KISS em Porto Alegre

KISS em Porto Alegre

Fotos por Pedro Cupertino

Com um certo atraso devido a problemas técnicos e pessoais, estamos subindo a resenha do show do KISS em Porto Alegre, que levou milhares de pessoa ao ginásio Gigantinho para uma performance barulhenta dos roqueiros na capital gaúcha.

Veja como foi e confira as fotos exclusivas do TMDQA! logo abaixo.

Resenha por Luiza Pitrez Gressler

Novembro vem sendo um mês extremamente movimentado no quesito grandes shows internacionais na capital gaúcha. Nomes como Slash, Lady Gaga e The Darkness, entre tantos outros, fizeram passagens inéditas por aqui, mas o evento mais esperado do mês era na verdade um retorno, aguardado há mais de 12 anos.

Na noite de Quarta-feira cerca de 10 mil gaúchos pintaram suas caras de preto e branco e rumaram ao Ginásio do Gigantinho para conferir um espetáculo que traz o peso de quase 40 anos de carreira ao espectador: o show do Kiss, banda considerada por muitos um patrimônio cultural internacional.

A movimentação aos arredores do Gigantinho era absurda, como se esperava. A fila dava voltas por dentro do Parque Marinha do Brasil, vizinho do Ginásio, e parecia não ter fim, isso já perto da hora marcada para o início do show (21h). Muitos (inclusive esta que vos fala) não conseguiram adentrar a casa a tempo de conferir a atração de abertura, os porto-alegrenses do Rosa Tattooada, banda de hard rock muito bem quista na capital. Uma pena, pois aqueles que puderam conferir afirmam que o trio fez um show excelente, consistente e estimulante para o que estava por vir.

No interior do Gigantinho, os alto falantes avisam que devido há um problema no transporte dos equipamentos o início do espetáculo principal sofreria um pequeno atraso, mas tudo bem, o importante era que o show acontecesse, não é mesmo?

Após a espera, as luzes se apagam e o público finalmente escuta aquela frase ansiosamente aguardada e encravada no imaginário de cada um dos presentes: “You wanted the best, you got the best. The hottest band in the world… KISS!”

No maior estilo Deus ex machina, Paul Stanley, Gene Simmons e o guitarrista Tommy Thayer descem ao palco sobre uma plataforma, com o baterista Eric Singer já posicionado ao fundo. A abertura, em meio a muitas luzes e explosões, fica por conta do clássico “Detroit Rock City”, que foi cantado em uníssono pelos presentes na casa. Na sequência as não menos clássicas “Shout it Out Loud” e “Calling Dr. Love”, seguidas pelo último single lançado pela banda, que não deixa nada a desejar às canções antigas, “Hell or Hallelujah”.

“Hotter than Hell” fez juz ao título, pois a pirotecnia durante sua execução deixou o local literalmente mais quente que o inferno. Algumas faixas depois o guitarrista Tommy Thayer é convidado por Stanley para assumir os vocais em “Outta This World”, outra faixa do álbum mais recente do Kiss, Monster. Após demonstrar suas habilidades vocais, Tommy segue fazendo o que faz melhor: um fantástico e poderoso solo de guitarra, com direito a “disparos” saindo da mesma, com o acompanhamento das batucadas de Singer.

Em “God of Thunder”,faixa do antológico álbum Destroyer, o icônico Simmons faz sua famosa performance cuspindo sangue de mentirinha, na medida em que tira notas graves e “demoníacas” de seu baixo, deixando a audiência extasiada com sua “possessão”. A apresentação segue com um avanço cronológico na história da banda, com a execução de”Psycho Circus”, do álbum homônimo de 1998, que foi bastante aclamada pelos presentes.

Os acordes ritmados pela bateria metralhada de Singer introduzem um dos momentos mais emocionantes da noite, com “Love Gun”. O refrão épico foi cantado em um afinadíssimo coro que soava mais alto que os potentes alto falantes do Kiss. O público só não estava preparado para o que sucederia…

Paul Stanley fica sozinho no palco e dedilha a manjada introdução de “Stairway to Heaven” do Led Zeppelin, e pergunta aos fãs se preferiam ouvir esta ou uma canção do Kiss. No mesmo tom emenda a introdução da corpulenta “Black Diamond”, pedindo ao público que cantasse junto, em seguida passando os vocais principais para o Catman Eric Singer, que cantou impecavelmente. As luzes se apagam e o quarteto se retira do palco, retornando alguns minutos depois para tocar “Lick it Up”, a dançante “I Was Made for Loving You” e, é claro, sob uma interminável chuva de papeis picados,  encerram o espetáculo com o hino “Rock n’ Roll All Nite”.

Obviamente a apresentação não cobriu nem metade da metade das quase quatro décadas de pura qualidade musical que a banda sempre ofereceu à seu sedento e apaixonado exército de fãs (Kiss Army!), mas o Kiss sempre fez valer cada um dos muitos centavos investidos no ingresso de seus shows. Prestigiar ao vivo uma banda que construiu uma lenda inatingível e inabalável ao seu redor é uma dádiva para os admiradores do Rock n’ Roll bem feito. Que venha o passar do tempo e que ele consiga acompanhar o Kiss!

Set List:

  1. Detroit Rock City
  2. Shout It Out Loud
  3. Calling Dr. Love
  4. Hell or Hallelujah
  5. Wall of Sound
  6. Hotter Than Hell
  7. I Love It Loud
  8. Outta This World
  9. Solo – Tommy Thayer
  10. God of Thunder
  11. Psycho Circus
  12. War Machine
  13. Love Gun
  14. Black Diamond

Bis:

  1. Lick It Up
  2. I Was Made For Lovin’ You
  3. Rock and Roll All Nite

KISS em Porto Alegre KISS em Porto Alegre

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