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Slipknot



O baixista do Slipknot, Paul Gray, foi encontrado morto na segunda-feira (24) de manhã, em um hotel em Des Moines, nos Estados Unidos. Na banda, Paul era mais conhecido pelo pseudônimo #2. Em Dezembro de 2009, ele anunciou no MySpace que sua mulher, Brenna Paul, estava grávida do primeiro filho do casal.

Na quarta-feira, a banda fez uma entrevista coletiva em homenagem a Paul Gray, com a presença dos outros oito integrantes do Slipknot, além do irmão e da esposa de Paul, grávida da primeira filha do casal. Ninguém se pronunciou sobre o futuro do grupo sem o baixista.

Veja as declarações, na íntegra (em inglês):





Comeback Kid



Em entrevista ao site Alter The Press!, o baterista do Comeback Kid, Kyle Profeta, deu alguns detalhes sobre o novo álbum da banda, “Symptoms and Cures”, que deve ser lançado ainda este ano. Esse será o segundo álbum dos canadenses com o também guitarrista Andrew Neufeld nos vocais. Veja alguns trechos traduzidos da entrevista:

ATP: O que podemos esperar do novo álbum?
Kyle: Sempre fazem essa pergunta a nós, e sempre damos a mesma resposta, mas eu realmente acredito que é o nosso melhor álbum. Nós encontramos nosso caminho com Andrew nos vocais, essa é a diferença. “Broadcasting” mostrou a banda se adaptando a Andrew como frontman. Eu acho que nessas canções realmente encontramos nossa cara com ele cantando, e estamos muito animados. [No dia da entrevista] ouvimos umas versões iniciais da mixagem, e estamos impressionados com o resultado.

ATP: Então é um passo em direção a um caminho diferente?
Kyle: Completamente diferente; mas ainda somos nós. Não é tão obscuro, é muito mais positivo. As músicas em geral são mais divertidas de tocar, e ficam na sua cabeça mais facilmente. Eu não estou dizendo que é um disco de pop punk, mas com certeza não é tão obscuro como o “Broadcasting” foi.

ATP: Vocês decidiram que faixas vão entrar no álbum?
Kyle: Sim, o disco vai ter onze faixas. Nós gravamos onze, todas bem concisas, sem fillers, e todas estarão no disco.

ATP: Há data prevista para o lançamento?
Kyle: Nós estamos esperando lançá-lo no fim de Agosto ou no início de Setembro; depois nós vamos sair em turnê pelo Canadá, Estados Unidos, Europa, e ver como ele funciona na estrada.

A entrevista completa, em inglês, você pode ler aqui.



Arcade Fire

O Arcade Fire anunciou há poucos dias, através de um cartão postal destinado à Internet e ao público em geral que está terminando de prensar um novo disco de 12 polegadas (simplificando, um LP) e que este deve chegar às lojas nas próximas semanas.

Pois bem, ontem circulou a notícia de que algumas das músicas do disco já vazaram pela Internet e o site One Thirty BPM disponibilizou duas delas em qualidade de estúdio, para baixar em MP3.

As músicas se chamam “The Suburbs” e “Month Of May” e você pode ouvi-las nos vídeos abaixo, ou baixá-las aqui.



Apparatjik

Estou com a impressão que montar supergrupos está na moda, já que depois de nomes como Them Crooked Vultures e Mt. Desolation, agora é a vez do Apparatjik lançar seu primeiro disco.
O nome bizarro é a versão em Sueco para “Apparatchik”, palavra russa usada para descrever “pessoas que causam gargalos burocráticos em organizações que seriam eficientes”. Qualquer semelhança com os nossos queridos Aspones é mera coincidência.

Indo direto ao que importa, a banda é formada por Guy Berryman, do Coldplay, Jonas Bjerre do Mew, Magne Furuholmen do A-Ha e o produtor Martin Terefe, e irá lançar no dia 15 de Junho o disco de estreia chamado “We Are Here”, que tem essa capa aí de cima.

Boa parte das músicas já está disponível no MySpace da banda, e você pode ouvir logo abaixo. Além disso, também é possível baixar um EP de graça, mediante cadastro, nesse site aqui.

Ouça e tire suas próprias conclusões.


