Eles foram os donos da noite. De pequenos grupos de fãs esperando na grade desde a abertura do Popload Festival até à galera que se colou na grade do clubinho só pra ver o DJ Set do Chris e do Rick, Belle & Sebastian era a banda mais esperada do segundo dia do Popload Festival. E eles arrebentaram. Mas antes…

Barbara Ohana

Popload Festival_Barbara Ohana_3Uma das novas sensações do pop nacional, Barbara Ohana abriu a noite do Popload Festival com os sons de seu EP Dreamers, além de outros sons dos também EPs anteriores.

A musa, autora da faixa “Golden Hours”, parte da trilha sonora da novela Verdades Secretas da TV Globo, conquistou o público com bastante simpatia. Outro destaque do show da garota foi a versão ao vivo de seu cover para “Talk Show Host”, do Radiohead. Ainda vamos ouvir falar dela.

 

Cidadão Instigado

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Trabalhando as canções do recém lançado Fortaleza, e com as guitarras mais severas da noite, o Cidadão Instigado fez um dos shows mais elogiados do dia 17. Tudo porque a inspiração de quase 20 anos de carreira de Fernando Catatau e a simpatia da banda num setlist generoso. Diferente do que eles têm feito em seus shows pelo Brasil afora, fizeram com que os fãs recebessem de braços abertos o repertório novo e que aqueles que não conheciam o quinteto pudessem curtir o som da banda.

Spoon

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Britt Daniel já arrancava suspiros da plateia muito tempo antes de entrar no palco com seu Spoon. Com uma discografia intensa, a banda deu destaque para os sons do último disco, They Want My Soul, lançado no ano passado, tocando 4 canções do trabalho num set list com o total de 15 músicas. “Do You” é, entre as novas, a que mais ganhou a adesão do público.

“I Turn My Camera On” e “The Beast and Dragon, Adored” do Gimme Fiction, “Do You Evah” do Ga Ga Ga Ga “TV Set”, o cover de The Cramps que encerrou um show com um Jim Eno passando por cima dos bumbos e literalmente destruindo a bateria, foram outros pontos marcantes da apresentação.

Belle & Sebastian

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Se havia uma pessoa muito à vontade com o público, com a mudança para o horário de verão bem nos preparativos para sua apresentação (que ele obviamente não deve nem ter nem reparado) e com o idioma falado pelo público que se empilhou à frente do Main Stage para ver de perto o seu Belle & Sebastian, esse com certeza era Stuart Murdoch. Vestindo uma calça de couro prateada e um casacão vermelho ao entrar no palco para abrir a apresentação com “Nobody’s Empire”, ele logo lembrou que o público brasileiro é quente. E dança muito.

A primeira música já era conhecida de boa parte dos fãs, afinal, o disco Girls In Peacetime Want To Dance foi lançado no começo desse ano, mas nada poderia se comparar à Áudio Club cantando em uníssono até a flauta de “I’m a Cuckoo”, um clássico da banda, do queridinho Dear Catastrophe Waitress. A alegria da banda foi tanta que Murdoch até substituiu “Tokyo” por “São Paulo” no verso em que fala que deveria estar na tal cidade. E encerrou a música apresentando o “Belle e Sebastian” em um português ensaiado, em que também aproveitou para dizer que todos eles “são São Paulo”.

Misturando as músicas do último trabalho (algumas melhor recebidas que outras) com obras dos trabalhos mais antigos, como “Seeing Other People”, do If You Feeling Sinister, “Electronic Renaissance” do Tigermilk e “I Didn’t See It Coming”, um pedido especial dos fãs presente no disco Write About Love e prontamente atendido por uma Sarah Martin que não escondia a felicidade de cantar à capela com tanta gente acompanhando a música inteira.

Além de declarar sua admiração pelos brasileiros e por sua música em mais de uma ocasião, Murdoch também deu um ponto para São Paulo na eterna “disputa de cavalheiros” entre a cidade e o Rio de Janeiro, quando disse que “No Rio foi ótimo, mas São Paulo é incrível”. Ponto pros paulistas.

O que não dá para negar é que o momento mais especial do festival aconteceu na execução ao vivo de “The Boy With The Arab Strab”, em que o telão do show exibiu as capas dos quatro primeiros discos da banda, enquanto Stuart Murdoch, Stevie Jackson e Bobby Kildea se revezavam para puxar alguns fãs para subir ao palco. Vendo o movimento, muita gente subiu por vontade própria e fez com que a apresentação desta e de “Legal Man” acontecessem com muito mais gente no palco do que a banda (atualmente com 6 integrantes) normalmente promove.

O BIS, bem menos generoso do que o restante de apresentação, ficou apenas com a também querida do público “Judy And The Dream of Horses”. Neste aspecto, ponto pro Rio de Janeiro que teve “Get Me Away From Here, I’m Dying” “The Blues Are Still Blue”  no Vivo Rio. Deu empate?

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