
A aguardada turnê de Foo Fighters e Queens Of The Stone Age pelo Brasil teve sequência ontem, quando ao lado do Ego Kill Talent os grupos tocaram em Curitiba.
O show aconteceu na belíssima Pedreira Paulo Leminski, local dos mais bonitos para apresentações de grande porte no Brasil, e que estava lotado para um fim de tarde e uma noite incríveis de rock and roll.
Em um dia com o clima tipicamente curitibano onde tivemos chuva, Sol, frio e calor alternando em questão de minutos, o horário dos shows tinha previsão de tempestade, mas ela não veio e todos os presentes puderam aproveitar ainda mais o que veio pela frente.
Tudo começou com os brasileiros do Ego Kill Talent. Pisando no palco às 18h30, a banda que tem se destacado como um dos principais nomes do rock and roll no país levou todo seu peso ao palco da Pedreira e conquistou a plateia logo na primeira canção.
Sempre um jogo duríssimo, tocar como banda de abertura é um imenso desafio mas pode se tornar uma baita oportunidade, e foi isso que aconteceu com o EKT. Na capital paranaense, a banda contou com um público solícito, interessado e que aplaudiu e prestou atenção na sonoridade o tempo todo.
Não apenas isso, era possível ver muitas pessoas cantando as canções do primeiro disco do Ego Kill Talent, e quando a meia hora chegou ao fim com “Last Ride”, teve gente na plateia pedindo por mais. O som estava impecável, a performance foi de muita entrega e não foram poucos os comentários pós-show que ouvimos de muita gente dizendo que se divertiu mais com eles do que com o QOTSA, como falaremos depois.
Nós do TMDQA! passamos o dia todo com a banda cobrindo os bastidores do evento através do Instagram Stories e não apenas pudemos levar de perto pra você como é o dia de uma banda em um evento tão grande, como também tivemos a oportunidade de presenciar como tudo que o Ego Kill Talent vem conquistando é fruto de muito trabalho.
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Queens Of The Stone Age
Os shows do Queens Of The Stone Age são sempre muito interessantes para seus fãs e não dá pra negar que são verdadeiras aulas com músicos dos mais aplicados, mas para o público em geral a banda de Josh Homme tem uma tarefa difícil.
As performances costumam agradar as grandes massas quando o setlist proporciona uma viagem mais direcionada aos hits, e isso não aconteceu em Curitiba.
No primeiro show de São Paulo, como falamos por aqui, a apresentação foi bastante acessível, dançante e o público comprou a ideia do QOTSA.
Já na capital paranaense, canções como “Burn The Witch” que são verdadeiros presentes para os fãs, deixaram o resto do público bastante disperso. Era comum ver gente conversando, indo ao banheiro e se direcionando aos bares, e até mesmo em alguns momentos quando Homme perguntou ao microfone se as pessoas estavam se divertindo, a resposta foi tímida.
Josh, aliás, repetiu o discurso de São Paulo dizendo que o que mais importa na vida é o momento atual, então aquela noite era o mais importante, e disse que nasceu em uma cidade muito pequena, e jamais imaginaria que estaria por ali tocando para uma plateia tão grande.
Ele ainda mencionou o Foo Fighters, dizendo que todos são seus amigos e trata-se de uma das maiores bandas do mundo, e ao final do show, empurrou um poste de luz do palco até que ele caísse, levando os técnicos de iluminação à loucura.
Com um set que deve ter agradado os fãs fieis, o Queens Of The Stone Age fez um show truncado em Curitiba, e mostrou que essa variação entre grandes apresentações e performances mais “difíceis” tem sido uma constante na carreira recente.