Kings Of Leon

O baterista Nathan Followill, do quarteto de Nashville, Kings Of Leon, contou novidades sobre o próximo álbum de estúdio da banda, que vem sendo trabalhado desde o começo de abril.

Nathan contou para a revista Spin, que o processo do sucessor do excelente “Only By The Night” (que marca, digamos, a “popularização” do Kings Of Leon na música mundial) está ótimo e adicionou:
Essa marca a primeira vez que gravamos algo em Nova Iorque. Nós pensávamos que as músicas fossem ser mais pesadas, porque gravamos todos os outros registros em Nashville ou Los Angeles, onde o clima é mais relaxado; calmo.

Sobre a direção que a banda resolveu tomar nesse álbum, Nathan contou:
O álbum contém músicas mais praianas e músicas que soam um pouco como o nosso álbum de estreia, ‘Youth & Young Manhood’. Nós estamos muito animados. Será interessante ver como esse registro será recebido.

Ele também contou que a banda tocará algumas canções novas durante o show no festival Bonnaroo, que acontecerá em Manchester no dia 11 de junho:
Vamos tentar ser bem seletos na questão do que iremos tocar, mas com certeza haverá novas músicas.

Columbia

Fotos por: Natalia Valle

Na terça-feira, dia 25 de maio, a Columbia finalmente fez o show de lançamento do seu mais novo e segundo álbum, “Um Quarto Escuro” e contou com ótimo público que compareceu no Oi Futuro em Ipanema.

A banda apresentou todas as canções do registro (que marca uma fase mais conceitual da Columbia) e não desapontou os fãs mais antigos que – por mais que a banda tenha amadurecido – não conseguem desgostar dos clássicos dos seus EPs e do seu CD anterior.

Logo ao chegar ao teatro, nos deparamos com um belo cenário, com abajures e lumirárias, deixando todos já no clima do “Um Quarto Escuro” e mais ansiosos ainda para o começo da apresentação.
E então, às nove e quinze da noite, a banda subiu ao palco com todos vestidos de preto, dando início àquela noite mágica com uma sequência de três músicas do novo álbum: “A Nova Música”, “O Tempo Todo” e “Mais Cedo”.

Por mais que quiséssemos prestar atenção somente no show, era difícil ignorar o fato de que ali havia dois músicos de apoio (bateria e guitarra) e um deles substituía Fred Mendes, o querido baterista da banda.
Na pausa após “Mais Cedo”, a vocalista Fernanda Marques, explicou o motivo de sua ausência:

A primeira coisa que a gente nota é que tem duas pessoinhas aqui com a gente e uma das pessoinhas nao é o Fred. O Fred teve uns problemas pessoais, está em Juiz de Fora e quem assumiu as baquetas foi o nosso queridíssimo Gustavo Krebs, que mixou o disco. A gente pensou ‘já que é para entregarmos as baquetas para alguém, que seja pra ele, já que ele sabe todo o disco, até os backing vocals“.

Além de Gustavo Krebs, o cantor, compositor e guitarrista Geraldo Côrtes, estava dando suporte à banda.

Dando continuação, após Fernanda ter avisado “Vamos relembrar um pouco o primeiro disco. Vamos cantar umas musicas antigas juntos“, a Columbia tocou “Onde Vai”, “Desculpas” e antes da famosa “Amanhã” (cujo clipe passa com frequência até hoje na MTV Brasil), Fernanda ainda brincou perguntando: “E aí? Quem conhece essa?

Antes de “Planos”, mais uma pausa e mais interação da Fernanda com o público: “E aí minha gente, tá tudo bem, tá tudo confortável?” E então, mais um dos clássicos dos primórdios da Columbia era apresentado: “Marcela e Fernanda”, do seu EP de estreia, “A Soma Das Horas”, lançado em 2004. Em seguida, outras duas do novo registro, “Nina, Nina” e a viciante “Oito Meses”.

Fernanda estava nitidamente incomodada com o fato de todos estarem sentados nas poltronas, ao invés de estarem de pé e disse:
Dá uma aflição todo mundo sentado… Acho uma tristeza isso. Ficar em pé é pior para as varizes… Mas gente, então, esse é o momento para quem quiser dançar, curtir e sonhar… Então, levanta aí, dança aí…
Esse era o “momento do bailinho” e muitos aproveitaram a deixa para curtir a reta final do show fora das poltronas.
As músicas que fizeram parte do “bailinho”, foram “Nova Horas”, “Nada Demais” e “Antes Que Eu Fuja”.

