Após briga em hotel no Rio de Janeiro, produtor é indiciado por lesão corporal e casal por injúria racial
Reprodução / Twitter

No início deste mês, viralizou nas redes sociais o vídeo de uma briga que ocorreu no hotel Hilton em Copacabana, no Rio de Janeiro, entre um produtor cultural americano e um casal. Nesta semana, a Polícia Civil finalizou o inquérito sobre o caso.

De acordo com o g1, a Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat) indiciou o casal formado por um alemão e uma brasileira por injúria racial e o produtor cultural, chamado H.L Thompson, por lesão corporal.

A polícia aponta que o casal não foi encontrado para prestar um novo depoimento após Thompson alegar que foi chamado de “nigger”, uma ofensa étnica muito grave contra negros na língua inglesa. O inquérito está previsto para ser enviado à Justiça na próxima semana.

Confusão em hotel no Rio de Janeiro

Em conversa com o g1, H.L Thompson disse que estava responsável por uma festa de final de ano no hotel e, de repente, viu o casal agindo de “forma rude” no lobby do local. Ele declarou:

O indivíduo estava um pouco irritado porque eu não ia permitir que eles passassem à minha frente porque eram membros do Hilton Diamond. Eu estava esperando pacientemente na fila e eu era o próximo para ser atendido. Eles começaram a fazer observações racistas… A palavra com ‘N’ [nigger], ‘o cara ‘N’, negro’, e aí a senhora estava fazendo gestos obscenos e observações, mas ela estava falando em português e eu não entendia tudo que ela dizia.

No vídeo que circulou pelas redes sociais, é possível ver que a brasileira agride o produtor musical. Ele reage e dá um soco no alemão que estava com ela e cai desacordado. Sobre o ocorrido, Thompson criticou a segurança do hotel, que poderia ter ajudado a evitar a briga. Ele disse:

Eu não deveria ser colocado nessa situação. Acho que a situação inteira poderia ter sido evitada se a segurança agisse apropriadamente e removesse o casal. Eles se aproximaram do meu espaço, foram muito rudes. O hotel poderia agir um pouco mais rápido e tentar desarmar a situação.

O produtor americano afirmou que, nas vezes em que esteve no Brasil, nunca havia sido xingado com ofensas racistas. Após deixar a Delegacia de Apoio ao Turismo em Janeiro, ele comparou o caso com as experiências que vive como negro nos Estados Unidos. Ele descreveu:

Eu já vi a disparidade racial no Brasil antes, nunca lidei com nada nesse nível. Mas crescendo nos Estados Unidos, você se acostuma com isso como um homem negro, porque você é discriminado com frequência e de diversos jeitos diferentes.

Discriminação racial não deveria ser aceita em nenhum nível, por ninguém, nem nos Estados Unidos nem no Brasil. Não será tolerado, e ninguém deveria aceitar isso de ninguém.

Você pode assistir ao vídeo da briga abaixo.

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