10 – 12 Anos de Escravidão (2014)

O filme de Steve McQueen é inspirado em uma história real de um homem negro poucos anos antes da abolição da escravatura nos Estados Unidos, em 1841. É sofrido acompanhar a trajetória de um homem livre que é enganado e escravizado por mais 12 anos.

Essa foi a estreia de Lupita Nyong’o e já rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para ela e, falando em premiação, foram outras duas estatuetas levadas para casa – Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.

É de longe um dos filmes mais comoventes lançados nos últimos anos e exige um grande esforço do nosso lado emocional.

9 – Interestelar (2013)

Interestelar, de Christopher Nolan, ganhou muita notoriedade por ter sido um dos filmes mais cientificamente precisos a tratar de viagens espaciais, buracos negros e, até onde deu, sobre física quântica. A história, além de alertar para os riscos de poluir a Terra até deixá-la inabitável, apresentou conceitos muito interessantes sobre a relatividade e viagem no tempo.

Apesar de ser didático demais em alguns momentos e ter um final questionável até para quem gostou do filme, Interestelar tem muito mais méritos do que defeitos. Visualmente, a obra de Nolan é um primor e o elenco, com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain e Matt Damon, entre outros, é um atrativo por si só.

Interestelar
Interestelar. Foto: Divulgação

8 – A Origem (2010)

Olha ele de novo. Não é como se Christopher Nolan fosse um desconhecido em 2010. Ele já havia dirigido, por exemplo, os maravilhosos Amnesia (2000) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008). Mas A Origem colocou o diretor definitivamente no mapa do mainstream, com um roteiro criativo e efeitos especiais hipnotizantes. A ideia de trabalhar sonhos dentro de sonhos tinha um grande potencial de degringolar no meio do caminho, mas nada disso: o desfecho foi super satisfatório.

Ali, no comecinho da década, Di Caprio avançava rapidamente na sua corrida pessoal pelo Oscar (ainda inédito) e Nolan passou a ser sinônimo de expectativa nos anos seguintes. A Origem foi um empurrão necessário para eles.

A Origem
A Origem. Foto: Divulgação

7 – A Chegada (2013)

Uma enxurrada de filmes já trataram da chegada de alienígenas no planeta Terra e nas consequências que isso traria para a humanidade. Mas A Chegada, de Dennis Villeneuve, se ateve a um detalhe desse processo que ninguém antes havia se aprofundado: a linguagem.

A primeira e principal dificuldade ao se deparar com uma raça extraterrestre no quintal de casa seria, claro, saber o que ela queria. Seriam os visitantes pacíficos? Bélicos? Tóxicos? Inofensivos?

O filme vai direto a esse ponto e mostra ainda uma face da humanidade que todos nós sabemos mas raramente paramos para refletir: se não conseguimos nem dialogar entre si, como poderíamos entrar em contato com outra espécie desconhecida?

A Chegada
A Chegada. Foto: Divulgação

6 – Invocação do Mal (2013)

James Wan usou suas técnicas inventivas de filmagem para dar uma identidade própria a invocação do Mal, o primeiro dos filmes relacionados ao casal Warren. Não à toa, as produções seguintes construíram uma das franquias mais bem-sucedidas fora do universo dos super-heróis – com Annabelle, A Freira, A Maldição da Chorona e o vindouro Homem Torto.

E tudo isso sem abrir mão dos jump scares, recurso que vinha sendo usado de forma exagerada no gênero. Wan mostrou que dá para contar uma história bacana ao mesmo tempo que arranca sustos do público.

5 – Corra! (2018)

Jordan Peele pulou direto para a prateleira mais valiosa dos diretores de Hollywood com Corra!, terror psicológico que pegou firme em questões raciais e agradou tanto o público quanto a crítica. Ele mostrou que filmes de gênero e com elenco majoritariamente negro têm, sim, grande apelo mercadológico.