Para que os pés tivessem um descanso, a penúltima parte do show contou com músicas mais calmas do novo registro.
Em “Pra Cá”, a Columbia convidou o cantor, músico e produtor Márcio Biaso (integrante da banda Reverse, em hiato indeterminado desde 2008), para fazer um belíssimo dueto com a Fernanda. Sem dúvida, um dos melhores e mais marcantes momentos do show.

A banda então deu sequência ao final do bloco com “Futuro” e “Imperfeito” e por mais que a Fernanda tenha avisado que essa seria a última, com abuso total do uso do trocadilho, sabíamos que o show seria imperfeito se a emocionante “Tóquio” não estivesse no setlist.
Portanto, ao som de “mais um!”, a banda voltou para completar aquela noite arrepiante e memorável, com “Tóquio”.

Após o show, percebi muitos emocionados e com os olhos molhados, não parecendo acreditar que tinham presenciado aquele tipo de espetáculo feito por músicos talentosíssimos e por profissionais/técnicos de áudio e iluminação.

O Tenho Mais Discos Que Amigos! dá a dica: Se essa turnê passar pelo seu Estado; sua cidade, não deixe de conferir. O show é – ao mesmo tempo que divertido – emocionante demais, intenso e faz com que todos aqueles que já foram presenciá-lo algum dia, queiram sempre ter a oportunidade de retornar ao Quarto Escuro da Columbia.

Danzig

Há poucos dias atrás você viu aqui no TMDQA! que o Danzig está de volta, com novo disco de estúdio chamado “Deth Red Sabaoth”, após 6 anos desde o último trabalho.

Pois bem, começaram a aparecer as edições especiais do disco, singles, etc.

Primeiro de tudo, vamos falar sobre a versão Deluxe, que vem com os seguintes itens:

  • Urna ao estilo porcelana com arte exclusiva nos 4 lados, de 11×8 polegadas
  • CD do disco em caixinha gatefold e digipak
  • Vinil de 7 polegadas do single “On A Wicked Night”
  • Download imediato do disco em arquivos de alta qualidade
  • Pôster autografado

O pacote é pra fã nenhum botar defeito, e pode ser encontrado por 66 dólares aqui.

O single citado acima, “On A Wicked Night”, não é exclusividade do pacote, e pode ser encontrado à venda separadamente, em vinil de 7 polegadas nesse link aqui.

Entrevista com Nick Woods, do Direct Hit!

Já que Direct Hit! esteve presente no assunto anterior, nada mais válido do que postar a entrevista feita com Nick Woods, não? =)

Direct Hit! é uma banda de pop punk de Milwaukee, Wisconsin, EUA.

Eu a conheci através do twitter, quando o Nick Woods – fundador, guitarrista, vocalista e letrista do Direct Hit! – começou a me seguir do nada lá por lá.

Depois de alguns poucos meses ouvindo o EP “#3″ da incrível banda dele e trocando algumas figurinhas, resolvi convidá-lo para conceder uma entrevista para nós.

Então se você gosta de Bomb The Music Industry!, The Lillingtons, Teenage Bottlerocket, Green Day, Blink-182 e bandas nessa linha e que falem sobre zumbis, aliens e coisas divertidas, recomendo que conheça o Direct Hit!.

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E baixe o mais recente EP, “#4″, gratuitamente ou com alguma doação, clicando aqui.

Leia a entrevista que fiz com o Nick, no dia 5 de março, onde a gente conversou sobre vários assuntos, como: Ídolos, inspirações, contrato com a Death to False Hope, planos para o futuro, vinil, zumbis, ETs, Brasil e claro, That ’70s Show.

Angélica (TMDQA!): Primeiramente, gostaria de saber como a banda começou, quando isso aconteceu e quantos EPs vocês já lançaram (foram quatro, estou certa?).

