Riot Fest: um dos maiores festivais do mundo tem punk, indie, metal e carnaval

13 de Setembro

Anti-Flag

O segundo e terceiro dias de Riot Fest começam cedo. Assim, muito cedo. É 11:45 e já tem banda no palco.

Chegamos a tempo de ver boa parte do show do Anti-Flag e é impressionante como a banda ainda tem energia para pular e gritar o tempo todo no palco e ainda engajar o público em relação a questões políticas pelas quais eles lutam desde o início da carreira.

Canções e refrães de sons como “Turncoat”, “Die For The Government” e “Power To The Peaceful” foram entoados tanto em cima do palco quanto embaixo dele, onde uma multidão enorme, mesmo bem cedo, se aglomerou para ver a tradicional banda punk americana.

1. The Press Corpse
2. Sodom, Gomorrah, Washington D.C. (Sheep in Shepherd’s Clothing)
3. Broken Bones
4. Fuck Police Brutality
5. I’d Tell You But…
6. Turncoat
7. This Is the New Sound
8. This Machine Kills Fascists
9. Die For The Government
10. Cities Burn
11. Power to the Peaceful

 

Samiam

Influente no emo/alternativo do final dos anos 80 e 90, o Samiam é da mesma região da Califórnia que o Green Day, por exemplo, e não era incomum ver o trio liderado por Billie Joe Armstrong abrir os shows da banda em início de carreira.

Algumas décadas se passaram e apesar de ser nome queridíssimo entre os fãs do estilo, o Samiam nunca declarou para um grande público, o que pôde ser visto no Riot Fest.

Quem estava perto do palco gritava e reverenciava a banda, mas a quantidade de pessoas em frente a ele era bastante pequena.

Ao final do show, o vocalista Jason Beebout arremessou vários patches da banda que disse que havia feito em casa para o show. Eles foram parar quase todos no pit dos fotógrafos.

 

Buzzcocks

Outro nome da velha guarda que se apresentou no festival foi o Buzzcocks, e o público que viu Stiff Little Fingers um dia antes, pôde se deliciar com as melodias do grupo britânico em um show de 10 músicas que teve clássicos como “I Don’t Mind” logo na abertura de “Ever Fallen In Love” perto do final.

Mais uma vez, tiozões tomaram conta do palco e do público no Riot Fest.

1. I Don’t Mind
2. Autonomy
3. Why She’s the Girl From the Chainstore
4. Sick City Sometimes
5. Promises
6. Love You More
7. What Do I Get?
8. Harmony In My Head
9. Ever Fallen In Love?
10. Orgasm Addict

Me First And The Gimme Gimmes

Me First And The Gimme Gimmes é um supergrupo formado por membros de bandas como NOFX, Swingin’ Utters, Lagwagon e Foo Fighters, e tudo que eles fazem é tocar covers.

Com um novo disco na praça inspirado nas divas, a banda mesclou versões que regravou em início de carreira com as mais recentes “I Will Survive” e “Straight Up”, de Gloria Gaynor e Paula Abdul respectivamente.

Chris Shiflett, como é comum, estava cumprindo compromissos com o Foo Fighters então quem tocou em seu lugar foi seu irmão Scott Shiflett, conhecido pelo Face To Face.

Em mais uma piada como no dia anterior, Fat Mike chamou o guitarrista do NOFX, Eric Melvin, para participar do show tocando baixo. Ele empunhou o instrumento e tocou exatamente 0 notas, pois sua participação se deu em uma música onde o vocalista Spike Slawson tocou tudinho no ukulele.

O fim do set se deu com uma trinca poderosa de clássicos da música norte americana e mundial, formada por “Country Roads”, “Rocket Man” e “End Of The World”.

1. I Will Survive (Gloria Gaynor)
2. Sloop John B (The Beach Boys)
3. Me and Julio Down by the Schoolyard (Paul Simon)
4. Science Fiction/Double Feature (Richard O’Brien)
5. Jolene (Dolly Parton)
6. Ghost Riders in the Sky (Stan Jones)
7. Summertime (George Gershwin)
8. Straight Up (Paula Abdul)
9. Somewhere Over the Rainbow (Judy Garland)
10. Teen Age Idol (Ricky Nelson) (Spike solo)
11. I Believe I Can Fly (R. Kelly)
12. Take Me Home, Country Roads (John Denver)
13. Rocket Man (I Think It’s Going to Be a Long, Long Time) (Elton John)
14. End of the Road (Boyz II Men)

 

The Get Up Kids

Outro nome escalado para tocar um disco na íntegra foi o The Get Up Kids, e eles vieram com o influente Something To Write Home About, de 1999.

Considerado por muitos como “o último grande disco” da geração emo/alternativo dos anos 90, o álbum fez com que dezenas de bandas que vieram nos anos 2000 e explodiram com discos baseados no estilo, como blink-182 e Fall Out Boy, formassem as suas canções.

