Sam Smith vai além do hit “Unholy” e experimenta novos caminhos no disco “Gloria”

Nesta sexta-feira (27), Sam Smith lançou o disco Gloria, seu quarto da carreira e um que veio acompanhado de uma grande expectativa.

Isso porque o trabalho foi precedido pelo aclamado single “Unholy”, parceria com a incrível Kim Petras e um dos principais sucessos de 2022. Não apenas isso, marcou também uma nova direção para o trabalho de Smith, que se tornou bastante conhecido por suas baladas românticas como “Stay with Me”.

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Gloria mostra que essa direção diferente não era apenas um flerte. Ainda que a “sofrência” ainda esteja presente, a própria faixa de abertura “Love Me More” é um exemplo de como Sam consegue ressignificar, ao menos musicalmente, essa sua perspectiva da vida.

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Do R&B ao solo de guitarra, Gloria tenta reinventar sonoridade de Sam Smith

A batida influenciada pelo R&B da faixa de abertura se diferencia bastante da produção quase hyperpop de “Unholy”, mas acaba se assemelhando mais ao restante do álbum. Um dos pontos altos do trabalho é “Perfect”, feat com Jessie Reyez que conta até mesmo com um explosivo solo de guitarra para mostrar que o instrumento realmente está cada vez mais de volta ao mainstream.

Apesar dessas direções diferentes, entretanto, Sam Smith ainda soa um pouco preso a uma fórmula Pop. É claro que essa pegada funciona para muita gente — e não há nada de errado nisso — mas há um misto de sentimentos entre frustração e uma certa alegria ao ouvir, por exemplo, “Who We Love”.

A canção que fecha o álbum, parceria com Ed Sheeran, soa exatamente como se esperaria que algo assinado por esses dois artistas soaria. A ausência de um elemento surpresa oferece, de certa forma, um conforto; ainda assim, parece pouco para um cantor que tem uma das vozes mais impactantes e únicas da era moderna.

Gloria é definitivamente um passo na direção certa para que Sam não caia no esquecimento depois de alguns hits, e resta esperar que o sucesso de “Unholy” mostre para ele que é possível, e talvez até necessário, ousar mais em suas composições e produções.

Sam Smith – Gloria