5 rappers brasileiras que estão revolucionando o Hip Hop nacional
Reprodução/Instagram | Foto por Wallace Domingues | Foto por Fernando Schlaepfer

Nesta quarta-feira, 8 de Março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Para comemorar em grande estilo, que tal homenagear artistas que estão mudando o cenário do Hip Hop nacional?

Apesar do universo deste movimento ainda ser majoritariamente masculino, muitas mulheres estão se destacando na cena e provando que talento e diversidade é o que não falta quando o assunto é fazer Rap.

Explorando as diferentes vertentes do gênero, as minas abordam em suas letras a realidade das periferias, além de revelar os desafios de ser mulher nesse meio. Algumas expõem as vulnerabilidades das relações amorosas e outras questões políticas mas, de um modo geral, os trabalhos de todas essas artistas ajudam a abrir portas e incentivar outras mulheres que querem seguir esse caminho.

Confira abaixo algumas das rappers que estão revolucionando o movimento Hip Hop nacional e conheça um pouco de seus projetos!

Tasha & Tracie

Line-up da 19ª edição do No Ar Coquetel Molotov celebra a diversidade da música brasileira
Foto por Natália Folgosi

As irmãs Tasha & Tracie, da Zona Norte de São Paulo, se tornaram nos últimos anos uma das grandes apostas do Rap nacional.

Com seu disco de estreia, Diretoria, lançado em 2021, a dupla foi consolidando seu trabalho através de letras que valorizam a cultura periférica, ajudando a elevar a autoestima de meninas pretas e dos jovens das comunidades, e abordando ainda a luta contra o racismo.

Em 2020, além de apresentar seu trabalho em diversos festivais, Tasha & Tracie foram as únicas brasileiras indicadas para o BET Hip Hop Awards 2022. Elas concorreram na categoria “Melhor Flow Internacional”, mas perderam para Benjamin EPPS.

Tássia Reis

Tássia Reis faz apresentação especial no YouTube Music Night
Foto: Dani Ferreira / Divulgação

Tássia Reis é outro forte nome do movimento Hip Hop brasileiro. Desde 2014, com o lançamento do seu disco de estreia homônimo, a rapper paulista conquistou o público com músicas que misturam elementos tanto do Rap como do Jazz, como é possível perceber na faixa “No Seu Radinho”.

Em 2015, Tássia lançou o elogiado disco Próspera, trazendo influências do samba e falando abertamente sobre a ansiedade que permeia os relacionamentos amorosos contemporâneos. Explorando ainda mais esse trabalho, a rapper lançou em 2021 a versão deluxe, Próspera D+, com faixas inéditas e que marcou uma presença maior da artista na cena pop.

Nesse mês, Tássia Reis irá comandar o programa Sons da Nova, na rádio Novabrasil FM, que vai mapear as diversas texturas sonoras das cinco regiões do país. Saiba mais aqui.

Slipmami

Tendo como principal norte a liberdade sonora que o Hip Hop e suas vertentes oferecem, Slipmami entrou em cena mostrando logo ao que veio.

A artista carioca, que anteriormente era conhecida sob o nome Slipknstot e por seu trabalho com shit-rap no SoundCloud e no YouTube, lançou no início deste ano seu disco de estreia Malvatrem.

Na obra, além de mostrar suas referências baseadas no Rap e Trap com influência do Rock e do Emo, a cantora apresenta letras afiadas e rimas explícitas.

N.I.N.A

Outro nome em ascensão na cena nacional do Hip Hop é o da MC E DJ N.I.N.A, que se tornou referência quando o assunto é grime e drill, estilos musicais criados a partir do trap e do rap.

Depois do lançamento de alguns singles, a artista carioca reflete sobre autoestima, insegurança e a realidade de uma mulher preta em seu disco de estreia PELE, lançado em 2022.

O trabalho conta com produção assinada por Terra, e ainda traz participações de Derxan, Pejota, Vitin, Zarashi, Kash.

Brisa Flow

Quem também não poderia ficar de fora dessa lista é Brisa Flow. A artista ameríndia criada em Minas Gerais deu início à sua carreira no Hip Hop frequentando batalhas de rap em Belo Horizonte e depois foi desenvolvendo sua arte em São Paulo.

Dona de três discos, Brisa já explorou o Rap e o freestyle com elementos do Jaz, e em seu trabalho mais recente, Janequeo, ela também traz experimentações do R&B ao House, sempre tendo o Rap como base.

Em suas letras, a artista conta histórias dos povos originários, reflete sobre demarcação de terras, mulheres periféricas, corpos marginalizados e assuntos provenientes das feridas coloniais.

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