Nick Woods (Direct Hit): Direct Hit! começou enquanto eu ainda estava tocando com a minha antiga banda, The Box Social. Eu tinha poucas músicas escritas que eram um pouco barulhentas e rápidas comparadas com o resto do nosso material. Aí o Brian (nosso baterista) e eu começamos a tocá-las por uns tempos, só por diversão, com um amigo nosso, o Jackson, tocando baixo. Inclusive, foi o Brian que surgiu com a ideia do nome da banda, em 2007 ou por volta disso. Desde então, nós tivemos uma rotação constante de diferentes membros (Brian e Jackson não estão mais na banda) e nós não tínhamos realmente um lineup consistente até poucos meses atrás, mas conseguimos gravar e disponibilizar quatro EPs on-line, que nós os vendemos por doações.

Angélica (TMDQA!): Quais são os membros da banda? E eles são seus amigos de infância ou de escola/faculdade?

Nick Woods (Direct Hit!): Direct Hit é Nick Woods, Danny Walkowiak, Mike Esser, Robbie Schroeder e Alex Hill. A banda já teve um montão de outros membros, então explicar como que chegamos até essa formação atual, é um pouco complicado… Eu conheci o Danny numa apresentação do Direct Hit, que fizemos com uma banda amiga, a Bust!, enquanto acontecia um tipo de entra e sai de bateristas. Mas eu já o conhecia há bastante tempo, assim como a antiga banda do Robbie, The Accidents. Então Danny fez um teste para tocar bateria e entrou para a banda pouco tempo depois disso. E quando nosso baixista nessa época deixou a banda, Robbie passou a assumir os graves do Direct Hit. Durante esse meio tempo, eu estava procurando um outro guitarrista para fazer as coisas soarem com mais clareza ao vivo e aí conheci Mike, através de um amigo nosso. Tocamos com essa formação – quatro membros – durante um tempo. Então eu resolvi chamar a Alex para tocar teclado, quem eu conheço desde quando comecei a frequentar shows de pop punk, quando eu tinha 15 ou 16 anos. Todas essas peças levaram bastante tempo até ficarem juntas, mas as coisas tem estado bem firmes por agora.

Angélica (TMDQA!): Quero aproveitar que estamos conversando, para falar que o EP “#3″ é viciante e sensacional! E é ótimo para ouvir em diversas ocasiões. “They Came For Me” é uma das melhores músicas que eu já ouvi nesses últimos anos e eu fiquei muito feliz em ter descoberto a banda por causa desse EP. Aliás, com que frequência vocês pretendem lançar os EPs? E eles sempre terão títulos numéricos?

Nick Woods (Direct Hit!) Valeu! Todos os EPs que fizemos tiveram pessoas diferentes tocando os instrumentos, então eu acho que vamos dar um tempo depois do lançamento do EP “#5″, que provavelmente sairá durante esse verão [hemisfério Norte, ou seja, final de junho aqui no Brasil].
Eu realmente quero regravar todas essas músicas que já lançamos, com esse lineup atual. Principalmente porque eu sou um puta narcisista e quero ouvir as gravações com os melhores músicos com os quais eu já toquei. Uma vez feito isso, eu espero que a gente possa lançar um álbum completo com as melhores músicas e lançar o resto em vinil. E inclusive, esses próximos lançamentos terão nomes de verdade, sem números. :) Nós também vamos lançar um split 7″ com os nossos amigos The Transgressions e também estamos trabalhando em outro split 7″ com um outro grupo de amigos nossos, lá de Illinois. Então, respondendo a sua pergunta – Nossos lançamentos nem sempre terão números nos títulos, mas nós provavelmente voltaremos a fazer isso uma vez que começar a ficar chato e tivermos que escrever novas músicas de novo.

Angélica (TMDQA!): Recentemente – sendo mais precisa, no dia 2 de março – vocês lançaram o EP “#4″ (que inclui a música “Monster In The Closet”, que é incrível. É a minha favorita desse novo EP). Quais são os planos para esse lançamento?