Uma das maiores qualidades da produção é usar as desigualdades sociais para fazer a narrativa andar naturalmente e, principalmente, contar uma história interessante. Representatividade, criatividade e qualidade definem bem o que acontece durante os 103 minutos de duração.

Corra
Corra! Foto: Divulgação

4 – O Quarto de Jack (2016)

O filme que revelou Jacob Tremblay para o mundo é um soco no estômago. A história de O Quarto de Jack é contada a partir do ponto de vista da mãe, presa e sexualmente abusada por anos em um pequeno quarto, e do garoto, que nasceu no cativeiro e nunca teve contato com o mundo externo.

A atuação do jovem – então com 9 anos de idade – foi surpreendente, rendendo um Critics Choice de Melhor Ator/Atriz Jovem. Já Brie Larson dispensa qualquer comentário. Talvez em seu melhor papel na carreira até agora, ela levou o Critics Choice, BAFTA, Globo de Ouro, SAG e Oscar de Melhor Atriz. A química entre eles é emocionante e é difícil não soltar algumas lágrimas ao longo do filme.

O Quarto de Jack
O Quarto de Jack. Foto: Divulgação

3 – Vingadores: Guerra Infinita (2018)

O começo do fim. Depois de uma década preparando terreno para a grande guerra do bem contra o mal, a Marvel ainda conseguiu surpreender na primeira parte da batalha contra Thanos. Em vez de reunir os heróis e partir para os finalmentes, eles tiveram a brilhante ideia de fazer o filme sobre… o vilão.

A busca pelas Joias do Infinito ficou ainda mais interessante acrescentando esse ponto de vista e, como obra individual, há quem prefira Guerra Infinita até ao próprio Ultimato. Apesar de o plot twist do final não ser muito confiável, a escolha do estúdio acabou sendo corajosa e foi uma bela forma de unir o último filme com esse.

Vingadores Guerra Infinita
Vingadores: Guerra Infinita. Foto: Divulgação/Marvel

2 – Mad Max: Estrada da Fúria (2015)

Para o diretor George Miller, ressuscitar uma franquia que não via novos lançamentos há 30 anos não foi problema algum. Afinal, quem melhor do que ele para revitalizar o universo de Mad Max?

Sem Mel Gibson, um Tom Hardy monossilábico assumiu o posto de Max Rockatansky e, de forma surpreendente, dividiu o protagonismo com a Imperatriz Furiosa de Charlize Theron.

O grande diferencial do novo capítulo da distopia, porém, foram as coreografias das perseguições, feitas com efeitos práticos que explodiram carros, jogaram dublês para o alto e tombaram caminhões para tirar o fôlego dos espectadores. Foram seis prêmios no Oscar de 2016 e, até hoje, fica aquele gostinho estranho por ter perdido Melhor Filme para Spotlight, de Tom McCarthy.

1 – Parasita (2019)

“Quando vocês passarem apenas alguns centímetros da barreira das legendas, vocês descobrirão tantos filmes incríveis”. A frase do diretor Bong Joon-ho, ao receber o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, é uma das verdades mais puras sobre Hollywood. Especialmente na Coreia do Sul, filmes excelentes acabam não fazendo sucesso com o público norte-americano por causa do idioma. Azar o deles.

Parasita consegue transitar entre drama, comédia e suspense de forma tão natural que fica complicado definir em qual gênero o filme se encaixa melhor. Além disso, há uma originalidade na forma de contar a história, com destaque para as discussões sobre concentração de renda, o drama que é para jovens inteligentes cruzarem barreiras que vão além da capacidade intelectual e o preconceito enraizado que atinge até pessoas que não são essencialmente ruins.

É difícil saber quem é herói, ou sequer se há mocinhos e vilões. Parasita é um filmaço e merecidamente se tornou a primeira produção não falada em inglês a vencer o Oscar de Melhor Filme.

Parasita
Parasita. Foto: Divulgação

 

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