Músicos apóiam manifestações no Brasil

Manifestações no Brasil Foto por G1 Ontem, 17 de Junho, foi um dia histórico para o Brasil. O povo saiu às ruas em diversas capitais e cidades do interior do país para protestar contra os diversos problemas sociais que enfrentamos por aqui, e para pedir o fim da corrupção e da impunidade. Como não poderia deixar de ser, diversos músicos também foram às ruas ou publicaram mensagens de apoio e você pode ver várias delas na sequência. Clique nos botões "Anterior" e "Próximo" ou navegue com as setas do teclado. Max Cavalera Max Cavalera, de Soulfly e Cavalera Conspiracy publicou o vídeo abaixo em apoio ao povo brasileiro. O cara, que vive nos Estados Unidos há um bom tempo, sempre carrega uma bandeira do Brasil pelos shows que faz e também é visto frequentemente com uma guitarra que estampa o símbolo do país. No vídeo, ele diz que se sentiria honrado se as pessoas utilizassem suas músicas para protestar, e uma das que mais tem sido compartilhadas em redes sociais nos últimos dias é "Refuse/Resist", do Sepultura. [embed]http://youtu.be/SgZ4w1WOVQU[/embed] Pitty A cantora Pitty saiu às ruas de São Paulo e publicou algumas fotos em seu Instagram sobre as manifestações por lá. Karina Buhr Quem também usou o Instagram para publicar imagens de sua participação nas ruas foi a cantora Karina Buhr, que utilizou a sua rede para divulgar imagens e mensagens como essa logo acima. Silva Em Vitória, no Espírito Santo, também rolou manifestação e quem estava por lá era Silva, que publicou diversas fotos de sua cidade se mobilizando a favor do povo brasileiro. Ele também utilizou seu Instagram para isso. Cat Power Lá fora as causas brasileiras também estão repercutindo e a cantora Cat Power estampou o nome das cidades de Oklahoma, Istambul e São Paulo em sua roupa como forma de apoiar o país. Enquanto aqui o povo brasileiro está brigando por condições melhores, Oklahoma ainda sofre com as consequências de um grave tornado e o povo de Istambul briga por mudanças sérias em seu governo. Céu A cantora Céu foi até o seu perfil oficial no Facebook para comentar as manifestações e publicou a mensagem abaixo: Nunca pagou-se tanto por R$ 0,20. É que nesse valor está também imbutido o absoluto desrespeito ao cidadão trabalhador, os abusos da polícia e das cidades violentas, o absurdo do estatuto do nascituro, os próprios R$0,20, os "panos quentes' das autoridades e por aí vai... Sou a favor dessa manifestação, e desejo que quem sair de casa, saia no ímpeto pela paz, por uma manifestação limpa, pelo direito de contestar, pela não violência. Pelo nosso Brasil, mais justo e de cara limpa. Emicida O rapper Emicida está em uma turnê pela Europa mas, ainda na semana passada, também utilizou o Facebook para publicar uma longa mensagem a respeito dos acontecimentos por aqui. Você pode ler a mesma logo abaixo. Salve irmãos e irmãs, companheiros. Estive à distância, devido à nossa tour pela Europa - onde ainda me encontro -, acompanhando os recentes acontecimentos em São Paulo, e orando, desde o primeiro momento, para que o desfecho fosse um saldo positivo para o lado dos que representam o povo. Infelizmente duas coisas ruins meu coração já esperava: a truculência da polícia militar do estado de São Paulo, que nem de longe tem preparo algum para lidar com pessoas, por mais contraditório que isso possa parecer. A sociedade parece não ver e, no final das contas, eles se tornam os “heróis”, mesmo com as mãos sujas de sangue inocente. A segunda coisa era a cobertura distorcida da grande imprensa brasileira, que não tem - e parece fazer questão de deixar cada vez mais clara e gritante a sua falta de - compromisso com a verdade. A combinação é perigosa quando essas forças se colocam contra a população, a quem deveriam servir: e essa é a obrigação de ambas - polícia e imprensa. E não sei se me alivia ou me assusta mais ver que a mídia só começou a mudar de tom ao tratar do caso depois de vários jornalistas serem covardemente agredidos pela PM. Desde o primeiro momento, vi com muito orgulho meus irmãos e irmãs tomarem as ruas. A internet pode ser uma rede de compartilhamento de informações, mas a revolução e as mudanças carecem de que as pessoas estejam nas ruas, deixando à vista suas (muitas) insatisfações. Acho, a essa altura da situação, desnecessário deixar aqui explícita minha desaprovação a atos de vandalismo. Óbvio que desaprovo a depredação do patrimônio público, assim como é óbvio que a nossa luta é por muito mais do que esses vinte centavos. Já estamos muito além disso nessa discussão, certo? Na noite de ontem, a polícia militar (mais uma vez) passou dos limites, mostrou (mais uma vez) que é saudosista da ditadura militar, assim como o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Desses nunca esperei nada de positivo, nada mesmo. Sentem-se bem por manter o estado na lama desde que atendam às demandas dessa burguesia cruel que controla o dinheiro e a informação no Brasil. Agora, de quem eu espero uma postura diferente? Do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do qual fui eleitor. Como eleitor, tenho o direito e o dever de cobrar mais atenção com essa situação. Muitos dos que lotam as ruas hoje disseram "não" a José Serra por “pensar novo”, como sugeria a campanha de Haddad. Não creio que "pensar novo" seja fechar as portas para o diálogo ou se referir aos manifestantes como vândalos, indo na mesma direção da opinião dos que abominavam e ainda abominam o fato de a cidade ser gerenciada por ele. Vale lembrar que o Partido dos Trabalhadores nasceu, cresceu e ganhou forças graças a pessoas como essas que hoje lotam as ruas pedindo uma gestão que se posicione a favor dos trabalhadores, e o primeiro passo para tal são a comunicação e o reconhecimento da seriedade da causa. Acredito que, assim como eu, vários de seus eleitores estão esperando resposta à altura do que merecemos por termos confiado a ele a gestão de São Paulo. Convido meus irmãos e irmãs e todos que se identificam com nossa arte e verdade, todos que se identificam com a frase “a rua é nóiz” a, de forma pacífica, mostrar a força que temos e ocupar as ruas em todas as manifestações que ocorrerem nos próximos dias. Isso é sobre Liberdade, direitos e a construção de uma nova realidade, mais próxima da que desejamos. Obrigado pela atenção, Emicida A rua é nóiz Anderson Foca Anderson Foca, do festival DoSol e da banda Camarones Orquestra Guitarrística, publicou um longo texto sobre os protestos em Natal. Você pode ler na sequência. Ontem, depois de mais de 20 anos, o país voltou às ruas em manifestações que se espalharam (e ainda vão se espalhar mais) pelas quatro cantos do nosso colossal Brasil. O grito e o impulso que levou tanta gente a sair de casa e se manifestar (e outros milhões de se identificarem com o protesto mesmo sem ir para as ruas) na minha análise foi um só: defesa total e irrestrita da liberdade. Sim, muitas demandas estão reprimidas junto a isso: péssimos serviços prestados pelo poder público somando-se a enorme carga tributária que somos obrigados a pagar, corrupção sem freio, falta de segurança e falta de vergonha na cara dos governantes com essa história toda criada pela tal Copa do Mundo e que todo mundo já sabe no que tá dando. Mas o que tirou as pessoas de casa mesmo foi notar que estávamos sendo sufocados até no direito de se indignar com as mazelas da vida cotidiana e que um simples ato de protesto por um Passe Livre, virou senha para que a polícia batesse em sua própria gente. O brasileiro médio, bem humorado, feliz e que cultiva a paz como um enorme legado histórico e importante não admitiu ter sua liberdade ameaçada. Foi para rua expor sua demanda reprimida. Manifestações populares tem seu efeito colateral também. Muita gente se aproveita da inocência de uma boa parcela dos manifestantes, puxa para sua frigideira um peixe temperado e prontinho para ser frito, se apropria do discurso libertador e ingênuo dos menos esclarecidos para implantar uma falsa ideia de revolução. Tudo jogo político, do tipo mais sujo que a gente conhece. Nessas horas é que vejo o quanto é importante o poder de observação e escolha que a cultura nos ensina a exercitar. Essas escolhas e observações não servem só para escolher uma música para ouvir ou um filme para ver, serve também para enxergar além do óbvio, além do que tá publicado nas redes sócias e nas mídias convencionais. Serve para entender as movimentações em torno de nós e que caminho vamos tomando a partir disso. Juízo a todos nós. Exercite seu poder de observação e vamos em frente. Mudanças são processos e passo a passo vamos construindo um país melhor. Ontem caminhamos bastante, literalmente! Patti Smith Patti Smith é outra que tem publicado diversas mensagens como forma de apoio aos protestos que estão rolando no Brasil e em Istambul. Junto com a imagem acima, por exemplo, veio a mensagem "Sem policiais, apenas união! Imagem do Brasil." Você pode acompanhar o Facebook dela clicando aqui. Criolo O rapper Criolo também utilizou o Facebook para falar sobre as manifestações de ontem. Antes do horário marcado para as mesmas, ele falou que as ruas deveriam ser palco de "amor, paz e luz." Pode colar, mas sem arrastar. Hoje as ruas têm que ser palco do amor, da paz e da luz. Facção Central Outro grupo ligado ao rap, o Facção Central, tem publicado diversas mensagens e imagens a respeito das manifestações em sua página do Facebook. Uma delas, compartilhada através da página "RAP : Realidade Através das Palavras" diz: O país enxerga hoje, o que o RAP já dizia há 10 anos atrás. Lobão Lobão tem utilizado as redes sociais como o Twitter e o tumblr para publicar uma série de imagens e mensagens a respeito das manifestações além de interagir com seus fãs a respeito delas. quero dizer a todos voces que estou numa felicidade única!!!!A noite foi maravilhosa,o dia ,inesquecível!!Uma linda noite pra todos!Beijão!! — Lobão (@lobaoeletrico) June 18, 2013 Roger Moreira Quem adotou expediente parecido com o de Lobão foi Roger Moreira, do Ultraje A Rigor, que tem publicado diversas mensagens de apoio aos protestos no Twitter e também divulgado outras de fãs que entram em contato com ele a partir de várias partes do país. Se ele caiu...Ela e a corja vão cair pic.twitter.com/rl0Wn8STb6 — Enza Flori (@Enza_Flori) June 18, 2013

Músicos apóiam manifestações no Brasil

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Criolo