Nick Woods (TMDQA!): Sinceramente, não temos planos para nenhum de nossos lançamentos. Fazer e executar planos, dá um trabalhão e nós queremos nos distanciar de qualquer coisa que pareça como um trabalho. Se divertir é o primeiro objetivo do Direct Hit, então nós meio que gravamos as coisas quando temos tempo e dinheiro e aí, colocamos na internet para quem quiser ouvir. Foi assim que lançamos o “#4″ e eu tenho ficado surpreso em ver como a resposta tem sido positiva. É estranho o quanto você tem que forçar as pessoas para ouvirem novas músicas atualmente… Há tantas bandas em comparação com quando nós estávamos aprendendo a tocar nossos instrumentos e todas elas querem atenção. Eu acho que já superei isso com a minha banda anterior, por isso que eu fiz um esforço de me preocupar o mínimo possível com Direct Hit além de escrever canções cativantes e ter bas gravações delas, para ouví-las quando eu estiver velho e chato.

Angélica (TMDQA!): Como foi que surgiu essa parceria com a Death to False Hope Records e como você vê o futuro da banda agora?

Nick Woods (Direct Hit!): Um dos caras que comandam o selo, me mandou um e-mail do nada dizendo o quanto ele havia gostado dos EPs “#3″ e “#4″ e aí me perguntou se ele poderia ajudar a fazer com que eles [os EPs, obviamente] entrassem também no cérebro de algumas outras pessoas. Nós não disponibilizamos os nossos materiais antigos para as pessoas fazerem download por um monte de razões diferentes, então eles acabaram oferecendo ajuda só para o EP “#4″, já que ele é o mais novo.

Já em relação a segunda parte da sua pergunta, de proprósito, eu não tento enxergar o futuro da banda. Tentar conseguir algum tipo de objetivo a longo prazo, tornaria o Direct Hit um trabalho e eu já tenho um desses, então não preciso de outro. É muito mais fácil para nós, escrevermos as músicas quando não estivermos estressados por não ter conseguido atingir um certo ponto de nossas “carreiras”, num determinado tempo. Eu aprendi isso por um caminho mais difícil, ao ver que pensar na música desse jeito, faz com que ela seja totalmente chata.

Angélica (TMDQA!): Quais são as suas inspirações para as letras?

Nick Woods (Direct Hit!): Acho que fazer essa pergunta pra mim é a mesma coisa que perguntar para o Jerry Bruckheimer ou Michael Bay, como que surgem as ideias para os seus filmes. Eu acho os filmes deles desastrosos, mas eu posso simpatizar com algo escrito apenas para ter o valor absoluto de entreter, porque é assim que eu faço as letras. Eu propositalmente não tento fazer uma declaração sobre qualquer tipo de filosofia ou sobre a verdade mais profunda, porque eu sempre escutava música para escapar desse tipo de pensamento. Enquanto eu não souber a verdadeira inspiração por trás de suas músicas, quase posso garantir que Glen Danzig [Misfits] ou não estava tentando fazer algum tipo de afirmação sociopolítica tão grande quando ele ou quem quer que seja que escreveu “Teenagers From Mars”. Eu venho dessa mesma escola, por sinal – é muito mais divertido e empolgante ouvir um música sobre zumbis ou aliens ou assassinato ou festas, do que ouvir algum idiota falando sobre a guerra no Iraque. Essas são questões importantes, eu acho, mas eu posso ouvir essa merda no canal CNN. Eu não preciso ouví-las enquanto eu estiver tentando ficar extasiado antes de um jogo dos Brewers [equipe profissional de baseball, de Milwaukee] ou algo do tipo.

Angélica (TMDQA!): Quando você começou a tocar guitarra e quem foi que te influenciou a fazer isso?

Nick Woods (Direct Hit!): Eu acho que eu tinha uns 12 anos – Minha mãe comprou uma guitarra pra mim, porque ela achava que poderia me manter longe das drogas e também porque eu escutava muito Metallica.

Angélica (TMDQA!): Quais são as suas maiores influências e de que forma você as trouxe para o som da banda?

