Discos que mudaram a vida da Plutão Já Foi Planeta

Plutão Já Foi Planeta é uma das novas bandas brasileiras mais interessantes dos últimos anos.

Formado em 2013 em Natal, o grupo lançou um disco em 2014 chamado Daqui Pra Lá e o álbum abriu várias portas para que os músicos conquistassem grandes centros, se apresentassem no Superstar e assinassem contrato com a slap.

Em 2017 veio o segundo disco, o ótimo A Última Palavra Feche a Porta, e a consolidação de um grupo de artistas que estão evoluindo a cada momento e não param de construir uma sonoridade bastante própria repleta de elementos do indie, do rock, do folk, da música brasileira e do pop.

A banda é uma das atrações do Tenho Mais Discos Convida na Casa Natura Musical, em São Paulo, no Domingo (13) ao lado do Selvagens à Procura De Lei (ingressos aqui) e nós fomos atrás de saber quais são os nomes que influenciam esse caldeirão todo que forma o som da banda.

Bora viajar?

 

Sapulha Campos (Voz, guitarra, ukulele)

Caetano Veloso – Transa (1972)

Caetano Veloso - Transa

Esse disco me marcou muito porque, pessoalmente, me traz muitas rupturas. Marcou uma época da minha vida que eu comecei a ouvir não apenas álbuns de rock. Coisas de adolescente. É um disco político sem ser panfletário, por uma questão do momento que Caetano vivia, e de várias descobertas e sensações que teve no exílio. Tem mais de 30 anos e é super moderno no sentido de composição e arranjos. A mistura de Inglês com Português na medida ideal e a veia nordestina tiveram um apelo muito grande pra mim. Uma mistura que até hoje me faz ouvir esse disco e me impressionar cada vez.

 

The Smiths – The Queen is Dead (1986)

The Smiths The Queen Is Dead
Foto: Divulgação

Ganhei de presente uma fita (isso mesmo) de um professor que me influenciou muito musicalmente. Foi amor à primeira ouvida. Sempre achei um equilíbrio perfeito, conseguia ser pós-punk e popular ao mesmo tempo. Me conquistou muito também por cumprir meu ritual com discos, pois curti a capa de primeira e adorava aquele padrão Smiths que rolava em todo álbum. O estilo de guitarra de Johnny Marr também me influencia bastante desde esse tempo. Marcante, discreto e simples.

https://www.youtube.com/watch?v=KR2_gmhoZn4

 

Natália Noronha (Voz, violão, baixo, synth)

Rihanna – ANTI (2016)

Rihanna - Anti

É um dos meus preferidos, ouço do início ao fim sem pular uma música. Para mim, é um dos melhores retratos da honestidade de uma artista. Parece que eu tô vendo a Rihanna dizer “estou plenamente confortável com o que estou fazendo. Posso fazer música pop e ser subversiva ao mesmo tempo”.

Subversiva porque, entre outras coisas, é um álbum que mostra o “lado B” da cantora, acostumada com o título de Diva Pop, trazendo músicas que fogem da estrutura que conhecemos como pop music. Arranjos esquisitos, melodias que vão para lugares inesperados. Além de tudo ainda mostra uma emissão da Rihanna nunca antes vista: ela timbra a voz como se estivesse sentada no sofá, com um cigarrinho na mão, cantando para seus amigos íntimos depois de um dia cansativo; ela está relaxada e explorando belíssimos graves. ANTI é um disco completo: vai de excelentes hits para a balada, como “Work”, até love-songs pra cantar com a mão no peito, como “Love On The Brain”. Não falta nada.

 

Daniel Caesar – Freudian (2017)

Daniel Caesar - Freudian

Uma das coisas mais interessantes que surgiram no soul ultimamente. O Daniel é muito bom de melodias, elas são certeiras e é muito difícil você não cantar junto. E para ser mais interessantes, elas vêm apoiadas por um instrumental sofisticado e ao mesmo tempo malicioso. Quem disse que baladas românticas não podem ser sexy? Se Freudian promete ser um disco de R&B, ele cumpre a promessa trazendo o que é uma das marcas do gênero: a preocupação em entregar belas progressões de acordes, além de harmonias preenchidas por coros que beiram o celestial. Minha música preferida do álbum é “Get You”. Gosto que ela tem um arranjo clean, mas ao mesmo tempo muito preciso. O baixo levemente groovy e a bateria minimalista comandam uma levada deliciosa e provam que às vezes, quando se trata de música, menos é mais.

