
Aos 40 anos, a artista britânica Lily Allen retorna ao universo Pop com o álbum West End Girl, no qual busca “arrumar a casa” após seu conturbado divórcio de David Harbour, ator conhecido por integrar o elenco da popular série da Netflix Stranger Things na pele do xerife Jim Hopper.
No trabalho de estúdio, que marca seu primeiro disco em sete anos sucedendo No Shame (2018), Lily desabafa sobre as traições de Harbour, com quem ela se casou em 2020 e viveu brigas públicas até sua recente separação, concluída com o divórcio neste ano.
Anteriormente, a cantora chegou a declarar que este é seu álbum “mais vulnerável até hoje”, tanto em tema quanto em textura, sugerindo, mais uma vez, que a relação com David foi devastadora nos últimos tempos.
Através de 14 faixas, que combinam a veia Pop típica de Allen com uma produção mais sofisticada, West End Girl mergulha nos recantos das relações humanas, da vulnerabilidade, da dor emocional e da autoavaliação. Sendo “uma mistura de fato e ficção”, o álbum dialoga com a mudança de Allen para uma nova cidade e processos internos como “matéria-prima” para explorar “como nós lidamos com os relacionamentos”.
Nesse sentido, o disco não se limita a crônicas sentimentais, mas investiga o abandono, a rejeição, a confusão de identidade e a sobrevivência emocional, questões muito íntimas com as quais Lily afirma “ter lidado durante a maior parte da vida adulta”.
Ouça West End Girl ao final da matéria!
Lily Allen aborda sua difícil separação de astro de Stranger Things em novo material
Musicalmente, o álbum aposta em um tom que se distancia da pura diversão para algo mais dramático e introspectivo. A colaboração com seu diretor musical Blue May, aliás, reforça o caráter emocional do trabalho por meio de melodias acessíveis, embora as letras sejam afiadas, quase confessionais.
Convidando o ouvinte a acompanhar essa jornada de investigação sentimental, em vez de buscar apenas hits ou singles evidentes, Lily expõe suas feridas e reflete sobre o passado sem deixar de ser otimista com relação ao futuro.
Se o álbum de estreia Alright, Still (2006) foi marcado pela leveza e o aclamado It’s Not Me, It’s You (2009) soou provocativo de formas diferentes, West End Girl, tantos anos depois, busca por novos caminhos.
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