A gente sabe das dificuldades atuais para quem trabalha na área de eventos e entretenimento em geral, mas o cenário do mercado talvez seja pior do que você tenha pensado para a cena independente.
A National Independent Venue Association (NIVA) divulgou na última segunda-feira (23) seu primeiro relatório nacional de impacto econômico e concluiu que as perspectivas para os palcos independentes dos Estados Unidos são desanimadoras.
Como informou a Lambgoat, mesmo que a contribuição para o PIB americano em 2024 tenha sido de mais de R$500 bilhões, e quase R$900 bilhões tenham ido para a produção econômica total, 64% das casas de show independentes nos EUA encerraram o ano no vermelho.
O documento ganhou o título “The State of Live” e foi divulgado durante a conferência anual da NIVA, apontando como principais fatores para a queda de receita a inflação, as práticas anticompetitivas e a revenda predatória – os famosos cambistas.
Tudo está realmente complicado, né?
Casas de shows independentes nos Estados Unidos passam por dificuldades
O diretor executivo da NIVA, Stephen Parker, reforçou a importância das casas de shows independentes para a indústria da música e destacou a necessidade de criar alternativas para sustentar a manutenção desses locais:
“Locais independentes são mais do que palcos de entretenimento; são motores econômicos e linhas de vida culturais. Este relatório ressalta a necessidade urgente de reformas políticas e investimentos públicos para sustentar essas âncoras comunitárias indispensáveis.”
Também foi relatado que 31% das despesas dessas casas de espetáculo foram diretamente para taxas de artistas e reservas.
Enquanto isso, o ecossistema sustentou mais de 900 mil empregos e pagou cerca de R$300 bilhões em salários e benefícios, além de contribuir com R$110 bilhões em receita fiscal, se assemelhando ao orçamento anual de assistência a desastres dos EUA.
Vale investir mais, hein?
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