abaixo as 5 mulheres que consideramos as grandes mães do Rock and Roll – ou seja, as responsáveis por dar à luz esse gênero que mudou as vidas de tantos de nós. Confira!

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As 5 grandes mães do Rock and Roll

Sister Rosetta Tharpe

Sem dúvidas, a grande mãe do Rock and Roll se chama Sister Rosetta Tharpe. Ela veio antes de todo mundo, sendo responsável por gravar a primeira música de Rock de todos os tempos na opinião de muitos especialistas: a sua versão de “Strange Things Happening Every Day”, uma canção tradicional entre os negros que viviam nos Estados Unidos.

Após o seu lançamento em 1945, a faixa entrou para a história e inspirou uma legião de outros nomes. Artistas gigantes como Little Richard, Chuck Berry, Carl Perkins e Elvis Presley foram influenciados pela sua obra, e até mesmo gerações posteriores como as de Jeff Beck Keith Richards também beberam muito na fonte de Sister Rosetta Tharpe.

Você pode, inclusive, ler uma história mais completa sobre essa pioneira em nosso especial neste link.

Nora Ney

Se o Rock internacional nasceu de uma mulher, era no mínimo esperado que o mesmo acontecesse por aqui! Muito menos conhecida do que deveria ser, Nora Ney é considerada por muitos como a responsável por gravar a primeira canção de Rock and Roll no Brasil – e foi em 1955, vários anos antes, por exemplo, da Jovem Guarda chamar atenção por aqui.

A cantora nascida em 1922 lançou sua versão do clássico internacional “Rock Around the Clock”, chamada por aqui de “Ronda das Horas”, como parte da trilha sonora do filme Sementes de Violência.

Dali pra frente, trilhou uma carreira de sucesso com faixas como “Ninguém Me Ama”, mas tudo começou ainda na infância, quando ela ganhou um violão e aprendeu a tocá-lo por conta própria. Pioneira em todos os aspectos!

Joni Mitchell

Apesar do pioneirismo das duas figuras acima, ainda era difícil para mulheres conquistarem o espaço merecido com sua música dentro do Rock. Uma das grandes responsáveis por ocupar esses lugares foi Joni Mitchell, que lançou seu primeiro disco em 1967 e se tornou uma figura seminal desde então.

Embalada muito por suas letras afiadas e por seu estilo único tanto como vocalista quanto como instrumentista, a influência de Joni é vista até hoje – tanto que é citada por alguns dos maiores artistas de todos os tempos, incluindo Taylor Swift Prince, como grande referência.

Outro grande fator de importância para Mitchell foi ter conseguido o reconhecimento de seus colegas de época, algo que facilitou sua aceitação ao vê-la se apresentado ao lado de Bob Dylan e outros gigantes.

Janis Joplin

Quase simultaneamente ao surgimento de Joni Mitchell, Janis Joplin levava o Rock a outras direções. Musicalmente, claro, sua importância não pode ser descartada; mas a grande sacada de Janis foi realmente provar que garotas também poderiam ser rockstars.

Afinal de contas, até então, mesmo as grandes pioneiras que já citamos aqui não haviam chegado ao grande estrelato que homens como Elvis atingiram. Janis foi pioneira nisso, liderando um movimento de contra-cultura e criando uma personagem maior que si própria, que a mantém viva eternamente até hoje no imaginário dos fãs de Rock.

Esse espírito rebelde, muito representado pelo consumo desenfreado de drogas e álcool, infelizmente custou sua vida cedo demais – e torcemos para que este exemplo também sirva para guiar aspirantes a rockstar sobre o que não fazer!

Debbie Harry

Primeiramente, precisamos dizer: escolher apenas 5 nomes para essa lista foi uma tarefa quase impossível, já que são inúmeras que poderiam ser citadas. Só entre menções honrosas que vêm à mente instantaneamente temos nomes como Rita LeeJoan Jett, Cássia Eller e tantas outras!

Mas a decisão de fechar essa lista com Debbie Harry é devido à sua capacidade incrível de criar uma ponte entre o Rock e o Pop. Surfando na onda do New Wave, que comandava a época, e também trazendo com força elementos do Punk, Harry foi fundamental ao lado do Blondie para quebrar fronteiras que até então eram muito mais perceptíveis.

Nesse sentido, ela representa a abertura de uma porta que liberou os caminhos para tantas outras artistas que vieram depois, inclusive do Pop mais recente (nomes como Miley Cyrus e a já citada Taylor Swift vêm à mente).

Ao mesmo tempo, nunca deixou de ter sua essência Punk e de ser uma grande representante da contra-cultura – e nada é mais essencialmente Rock and Roll do que isso.