Governo britânico pode causar cancelamento de festivais por falta de garantias

Os festivais já confirmados no Reino Unido podem ser cancelados em breve por falta de garantias do governo britânico. Entenda a situação!

Público de festivais
Foto via Shutterstock

A alegria do retorno dos festivais no Reino Unido pode ter durado muito pouco.

Nos últimos dias, foram realizados diversos eventos-teste — como um show de Fatboy Slim para 3 mil pessoas — que se mostraram super bem-sucedidos na tentativa de retomar os shows ao vivo. Isso parecia dar bons sinais para a realização dos festivais no verão europeu, mas parece que o governo britânico pode acabar sendo um empecilho para isso.

De acordo com a Louder, as autoridades do país parecem não estar dispostas a ceder e criar um fundo de garantias para os organizadores, caso eles sejam obrigados a cancelar seus eventos em decorrência da pandemia.

Mais de um quarto dos festivais com público estimado de acima de 5 mil pessoas já anunciou seu cancelamento, uma vez que a expectativa de retirada das restrições está marcada para 21 de Junho e aparentemente não haverá tempo hábil para remanejar os eventos ou negociar uma garantia com o governo.

A Associação dos Festivais Independentes (AIF) emitiu um alerta dizendo que prevê que até 76% dos eventos previstos para Julho e Agosto devem ser cancelados, uma vez que grande parte das produtoras estão operando no limite e não podem correr o risco de planejar tudo sem a certeza de que terão um retorno e/ou garantias do governo.

O festival 2000 Trees, por exemplo, emitiu um comunicado reclamando de tratamento diferenciado à indústria do cinema. Eles escreveram que, “ainda que tenha providenciado um esquema similar para cinema & TV, o governo decepcionou completamente a indústria da música ao se recusar a ter uma simples política de garantias”.

Em outros países, como Áustria, Dinamarca e Suécia, o governo está diretamente envolvido com esquemas parecidos para retomar a indústria cultural. Na Holanda, aliás, há um fundo criado pelo governo no valor de 300 milhões de euros para cobrir possíveis cancelamentos de eventos musicais, de negócios e de esportes.

Que pena, hein?