Começando com a explosiva “Holiday”, Matt Pryor e companhia se mostravam extremamente felizes em estarem tocando em um final de tarde ensolarado e tão bonito um dos maiores sucessos de sua carreira. Com sorrisos estampados nos rostos, a banda definitivamente ouvia o coro que vinha da plateia cantando praticamente todas as palavras de todas as suas músicas.

Piadas não faltaram também. Entre uma música e outra, Pryor olhou para a roda gigante próxima ao palco e disse que se ninguém estivesse pedindo ninguém em casamento na roda gigante naquele momento, estava falhando feio, pois esse era o momento emo do festival.

Ele ainda errou a ordem do disco e conduziu à banda a tocar o clássico “I’m A Loner Dottie, A Rebel”, o que gerou piadas do guitarrista Jim Suptic que disse não se lembrar que a ordem do álbum era aquela.

Um final de tarde inesquecível para fãs e banda pode resumir bem o show do The Get Up Kids, que prometeu voltar ao festival em 2015 (vale lembrar que após hiato hoje em dia a banda faz pouquíssimos shows) para tocar o primeiro disco Four Minute Mile na íntegra.

No “bis”, vieram três canções do trabalho: “Coming Clean”, “Shorty” e “Don’t Hate Me”.

1. Holiday
2. Action & Action
3. Valentine
4. Red Letter Day
5. Out of Reach
6. Ten Minutes
7. The Company Dime
8. I’m a Loner Dottie, a Rebel
9. My Apology
10. Long Goodnight
11. Close to Home
12. I’ll Catch You
13. Coming Clean
14. Shorty
15. Don’t Hate Me

 

Mighty Mighty Bosstones

A lenda do ska subiu ao palco com cara de big band e fez a festa do grande público que se aglomerava em frente ao palco, mas foi difícil engrenar mesmo e fazer o público cantar enquanto não chegou no mega hit “The Impression That I Get”, penúltimo som do set.

Apesar de se mostrar com bastante vontade de fazer a diversão das pessoas, a banda só era seguida mesmo por fãs mais próximos.

1. Dr. D
2. The Rascal King
3. Kinder Words
4. Graffiti Worth Reading
5. Someday I Suppose
6. 1-2-8
7. Everybody’s Better
8. You Left Right?
9. Hell of a Hat
10. Don’t Worry Desmond Dekker
11. They Will Need Music
12. The Impression That I Get
13. Devil’s Night Out

 

City And Colour

Dallas Green é o City And Colour, e o ex Alexisonfire trouxe um bom número de músicos de apoio para fazer seu show no Riot Fest.

Acontece que entre tantas outras performances cheias de energia, o folk que praticamente se repete a cada uma das canções de Green, pareceu deslocado, e foram raros os momentos do set em que o público, mesmo os fãs mais fervorosos, se empolgou.

 

Descendents

Quem também tocou um disco na íntegra no Riot Fest fo a influente banda de punk rock Descendents, com o disco de estreia Milo Goes To College, lançado em 1982.

Caindo de cabeça na temática, o vocalista Milo Aukerman subiu ao palco com uma mochila nas costas e um papel nas mãos, dizendo que iria começar ali uma aula.

Ele se mostrava “surpreso” ao ver que na mesma classe estavam seus colegas de banda, inclusive o baixista Tony Lombardo, que não está mais na banda, mas tocou o álbum de cabo a rabo em Chicago para colocar uma cereja no bolo do show aos fãs.

Se o disco tem 22 minutos de duração, ao vivo a execução foi mais rápida ainda, e com um bom espaço para tocar, já à noite, a banda se despediu de Lombardo assim que Milo Goes To College acabou e chamou o atual baixista Karl Alvarez para continuar o show.

Ainda bem, pois apesar de ser o cara que gravou o álbum junto com a banda, Lombardo se mostrou fora de forma e chegou a errar feio em diversos momentos.

Durante o resto do show o grupo passou por toda a sua discografia e encerrou a noite com um set de 31 canções.

1. Myage
2. I Wanna Be a Bear
3. I’m Not a Loser
4. Parents
5. Tonyage
6. M 16
7. I’m Not a Punk
8. Catalina
9. Suburban Home
10. Statue of Liberty
11. Kabuki Girl
12. Marriage
13. Hope
14. Bikeage
15. Jean Is Dead
16. Everything Sux
17. Silly Girl
18. My Dad Sucks
19. Rotting Out
20. Coolidge
21. I’m the One
22. I Like Food
23. Van
24. Talking
25. Weinerschnitzel / No! All!
26. Clean Sheets
27. Coffee Mug
28. Get the Time
29. I Don’t Want to Grow Up
30. Thank You
31. Descendents