Vitória de Santi (baixo, synth)

Talking Heads – Little Creatures (1985)

Talking Heads - Little Creatures

Foi um dos primeiros álbuns que eu me lembro de ouvir. Era um dos CDs mais antigos que meu pai tinha e lembro demais de pegar o CD e achar intrigante a capa, todo colorido, cheio de desenhos. É um álbum bem pra cima e cheio de letras que grudam na sua cabeça e você se vê cantando depois. A baixista da banda também foi uma inspiração pra mim, Tina Weymouth. Linhas de baixo simples e precisas que sempre chamaram minha atenção. E o que eu sempre achei legal desse álbum é como ele diferente, uma mistura de ritmos, bem dançante.

 

Warpaint – The Fool (2010)

Warpaint - The Fool

Warpaint é uma das minhas bandas favoritas. Acompanho desde 2008, desde antes do primeiro álbum ser lançado. O que mais me chamou atenção desde o princípio foi ser uma banda formada apenas por mulheres. E mulheres que tocam pra caramba. A baixista Jenny sempre foi uma inspiração para mim. Lembro de ouvir o primeiro EP delas, Exquisite Corpse, direto no meu MP3 e sempre me perguntar quando sairia o primeiro álbum. Até que saiu o The Fool. É um dos CDS que tenho guardadinho em casa, fiz questão de comprar. Tudo nesse álbum é encaixadinho, todos os arranjos, toda a vibe que rola nele, ás vezes pesada como em “Set Your Arms Down” e de repente leve como em “Undertow”. Nunca consegui escolher uma música preferida.

 

Gustavo Arruda (Voz, guitarra, baixo)

Red Hot Chili Peppers – Stadium Arcadium (2006)

ROUND 4 OPTION 3

Sempre fui muito fã de RHCP, mas esse disco me marcou muito. Eu Estava nos Estados Unidos e na volta pra casa encontrei o disco duplo numa loja e comprei. Eu tinha 15 anos na época, e esse disco foi uma referência muito forte pra mim, principalmente pelas guitarras, pra mim esse disco é o ápice de guitarras de John Frusciante na banda, com muitos solos e arranjos lindos. Eu estava vivendo aquele momento de decisão do que fazer na vida, e esse disco me mostrou o que realmente eu queria, ser guitarrista de uma banda!

 

Little Joy – Little Joy (2008)

Little Joy

Esse disco moldou muito a minha forma de tocar, ele chegou até os meus ouvidos na época que o Plutão estava prestes a gravar o seu primeiro disco, e inspirou muita coisa do que foi feito nele. É um disco muito orgânico, é aquele tipo de disco que faz você sorrir ao ouvir uma música. E nele temos o glorioso Rodrigo Amarante, do qual sou muito fã. Combo perfeito.

 

Renato Lellis (Bateria)

Ben Harper and Relentless7 – White Lies For Dark Times (2009)

Ben Harper and Relentless7 - White Lies For Dark Times

Admiro muito o Ben Harper. Sua personalidade e musicalidade me cativaram logo na primeira vez que ouvi. Tenho toda a discografia em casa, cada álbum é uma experiência.
Escolhi destacar seu nono trabalho de estúdio, White Lies For Dark Times, e o primeiro com o Relentless7.
Aqui, Ben se reinventou como nunca, juntou- se com um trio de Rock e deu uma pausa na parceria com os Innocent Criminals. Há uma sonoridade de gravação ao vivo, consigo imaginá-los tocando juntos toda vez que escuto.

As composições são muito viscerais, tanto nas letras, na performance arrepiante de Harper, quanto no arranjo instrumental, riffs e solos de guitarra/pedal Steel misturados com grooves de soul e R&B. Para mim é a obra prima na carreira desse compositor e músico do qual sou muito fã.

Tenho Mais Discos Convida

A primeira edição da festa rola nesse Domingo, dia 13 de Maio!

Você pode garantir o seu ingresso para os shows de Plutão Já Foi Planeta e Selvagens à Procura de Lei em São Paulo clicando aqui.

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