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Estudo indica que as mulheres ainda são pouco representadas na música popular

Um novo estudo realizado pela Annenberg Inclusion Initiative, da Universidade do Sul da Califórnia, revelou números impressionantes que refletem o tamanho da desigualdade de gênero que ainda existe na indústria da música.

O relatório que foi compilado por um grupo de acadêmicos teve como objetivo “avaliar o gênero e a raça/etnia de artistas, compositores e produtores nas 800 principais músicas de 2012-2019 que estão presentes nas tabelas de 100 melhores da Billboard” (via Pitchfork).

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Um dos resultados alarmantes encontrado na pesquisa indicou que menos de 23% do total de artistas e menos de 2% entre o total de produtores eram mulheres.

O estudo, que gerou o quarto relatório anual da Annenberg Inclusion Initiative e teve apoio financeiro do Spotify, decidiu analisar também as cinco maiores categorias do Grammy – Gravação do Ano, Canção do Ano, Álbum do Ano, Melhor Artista Revelação e Produtor do Ano.

Apesar do número de mulheres indicadas à premiação ter aumentado, sendo que em 2021 elas inclusive dominaram as categorias de Rock, a edição mais recente chega com representatividade feminina de apenas 28,1% do total de indicados, sendo que até 2017 esse percentual era de 6,4.

A Recording Academy, responsável por produzir o Grammy, contratou pela primeira vez um diretor de diversidade e inclusão no ano passado visando um equilíbrio maior entre as nomeações.

Outras tendências

Com relação aos gêneros musicais, a pesquisa aponta que as artistas femininas se destacaram cantando 32% das canções Pop e apenas 12,3% das músicas de Hip Hop / Rap foram executadas por mulheres.

Além disso, foi destaque do estudo a porcentagem na divisão entre mulheres artistas solo, que são 31% e mulheres em bandas que são 7,3%. E também entre mulheres artistas no total, que são 21,6% e mulheres compositoras que são 12,6%.

Sobre as composições, os dados mostram que menos de 1% das músicas tinham créditos apenas para mulheres.

Segundo a Pitchfork, os artistas negros representaram aproximadamente 45,4% dos intérpretes nas 800 canções analisadas, mas o relatório indicou que as mulheres negras eram “invisíveis” como produtoras, já que só receberam oito dos 1.093 dos créditos de produção.

Você pode conferir o relatório completo acessando aqui.

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Published by
Lara Teixeira