Guns N Roses

O Guns N’ Roses, para a nossa alegria, retomou a boa fase, pelo menos nas turnês, com os shows rodando o mundo e a formação clássica quase inteiramente reunida.

A atual turnê já rendeu mais de 2 bilhões de reais, segundo o guitarrista Slash, que comemorou em entrevista o fato da paz finalmente ter reinado entre ele e Axl Rose. Já são mais de 30 anos de atividade, entre altos e baixos, idas e vindas, com rumores (de novo!) de um disco de inéditas.

O começo de tudo, na década de 80, foi super complicado e perigoso, onde o comportamento dos membros originais tinha tudo para terminar em caminhos nada agradáveis.

Alguns desses fatos curiosos (e bizarros), acontecidos antes do Guns N’ Roses estourar pro mundo, foram narrados no livro Guns N’ Roses – O Último dos Gigantes, do jornalista Mick Wall, reconhecido por escrever algumas das melhores biografias do mundo do rock and roll.

01 – Hell House, o início de tudo

Um cômodo com medidas de uma cela de cadeia, sem banheiros, sem ar condicionado e com condições de higiene abaixo do aceitável, batizado de Hell House. Esse era o local onde Izzy Stradlin e alguns amigos passavam o tempo e que logo virou a moradia fixa de Axl Rose e Slash.

Izzy, Duff McKagan e Steven Adler tinham suas respectivas namoradas e dessa forma conseguiam um lugar pra dormir de forma mais decente. Mesmo assim, também passaram a frequentar a Hell House na maioria do tempo.

Visitada por traficantes, usuários de drogas, garotas acompanhantes e outros amigos, a casa foi o local onde os membros respiraram tudo que o Guns viria a se tornar. Foi lá que, mesmo sem equipamentos de som adequados, nasceram clássicos como “Welcome To The Jungle”, “Yesterdays” e “It’s So Easy”.

02 – Nikki Sixx quase foi produtor do Guns N’ Roses

Em 1986 a fama de garotos delinquentes do Guns só aumentava.

Tom Zutaut, da Geffen Records, tinha a missão quase impossível de achar alguém que controlasse o incontrolável. Alguém que cuidasse da carreira e lapidasse a joia bruta que era o som do Guns.

Algumas tentativas aconteceram sem êxito. O produtor Bill Price não conseguiu assumir a banda, pois estava envolvido com outros projetos. Price estava em Londres e a possibilidade começou a cair por terra quando se julgou ser um perigo real enviar o Guns N’ Roses para a Inglaterra, assumindo o risco de tudo que eles poderiam causar de problemas em terras britânicas.

O produtor do Motley Crue, Tom Werman, foi outro que não aceitou a missão impossível, com isso, Zutaut tentou contato com o baixista Nikki Sixx, pensando que ele seria um possível nome para refinar o som visceral que o Guns fazia na época, dando um tom mais comercial, sem comprometer a originalidade da banda.

Imagina o que teria sido a junção de Nikki, do conturbado Motley Crue, com Axl, Slash e companhia? O mundo realmente esteve em perigo.

03 – Axl Rose desaparece e banda faz show desastroso

As chances começaram a aparecer, a banda teve a oportunidade de abrir um show do Alice Cooper e mostrar o potencial nos palcos, além das casas noturnas de Los Angeles.

Alan Niven era o cara que iria tentar, finalmente, fazer com o que o Guns N’ Roses acontecesse de forma rápida, pois a Geffen Records não queria esperar mais que três meses pra ver algum resultado. Difícil missão ser o primeiro empresário do grupo.

No dia marcado para Alan ver a banda ao vivo, Axl Rose resolveu não ir junto com os companheiros de banda e o empresário para o local do show. Erro fatal!

O tempo foi passando, a hora de subir no palco se aproximando e o desânimo tomou conta de todos, que por pressão de Alan, subiram ao palco sem o seu vocalista, que acabou, de fato, não comparecendo.

Izzy, Duff e, ao que consta, até Slash se esforçaram, sem muito sucesso, nos vocais da fatídica noite, gerando a decepção da plateia, que reagiu com comentários nada gentis, mas conquistando o confiança de Alan, que reconheceu a tentativa de êxito dos outros membros em meio a uma situação completamente desfavorável.

Ficava marcado ali uma das grandes dificuldades do Guns, os famosos atrasos de Axl Rose.

04 – Banda toca para um público de doze pessoas

O citado show sem Axl Rose iria se desdobrar em mais um episódio ruim no início da banda.

Dessa vez o palco era a universidade da Califórnia, abrindo para o Red Hot Chili Peppers, que também dava seus passos iniciais.

Nesse dia, Axl apareceu, já o público não. Ao todo, foram apenas doze pessoas na plateia, que com certeza hoje podem se considerar felizardas em terem presenciado esse momento de duas bandas iniciantes, que se tornaram lendas da música mundial.

05 – Nasce um clássico do primeiro disco

Axl Rose conheceu Erin Everly, se apaixonou e passou a levar uma vida mais limpa e leve, enquanto os outros membros da banda colocavam ainda mais o pé no acelerador, em todos os sentidos.

Após o curto período de calmaria, o romance do casal teve um final cheio de acusações de violência e até exposição de materiais e cartas íntimas colocadas em leilão por Erin.

Tudo isso refletiu no comportamento de Axl e inspirou uma música que o vocalista queria que entrasse no primeiro disco. O nome? “Sweet Child O’Mine”. A princípio, a canção era vista de forma negativa pelos outros integrantes, que a consideravam apenas uma balada boba, um motivo de piada.

A insistência do vocalista deu mais que certo e a música se tornou o carro chefe do primeiro disco, Appetite For Destruction, sendo executada de forma exaustiva nas rádios, ajudando bastante na subida meteórica da banda.

No ano passado, o Guns N’ Roses lançou uma mega caixa comemorativa para celebrar os 30 anos do lançamento de Appetite For Destruction.

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