No próximo final de semana o Brasil será representado no Oscar pelo documentário Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa.
A obra que fala sobre o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff concorre ao prêmio de Melhor Documentário e pode trazer uma estatueta ao país na cerimônia que acontece em Hollywood no dia 09 de Fevereiro.
Considerada controversa, a obra não está agradando todo mundo pelo tom político do ponto de vista da esquerda e o apresentador Pedro Bial fez duras críticas ao filme, falando sobre questões ideológicas e outras nem tanto.
“Insuportável”
As declarações do apresentador da TV Globo vieram em uma conversa com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
De acordo com o UOL, o ex-apresentador do reality show Big Brother Brasil disse que a obra é insuportável e que “deu muita risada” porque vai “contando as coisas num pé com bunda danado”:
A narração é miada, insuportável, onde ela [Petra Costa, a diretora e narradora] fica choramingando o filme inteiro. É um filme de uma menina dizendo para a mamãe dela que fez tudo direitinho, que ela está ali cumprindo as ordens e a inspiração de mamãe, somos da esquerda, somos bons, não fizemos nada, não temos que fazer autocrítica. Foram os maus do mercado, essa gente feia, homens brancos, que nos machucaram e nos tiraram do poder, porque o PT sempre foi maravilhoso e Lula é incrível.
“Ficção” mas Favorito ao Oscar
De um lado, Bial diz que o filme “é uma ficção alucinante. Mais que maniqueísmo, é uma mentira”, mas de outro diz que tem méritos técnicos e chance de vencer o Oscar, cravando inclusive que acha que a Academia dá o prêmio ao filme brasileiro.
Ao final, elogiou outros trabalhos de Petra Costa dizendo que ela é uma “ótima cineasta”, e que “Elena, o primeiro filme dela, é bem urdido, profundo, bem contado.”
Regina Duarte no Governo Bolsonaro
Na mesma conversa, Pedro Bial também falou sobre a atriz Regina Duarte, que aceitou o convite para ser Secretária da Cultura no governo de Jair Bolsonaro.
Ele se lembrou de um papo com ela em 2019 e disse:
Ela estava tão preocupada em ser clara e precisa em suas colocações sobre política e cultura, que ela levou o ‘deverzinho’ de casa escrito. Perguntei o que achava da Lei Rouanet e da relação da classe artística com o governo. Regina falou com grande equilíbrio e convicção, aí eu brinquei que ela seria a nossa ministra.
Oposição “Infantil”
Por lá, ele também falou sobre como considera a oposição atual “infantil”, e falou:
Existe um discurso que, quando a direita ganha, a democracia está em risco. Isso não se verifica, é uma interpretação torta da realidade. Só falta chamar [Bolsonaro] de chato, feio e bobo e mostrar a língua. A conversa está muito primária. As coisas são muito mais graves, sérias e importantes.
Ao falar do presidente em si, disse que “o que ele diz não é nem infantil, é retardado”, e ainda citou movimentos como o feminismo:
O feminismo no Brasil virou algo, em sua maioria, marxista. Eu não reconheço como feminismo.
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