Setlist – Queens Of The Stone Age em Curitiba (02/03/2018)
- My God Is the Sun
- Burn the Witch
- In My Head
- Feet Don’t Fail Me
- The Way You Used to Do
- Smooth Sailing
- The Evil Has Landed
- Sick, Sick, Sick
- The Lost Art of Keeping a Secret
- Make It Wit Chu
- If I Had a Tail
- Domesticated Animals
- Little Sister
- You Think I Ain’t Worth a Dollar, but I Feel Like a Millionaire
- No One Knows
- Go With the Flow
- A Song for the Dead
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Foo Fighters
Com a Pedreira lotada, o Foo Fighters subiu ao palco como normalmente o faz: com muito barulho.
Dave Grohl entrou correndo, tocando sua guitarra e gritando muito, e a primeira música com “Run” (que teve até um errinho no começo) mostrou que o setlist seria muito parecido com o primeiro show de São Paulo.
A banda tem o jogo ganho e como comentamos por aqui essa semana, Grohl entendeu que seu grupo transformou-se em sinônimo de rock de arena, então incorporou a persona de mestre de cerimônias.
Ele corre, interage, faz piada, chama a plateia de “motherfuckers” e diz que isso é um elogio carinhoso, pois chama assim as pessoas que gosta, e desfila seu arsenal de hits com muita energia pelo palco.
Em alguns momentos as piadas são repetidas, como quando ele pergunta quem ali nunca tinha ido a um show, quem era fã old school da banda, e fala que vai tocar músicas de todos os seus discos.
O que mudou, porém, foram momentos como um mash up de “Imagine”, de John Lennon, com “Jump”, do Van Halen, que começou com a apresentação do tecladista Rami Jaffee e tornou-se uma cover divertida.
As tradicionais jams também estiveram presentes como em “Rope”, que se tornou uma longa canção cheia de improvisações e ao final teve a bateria de Taylor Hawkins sendo elevada com uma plataforma enorme, deixando o cara nas alturas para fazer um solo e para cantar “Sunday Rain”, que na sua versão de estúdio tem baterias de Paul McCartney.
Ao apresentar o baterista posteriormente, Dave disse que havia se declarado para ele, dizendo que era “o amor de sua vida”, então o baterista cantou “Love Of My Life”, do Queen, e foi acompanhado por milhares de pessoas em um momento incrível.
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A tradicional cover de “Under Pressure”, quando Taylor e Dave invertem os papeis aconteceu sem participações de fãs da plateia, apesar dos muitos cartazes, e ainda veio “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones, com a apresentação de Pat Smear. O guitarrista, inclusive, aproveitava os intervalos entre as músicas para, sempre sorrindo, beber champagne direto da garrafa e fumar um cigarro eletrônico.
Em “Times Like These”, quando ficou sozinho no palco, Dave Grohl falou sobre sua amizade com Josh Homme há mais de duas décadas e dedicou a canção a ele, e “Generator”, que aparece no set de vez em quando, deu as caras.
Antes do bis, Grohl e Hawkins apareceram no telão para provocar a plateia, fazendo sinais de que a banda tocaria mais uma, duas ou três canções, sempre pedindo pela resposta do público para cada número que mostrava.
Vieram três, com “Dirty Water”, “This Is A Call” e o hino “Everlong”, e mesmo sabendo que a saída da Pedreira é complicada em shows lotados, o público ficou ali até a última nota para ver tudo de perto.
Nos comentários pós-show, o que mais se ouvia era como as pessoas estavam impressionadas com a apresentação, as guitarras, os hits e a performance de Dave Grohl como um frontman.
Muita gente ali nunca tinha visto um show da banda e definitivamente saiu do local consolidando cada vez mais o grupo como um dos mais populares quando o assunto é rock and roll.
Setlist – Foo Fighters em Curitiba (02/03/2018)
- Run
- All My Life
- Learn to Fly
- The Pretender
- The Sky Is a Neighborhood
- Rope
- Sunday Rain
- My Hero
- These Days
- Walk
- Breakout
- Billie Jean / Imagine / Jump / Blitzkrieg Bop / Love of My Life
- Under Pressure (Queen cover)
- Monkey Wrench
- Times Like These
- Generator
- Big Me
- Best of You
Bis: - Dirty Water
- This Is a Call
- Everlong
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