Slipknot
Foto por Alexandar Gay

Com o Slipknot prestes a lançar seu novo disco, The End, So Far, o guitarrista Jim Root compartilhou sua opinião sincera — talvez até demais — sobre o processo de gravação do trabalho.

Em entrevista ao Music Radar (via Metal Injection), o músico apontou alguns detalhes que o incomodaram durante a criação do disco que foi produzido por Joe Barresi (Tool, Queens Of The Stone Age) e que marcou o último trabalho da banda pela Roadrunner Records.

Para Root, o Slipknot não soube aproveitar todas as habilidades de Barresi e revelou que, por conta dos protocolos da COVID, não houve nenhuma pré-produção para o álbum.

Além disso, o guitarrista confessou que não participou tanto assim da obra e disse que o grupo passou por momentos de desacordo quando precisava fazer arranjos e juntar ideias para as músicas:

Joe Barresi é um produtor incrível. Ele tem um histórico incrível, e eu sinto que não estávamos preparados para Joe Barresi, e eu sinto que não fomos capazes de usar Joe Barresi em toda a sua capacidade, sabe o que quer dizer? Nós não fizemos pré-produção; nós essencialmente construímos esse disco no estúdio, e muito disso foi devido à COVID e a nós estarmos separados, e as circunstâncias nos levaram a fazer o disco do jeito que foi feito.

Com a minha mentalidade sendo do jeito que estava, eu não tinha muita criatividade. Eu me senti meio apressado tentando ter ideias para este ou aquele arranjo. Nós não fomos ensaiados como uma banda. Nós não viemos a conhecer as músicas por inteiro, e isso afetou o álbum. Isso nos atrasou. Não nos fez realmente discutir e brigar um com o outro, mas nos fez tentar descobrir, tipo, ‘Qual é a melhor maneira de abordar isso sabendo que estamos fazendo o que estamos fazendo?’.

Jim Root e o novo disco do Slipknot

O integrante do Slipknot também revelou em seu discurso que ficou surpreso com o fato da banda ter conseguido finalizar The End, So Far mesmo com todos os obstáculos que apareceram durante o processo de gravação do disco:

Você pode fazer um plano e planejar o quanto quiser, mas o grande relógio acima da sua cabeça e o orçamento da gravadora, e todas essas coisas — o estúdio em que estávamos e a programação disso… há muitos fatores que estavam contra nós para fazer este álbum, tanto que estou surpreso que fomos capazes de terminá-lo.

E agora estamos demorando tanto para lançá-lo em comparação com o tempo que levamos para gravá-lo! É tipo, se levou tanto tempo para lançá-lo, poderíamos ter demorado com pré-produção e, na minha opinião, lançar um produto melhor. E isso não quer dizer que estamos desapontados com o que estamos lançando; é onde estamos, é o que conseguimos fazer, dadas as circunstâncias e as coisas com as quais tivemos que trabalhar.

Mas é como os filmes. Os diretores dizem constantemente que eles nunca terminam um filme, eles apenas os abandonam! Eu sinto que, mais do que qualquer coisa com esse álbum, tivemos que abandoná-lo e seguir em frente. E [o percussionista Shawn ‘Clown’ Crahan] disse: ‘Não é um disco! Não é um disco do Slipknot! Ainda estamos em turnê com We Are Not Your Kind, nessa turnê, e a propósito, aqui estão algumas músicas…’. Bem, você pode dizer isso, mas estamos lançando uma porra de um disco e para os fãs esta é a porra de um disco do Slipknot. Não importa o que você diga, é isso que é.

Que confusão, hein? Em tempo, a banda disponibilizou em Agosto a terceira prévia do aguardado disco, que veio com versos mais sombrios e cheios de experimentação. Ouça “Yen” por aqui.

O novo disco do Slipknot, The End, So Far, está previsto para ser lançado nesta sexta-feira, 30 de Setembro.

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