Justin Sane, vocalista do Anti-Flag, é acusado de má conduta sexual por mais 12 mulheres
Reprodução/YouTube

Justin Sane, vocalista da banda Punk Anti-Flag, está enfrentando novas acusações de má conduta sexual depois que mais 12 mulheres compartilharam relatos sobre situações de abuso envolvendo o cantor.

A primeira alegação surgiu em Julho deste ano, quando fãs vincularam um episódio do podcast Enough, que abordou um caso de agressão sexual no mundo da música, a Sane.

No episódio em questão, uma mulher chamada Kristina Sarhadi compartilhou um depoimento sobre ter sofrido agressão sexual de um integrante de “uma banda Punk politizada da Costa Leste”.

Apesar de Sarhadi não ter especificado o nome do cantor ou da banda, ela mencionou uma publicação de Março de 2022 em um Tumblr chamado The Industry Ain’t Safe, que diz:

Justin Sane do Anti-Flag. Eu sou realmente a única pessoa com quem isso aconteceu?

Na mesma semana, o Anti-Flag, que estava junto desde 1988, se separou de forma repentina. À época, Justin Sane apontou que as acusações eram “categoricamente falsas”, mas que seria “impossível continuar” com a banda diante das circunstâncias.

Já os outros integrantes do grupo, Chris Barker, Chris Head e Pat Thetic, disseram ser a favor das vítimas de abuso e por isso resolveram encerrar as atividades da banda, mas ressaltaram que nunca presenciaram comportamentos agressivos de Justin. Saiba mais detalhes aqui.

Justin Sane recebe novas acusações de abuso sexual

Em uma matéria publicada pela Rolling Stone (via CoS) nesta semana, Kristina Sarhadi, que fez a acusação contra Justin Sane no podcast, confirmou que estava falando sobre o vocalista do Anti-Flag.

Além de Sarhadi, o portal incluiu relatos de mais 12 mulheres que informaram que, em seus encontros com Sane, o músico apresentou comportamento predatório, além de ter cometido agressão sexual e violações, incluindo relações sexuais com uma criança de 12 anos quando Sane era adolescente.

Em seu novo relato, Kristina lembra de seu encontro com Sane e diz que teria sido abusada sexualmente em um quarto de hotel pelo cantor quando ela tinha 22 anos.

O episódio do podcast e as alegações de Sarhadi motivaram outras mulheres a denunciar os supostos casos de má conduta sexual nos quais Sane estava envolvido desde os anos 90 até 2020. Na entrevista à Rolling Stone, ela disse:

Eu não tinha ideia de que isso havia acontecido com mais ninguém. Eu me senti estúpida, envergonhada e confusa, porque como isso poderia ter acontecido com essa pessoa? Ele é o cantor anti-estupro. Eles são a banda feminista declarada que lançou um álbum beneficiando mulheres vítimas de crimes. Não faz sentido. [Mas] mesmo na natureza, os piores predadores têm a melhor camuflagem.

Na matéria com os relatos reunidos, um dos temas recorrentes nas histórias é a diferença de idade entre Justin Sane e as mulheres com as quais ele supostamente se encontrou, sendo a maioria delas mais jovens que ele.

Novos relatos apontam culpa de membros do Anti-Flag

Um dos depoimentos aponta que o músico teria dito a uma vítima que tinha 19 anos, quando na verdade tinha 30. Uma das mulheres jogou a culpa no Anti-Flag pela complacência em relação ao comportamento supostamente recorrente de Sane:

Eles sabiam o quão jovens todos eram. Havia um limite claro que ele cruzava continuamente e que deveria ter chamado atenção para todos.

Questionado pela Rolling Stone sobre as novas acusações, Sane não se pronunciou. Porém, os outros membros do grupo emitiram uma declaração coletiva para a publicação:

Confiamos em todos os associados à banda para manter um ambiente seguro e respeitoso. A compreensão de que os abusadores podem estar em qualquer lugar reforça ainda mais a importância de os sobreviventes falarem e partilharem as suas histórias… Além disso, sentimos fortemente que todos os predadores devem expiar as suas ações inadequadas e ser responsabilizados.

Você pode ler a matéria completa feita pelo portal internacional clicando aqui.

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