Nick Woods (Direct Hit!): Andrew WK, The Ramones, Bruce Springsteen e Green Day são realmente quatro artistas/bandas que eu gostaria de fazer com que o Direct Hit se parecesse no começo. Mas para te falar a verdade, as partes que eu escrevo são mais influenciadas pelo Top 40 [um portal musical da internet, que tem 49 paradas musicais de 25 paises e mais de 26.000 musicas registradas] do que outra coisa. Mas eu não posso falar pelo resto da banda – eu vou ensaiar com uma estrutura de uma canção escrita, mas todo mundo escreve as suas próprias partes e rascunhos a partir de um conjunto completamente diferente de influências do meu. Robbie gosta mais de coisas técnicas e músicas estranhas como Lightning Bolt e Daughters, considerando que eu acho que o Mike tende a ser influenciado mais pelo pop-punk moderno. Danny e Alex tem seus favoritos também que provavelmente são muito diferentes dos meus. E tenho certeza que isso influencia o modo como eles vêm com suas partes de músicas, mas aí você teria que perguntar pra eles. Só posso falar por mim. Posso dizer que todos nós temos um respeito por melodias cativantes, tocadas bem. O compromisso entre nós sobre o que isso significa, é exatamente o que faz o nosso som.

Angélica (TMDQA!): Você gostaria de dividir o palco com quem? E como é dividir o palco com bandas como Black For a Second e The Manix?

Nick Woods: Eu ficaria extremamente feliz se tocasse com o Slayer. Ou o Jay-Z. Um dos dois. Embora isso provavelmente nunca vá acontecer. Mas é muito mais legal fazer shows com os nossos amigo, como esses dois grupos que você citou. Você pode se dar ao luxo de ter um apagão antes de tocar, sem se sentir como um total e completo perdedor, quando você acordar com todo o mobiliário da sala de estar empilhado em cima de seu corpo desmaiado.

Angélica (TMDQA!): Antes do Direct Hit você teve quais bandas? Eu sei que você toca guitarra com The Saltshakers (que também é sensacional), mas eu não sei quem nasceu primeiro. E além desses dois, você tem outros projetos?

Nick Woods (Direct Hit!): Todos nós temos projetos paralelos ao Direct Hit. Danny e Robbie tocam juntos, só bateria e baixo, num grupo que eles chamam de Johnny’s Goin Heavy. Danny também toca bateria com o Bust! às vezes. Robbie e eu temos feito uma brincadeira por aí, com dois baixistas e um baterista e chamamos de La Tenia. Alex tem um projeto solo que inclusive, ela vem trabalhando nele há um bom tempo. Mike tem outra banda chamada The Latchkey Kid. E como você disse, eu toco guitarra com um grupo chamado The Saltshakers. Eu acho que todos nós iríamos pirar se só pudessemos tocar em uma banda por vez. Eu já fiz isso por cinco anos com meu outro grupo e tem sido incrível não me limitar a um só projeto.

Angélica (TMDQA!): Espero poder ver um show do Direct Hit algum dia. Mas até esse dia chegar, me conte como são os shows. Vocês fazem algum cover, alguma versão ou só mesmo tocam o trabalho autoral?

Nick Woods (Direct Hit!): Nada além de coisas próprias. Aprender as músicas dos outros é mais difícil do que fazer as suas próprias.

Angélica (TMDQA!): O que você sabe sobre o Brasil? Suponho que quase nada, né? hahaha

Nick Woods (Direct Hit!): Sei porra nenhuma do Brasil, com execão de que nós temos algumas pessoas mandando recados dizendo o quão incrível o seu país é. Compre passagens de avião pra nós e estaremos chegando aí amanhã.

Angélica (TMDQA!): E por último, eu preciso perguntar isso: Você é de Wisconsin… Você assistiu That ’70s Show? Digo, você gosta? Porque na minha opinião, foi o melhor programa de TV que eu já vi!

Nick Woods (Direct Hit!): hehe, Eu assisti até a reprise. A Mila Kunis é gostosa demais.

Cokie The Clown



Depois de dois meses de sacanagem, Fat Mike finalmente revelou a verdade por trás dos “drinks” de urina que serviu no primeiro e único show como Cokie The Clown. Para quem não se lembra, durante o show Mike contou várias histórias bizarras sobre a vida dele, tocou algumas músicas conhecidas e outras inéditas e, ao final, mostrou um vídeo em que supostamente urinava em uma garafa de tequila que serviu para os presentes no início do show.

Nesse vídeo, postado no canal da Fat Wreck no YouTube, vemos o que realmente aconteceu:



A gravadora chegou a relançar o EP “Cokie The Clown”, do NOFX, em vinil “cor de mijo”, mas todas as cópias estão esgotadas. No entanto, se você animar de comprar copinhos de shots com um desenho de Cokie… é só clicar aqui.

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