Lizzo diz que escondia seu amor pelo Radiohead para não ser
Foto por Campbell Addy para Vanity Fair / Reprodução / Instagram

Lizzo confessou que não foi fácil ser fã do Radiohead durante sua adolescência.

A talentosa cantora revelou em uma nova entrevista à Vanity Fair (via CoS) que manteve seu amor pela banda de rock liderada por Thom Yorke “escondido” para não ser zoada por seus colegas de escola. Ela explicou:

Era uma escola de pretos. Principalmente pretos e pardos, caribenhos, eu tinha amigos nigerianos. Eles estavam todos ouvindo o que estava no rádio: Usher, Destiny’s Child, Ludacris, e eu estava no ‘OK Computer’ do Radiohead.

Eu mantive isso escondido, mesmo quando eu estava em uma banda de Rock, porque eu não queria ser ridicularizada pelos meus colegas – eles gritavam, ‘Menina branca!’.

Além disso, eu estava usando uma calça boca-de-sino com bordados — e eles diziam: ‘Você parece uma garota branca, por que quer parecer uma hippie?’ Eu queria tanto ser aceita; não se encaixar machuca muito.

Lizzo reflete sobre inseguranças e carreira

Dona de uma poderosa voz, Lizzo afirma que, no início de sua trajetória na música, ficou intimidada pela ideia de cantar. Ela revelou:

Eu cresci rodeada de cantores gospel. Quero dizer vozes do tipo Jazmine Sullivan. Minha primeira voz de cantar foi uma voz de Rock na minha banda de Rock Progressivo quando eu tinha 19 ou 20 anos… muito influenciada por Mars Volta. Isso me deu o poder [vocal] que tenho agora. Foi só em 2015 que percebi que tenho uma voz muito poderosa e com muita alma.

Em outro momento da entrevista, a cantora falou sobre o dia em que tocou uma flauta de cristal de mais de 200 anos que pertenceu ao quarto presidente americano, James Madison. Lizzo lembrou que recebeu críticas por tocar o instrumento de um homem que foi proprietário de escravos, mas justificou sua atitude:

Quando as pessoas olharem para a flauta de cristal, vão me ver tocando. Eles vão ver que era de propriedade de James Madison, mas eles vão ver até onde tivemos que ir para alguém como eu tocar na capital do país, e acho que isso é uma coisa legal. Não quero deixar a história nas mãos de pessoas que defendem a opressão e o racismo. Meu trabalho como alguém que tem uma plataforma é remodelar a história.

Atualmente, a artista está na estrada pelos EUA com a excursão “Special Tour”, que promove seu mais recente álbum, Special, lançado em Julho deste ano.

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